Olá fanáticos de plantão!👋
Quem é vivo sempre aparece, não é mesmo?
Um aviso importante sobre o capítulo de hoje...
1. Terá gatilhos envolvendo violência dos vários tipos, se for sensível, não leia.2. Outro gatilho envolve escravidão, entretanto a autora não está aqui para romantizar ou muito menos tratar com desrespeito o sofrimento alheio. Lembre-se, essa é uma fanfic, apesar de um toque de realismo, ainda é uma ficção.3. A caixa de comentários é livre, mas por favor, não destile ódio ou palavras maldosas para a autora ou os outros leitores.
São poucos avisos, mas achei importante salientar, pois sei que o tema que escolhi abordar é delicado, porém em nenhum momento escrevi para ofender alguém, então por favor não me ofenda também.
Recado dado...
Apreciem com moderação!😘
[...]
O sol brilhava intensamente quando a jovem chinesa se viu se despedindo da família que a vendeu para um senhor de escravos - mal haviam chegado na ilha de Vera Cruz e precisaram se desfazer da filha mais velha, para poderem se sustentar. Qian Yiu era uma moça muito jovem, nem tinha completado seus quinze anos e já sabia o que seu destino lhe aguardava.
Seu trabalho era servir a sinhá da casa, fazendo tudo que a mandasse, porém Yiu não entendia uma única palavra daquele português arcaico, o que ocasionava em histerismos da mulher, sua dona. Foi dentro da senzala junto com os outros escravos, homens e mulheres africanos, roubados de sua terra e vendidos pelos seus para serem escravos de homens brancos, que a jovem chinesa conheceu Cornelius, o criado mor do patrão.
Cornelius, o pai de todos, ensinou a moça a língua e a como se portar, sendo seu único amigo naquele lugar desconhecido, assim criando um vínculo.
Ela sendo formosa e jovem, encheu os olhos do senhor de luxúria, roubando-lhe a pureza guardada, para que servisse de concubina para aquele homem tão perverso. Tanto Kun, quanto meu pai, nunca disseram como esse senhor se chamava, também não me importava, ele era apenas o senhor, um monstro.
O tronco daquela fazenda reluzia o vermelho do sangue dos escravos mortos e se pudesse falar, seriam as vozes dos nossos irmãos que clamariam o seu desespero e angústia. O senhor daquela terra era impiedoso, por isso fora amaldiçoado por um velho pajé, de uma tribo conquistada por seus homens, que mataram todos que viviam ali antes da invasão.
"- Quando seu sexto filho, de seis filhas moças nascer, este será a condenação e destruição de sua família, assim diz o Senhor da noite!"
Essas foram as últimas palavras do místico indígena, antes de ter a cabeça cortada - Cornelius estava lá e viu tudo; ele sabia o peso de uma maldição, maldição essa que o senhor ignorou completamente, mas que viria mais dia ou menos dia.
Como já esperado, a sinhá da casa não teve um único filho homem, todos nascidos mortos ou morrendo de alguma coisa depois do parto, para assim apenas as seis filhas ficarem vivas. Lembrando das palavras do pajé, o senhor chamou um tipo de bruxa para fazer um ritual para evitar que sua esposa tivesse mais filhos, assim poderia impedir o nascimento de um menino.
Paranóico com isso, ele mandou o capitão do mato e alguns homens buscarem entre as prostitutas que se deitou para saber se alguma delas teve algum bebê e as que foram encontradas, tiveram seus filhos arrancados de si e mortos com requinte de crueldade.
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Beauty and the Beast (Qian Kun)
WerewolfUma jovem fugindo do seu passado, se ver envolvida em uma questão difícil de remediar... a fera solitária e amaldiçoada, que habitava a casa da colina era seu mestre, amigo, amante... seria a jovem bela a salvar a besta horrenda de sua maldição? Kun...