Lily está deitada no chão do seu quarto, com o toca-discos ligado ao fundo, a música pairando sobre ela. Está brutalmente quente, quente demais para se mexer ou pensar. Seus dedos arrastam preguiçosamente pelo tapete bege que cobre todos os cômodos da casa, exceto o banheiro e a cozinha. Seu pai sempre falava em arrancá-lo, mas nunca chegou a isso. Ela está feliz que ele não o fez. Ela se sente em casa agora – depois de passar o ano todo cercada por pedras, ela volta para pisos macios e cores quentes.
"Lily!" uma voz estridente corta a música.
Ela não se move. Não abre os olhos. Talvez se ela ficar muito, muito quieta eles não serão capazes de encontrá-la.
Apenas dois minutos depois, a porta do quarto dela está sendo aberta. "Jesus, Lily, você não pode me ouvir?"
Ela suspira, abrindo um olho para espiar a figura imponente de sua irmã, cabelos escuros ainda enrolados, a camisola verde menta que ela usa desde os treze anos roçando seus joelhos.
"Não, desculpe," Lily diz suavemente, sem se preocupar em se mover. Isso, previsivelmente, enfurece Petúnia.
"Você disse que ajudaria," tudo com sua irmã é uma viagem de culpa levemente velada.
Você disse que ajudaria.
Você me deve.
Compense isso.
Pela magia.
Por não estar aqui.
Você disse que ajudaria.
Lily suspira, se levantando e descansando os braços nos joelhos.
"O que você precisa?"
Petúnia é realmente muito bonita - provavelmente a mais bonita das duas - o problema é que ela sempre tem esse olhar apertado no rosto. Azedo e infeliz e constantemente decepcionado. Isso a torna desagradável de se olhar.
"Comida para minha festa, boa comida, não apenas batatas fritas do supermercado."
Lily pisca para ela. "Boa comida?"
Petúnia suspira como se Lily fosse a pessoa mais estúpida que ela já conheceu. "Queijos e baguetes e tábuas de char-cootie."
"Charcutarie?"
"Gazoontite."
"Não, é - " Lily ri. "Não importa," ela fica de pé. "Sim, tudo bem, eu posso ir buscar alguns lanches elegantes. Para quando você precisa deles?"
"Quatro."
Os olhos de Lily deslizam para o relógio em sua mesa de cabeceira. São apenas dez da manhã. O motivo de toda aquela gritaria, ela não faz ideia. Como se os lanches fossem levar mais de seis horas para chegar – mesmo os elegantes.
"Além disso, pegue um Presecco para nós."
Lily lhe dá um olhar chato. "Sou menor de idade."
Sua irmã sorri desagradavelmente. "E ainda assim você consegue pegar aqueles cigarros sujos que você não quer que a mamãe veja."
Lily revira os olhos. "Sim, tudo bem, vou tentar. Mas se eles não aceitarem minha identidade falsa, não é minha culpa."
Petúnia faz um barulho "hmph" muito alto. "Tenho certeza que você vai ficar bem. Se alguma coisa der errado, você pode simplesmente usar seu pequeno bastãozinho e magicar tudo."
"Não é assim que—"
"Lily!" a voz de sua mãe ecoa lá de baixo. "Telefone para você!"
"Oh, graças a Deus," ela murmura baixinho.
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Choices
FanfictionPessoas cometem erros. Na maioria das vezes, pensa James, você deve perdoá-las. Se elas estão arrependidas. Se elas estiverem falando a verdade. Ele mesmo tomou algumas decisões questionáveis em sua vida. Alguns erros. Todo mundo está apenas tenta...