Capítulo Quarenta e Seis

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PARTE I: JAMES

Um mês depois de sua esposa, Fleamont Potter morre.

James não está lá quando isso acontece. Embora ele suponha que neste momento isso realmente não importe. Isso é o que ele diz a si mesmo de qualquer maneira. Eles lhe mandam uma coruja, lhe informam que ele precisa fazer os preparativos para o corpo. De certa forma, é um alívio. Eles já estavam falando sobre o pai dele como se ele estivesse morto, pelo menos agora eles não precisam se sentir culpados por isso.

James acaba de trazer seu pai para casa quando recebe uma convocação de Dumbledore.

"Você não tem que ir," Lily diz enquanto lê a carta por cima do ombro dele. "Escreva de volta—ou, diabos, eu vou. Diga a ele para se foder."

James bufa. "Por mais que eu aprecie a oferta, acho que prefiro ter algo para fazer."

Ela acena com a cabeça, dando-lhe um sorriso suave e apertando seu braço. "Pizza e cerveja amanteigada para o jantar?"

James geme. "Merlin, sim. Eu já disse que te amo?"

"Uma ou duas vezes."

Ele a beija então, uma mão na parte de trás de seu pescoço, inclinando sua cabeça para cima, sua boca quente e sólida sob a dele. "Que bom," ele murmura contra ela, "Porque eu amo."

Eles se mudaram não oficialmente para a casa dos pais dele, pelo menos por enquanto. James sabe que tem sido difícil para Lily. Sabe que não é o ideal. Mas ela ainda está aqui, inabalável. Uma força da natureza.

"Vá em frente, então," ela diz quando eles se separam, dando um tapa em seu traseiro. "Vá ver o que o velho quer."

James ri. Ajuda, agir normalmente. Ajuda os dois a esquecer os corpos lá em cima.

Dumbledore abriu o Flu em seu escritório para que James possa ir diretamente ao castelo em vez de caminhar de Hogsmeade. O velho está esperando por ele, é claro, de pé na grande janela na parede oposta, as mãos cruzadas atrás das costas. Ele sorri quando vê James, gesticulando para a cadeira na frente de sua mesa.

"É bom ver você," Dumbledore diz uma vez que eles estão sentados um em frente ao outro.

James não tem uma resposta para isso, mas não parece que Dumbledore precisa de uma.

"Você mudou de ideia sobre os funerais de seus pais?"

James range os dentes. "Eles vão acontecer assim que Remus voltar."

"Ah," Dumbledore acena sabiamente, não se preocupando em acrescentar mais.

James arqueia a sobrancelha, a voz afiada. "Alguma ideia de quando isso pode ser?"

Há um brilho nos olhos azuis de Dumbledore. "Receio que não posso dizer."

James esperava isso. Mesmo assim, ainda o irrita.

"Você queria me ver?" ele pergunta quando o silêncio começa a se arrastar, seu joelho balançando impacientemente para cima e para baixo.

Dumbledore assente. "Eu queria. Temos boas informações de que Voldemort vai trazer alguns de seus apoiadores da Bulgária através da fronteira em uma semana. Adeptos muito habilidosos e perigosos. Eu pretendo detê-lo."

James olha fixamente para ele. "Ok?" ele diz eventualmente. "E você quer que eu... ajude?"

Dumbledore sorri. "Pelo contrário, quero que você lidere a missão."

Isso pega James de surpresa, Moody geralmente insiste que apenas Aurores treinados recebam papéis de liderança. "Er, por que eu?"

"Acreditamos que o grupo estará sobrevoando."

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