CAPÍTULO 3

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Porsche ainda se sentia perdido, desconfiado encarou o primeiro mafioso com uma carranca ao tentar se lembrar dos eventos da noite anterior.

Apoiou a mão direita junto ao queixo bem marcado enquanto pensava com cautela em cada detalhe: havia sido arrastado para a tal festa por seu amigo Tem', bebeu cerveja e algumas doses. Misturar nunca foi uma boa ideia para ele, já que tinha experiências ruins com a bebida.

Depois se lembrava de um cara gostoso que o provocava, então uma música lenta acabou tocando e ele o havia chamado para dançar. Se não bastasse a dança, ele ainda tentava conversar, mas a música era muito alta e por isso precisou se aproximar para ouvi-lo. Nessa aproximação ele o abraçou e Porsche o surpreendeu com um beijo. Se lembrava também de ele o beijar de volta e depois... só se lembrava de subir ao quarto e acordar nu.

Droga, era culpa sua! Porque tinha que tê-lo beijado? Porra, Porsche!

Não demorou para que seus olhos se encontrassem com os dele, com os de Kinn.

— De jeito nenhum! — murmurou frustrado. — Realmente aconteceu!

— Admito que eu não esperava que você fosse me agarrar daquele jeito, mas... — Kinn desenhou no ar com um falso sorriso de tímido. — Na verdade, foi uma delícia tomá-lo de novo, Porsche.

O olhar do ex-guarda costas era quase mortal. Não acreditava que ele se atreveria a tomá-lo depois de tudo que haviam passado juntos. E pensar que tudo aconteceu quando estava bêbado... e que foi com ele. ELE!

Estava a ponto de começar a gritar sobre ele ter se aproveitado de sua vulnerabilidade, mas seus lábios de repente murcharam ao ver que seus olhos pousaram na parte inferior de seu corpo.

Porsche respirou fundo diante da vista magnífica. Ele tinha formato e cor perfeitos e havia tanto tempo que não o via.

Deus, o que estava pensando!!!

— Você poderia fazer algo sobre o seu... uh...? — precisou fechar os olhos quando uma sensação deliciosa veio tomando seu corpo.

Mas que diabos era isso?

Antes que pudesse perceber, Kinn o puxou agressivamente, fazendo com que seu próprio corpo pousasse junto ao dele. Ele sempre foi assim, ousado em suas ações e palavras, não era de se esperar que ele sequer se constrangia.

Sua anatomia era mais difícil do que pensava que seria. Fechou os olhos e empurrou para longe os pensamentos impertinentes que de repente tomaram sua cabeça.

Com as mãos sobre o peito do primeiro mafioso, Porsche tentou empurrar o próprio corpo para cima e falhou miseravelmente ao escorregar para baixo, arfando cansado. Kinn, ao contrário, só sorria como um idiota estúpido.

— Kinn... — finalmente o chamou pelo nome, pela primeira vez em um longo tempo.

Honestamente, Porsche queria poder chamar o nome dele e pedir para que parasse de lhe abraçar, mas saiu errado, rouco e isso só o fez apertar ainda mais os braços ao redor de seu corpo aquecido.

Kinn então gemeu manso, rouco e o beijou sobre o ombro desnudo. — Hum... Porsche.

Ele realmente se lembrava? Ele realmente se lembrava do que tinham vivido?

Bom, havia saído de sua casa às pressas, em meio a um caos de sentimentos. Tudo era tão bagunçado que o deixava fraco. Não esperava que depois de tantos anos, ainda pudesse ser lembrado.

— Droga! — Havia pensado que Kinn sequer lembrasse, pior, pensava já ter sido substituído a tempos. O problema era que Kinn não parecia tê-lo esquecido, conseguia sentir as batidas de seu coração afoito e as mãos trêmulas ao redor da própria cintura.

E agora lá estava ele, nos braços daquele que nunca imaginou, que até duvidou que se recordaria de seu nome, mas que tinha um pau muito astuto ficando duro em sua coxa, isso era irônico. Kinn era sempre assim, afinal.

Porsche lutou para se livrar daquele peso, mas Kinn acabou esmagando seu peso sobre seu corpo.

— Deus, você é pesado! — disse rapidamente sem pensar muito.

— Você não se incomodou com isso ontem a noite. — o primeiro mafioso lhe deu um sorriso travesso.

O ex-guarda o olhava, mas Kinn o ignorou e começou a beijar suavemente na curva de seu pescoço. Porsche automaticamente fechou os olhos, aquela sensação de formigamento por prazer quando Kinn empurrou o quadril junto ao do outro, eram lembranças que vinham vividas em sua memória.

Se viu sem fôlego quando uma mão grande tocou-o no peito. Não era para estar daquele jeito, mordendo o lábio com força, se rendendo aqueles toques, tentou fortemente se concentrar para não ceder àquele demônio em forma de homem.

— S-aia... — murmurou sem fôlego. A mão alheia brincando com seu mamilo sensível, mas explorando seu corpo, por toda a parte.

O moreno tomou o mamilo direito na boca e deslizou a língua lá, seguindo um padrão que certamente o fez sentir tonto de emoção.

Porsche gemeu em silêncio, o que o fez rir divertido.

— Por que? Você não acha isso divertido? — o maior insistia sem perder o foco em suas ações.

— Não, Kinn. Me solta, merda! — gemeu mais alto quando sua mão escorregou por sua coxa.

O sentimento de seus dedos o massageando lentamente, torturando seu pau com os dedos habilidosos era delicioso. A outra mão escorregava por seu interior, indo e vindo, de dentro para fora e só conseguia se sentir ainda mais vulnerável.

Só queria esconder seu corpo, mas nem sabia onde estava o cobertor e para ser honesto, nem se importava mais.

Sua mente excitada só o antecipava do que viria a seguir. De novo pela fresta da janela, a luz do sol gritava em suas peles brilhantes.

De novo, o tinha beijando nos lábios e mais uma vez, Porsche retribuía. Sabia que era errado e sabia que estava prestes a fazer sexo de novo com aquele que fodeu completamente com suas estruturas.

Sempre sonhou em estar com alguém que amava, com alguém que o amaria de volta... mas se tivesse que ficar com alguém bêbado, pensou que seria alguém fácil de ser esquecido.

Pensou que seria um caso de uma noite, um deslize, mas Kinn o mostrava o contrário e isso o preocupava. Se entregar de tal forma era certo? Esse tipo de relacionamento errado poderia lhe levar ao céu ou ao inferno em instantes. Sabia o que estar com Kinn significava.

Só queria algo simples e verdadeiro, mas Porsche estava errado. De novo ele estava fodendo com sua vida, só não sabia até quando resistiria sem fugir.

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Red Lights [KinnPorsche Vol1]Onde histórias criam vida. Descubra agora