Capítulo 2 - Protego!

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Meu malão estava pronto, minha mãe já se conformara que eu viajaria para fora do país - mais precisamente, ela se conformara com o fato de que eu era uma bruxa e que estava indo estudar magia - e eu aguardava Dumbledore no hall de entrada da casa de meus pais, inquieta. Assim que ele chegou, me despedi de minha família e os deixei chorando. Eu não podia chorar, era meu sonho sendo realizado.

Eu estava feliz demais, embora fosse sentir falta de minha família.

- Professor? - perguntei, enquanto caminhávamos para um lugar seguro para aparatar. Era uma tarde ensolarada, tipicamente brasileira, e havia pessoas nas ruas. Trouxas. Eles encaravam o excêntrico senhor que caminhava ao lado de uma jovem aparentemente normal. Mas só aparentemente.

- Sim?

- Por que meus poderes são... Assim? - questionei. Eu realmente queria a resposta para esta pergunta em particular. Eu não conseguia entender por que motivo eu tinha esse tipo de poder, se ninguém mais tinha. Não havia nada de especial em mim. Eu era uma simples nascida trouxa, sem descendência bruxa, assim como Hermione. Mas por que eu não tinha poderes normais, como os de Hermione?

Dumbledore mirou o horizonte pensativamente.

- É uma boa pergunta - disse. - Gostaria de poder respondê-la. Mas por que você acha que são assim?

Dumbledore. Sempre querendo nos ver achando respostas para tudo, mesmo quando não fazemos ideia de qual poderia ser a resposta.

- Não faço a menor idéia - eu disse. - É tudo muito irreal... Difícil de aceitar.

- Compreendo.

- Há restrições à minha magia sem varinha? - Perguntei. - Há algum feitiço que eu não possa executar?

- Isso é você quem vai me responder - disse Dumbledore.

O silêncio caiu sobre nós e logo estávamos aparatando, sob a sombra de uma velha árvore, longe dos olhares curiosos e assustados dos trouxas que nos rodeavam. E eu estava senda guiada, é claro.

O Caldeirão Furado não era diferente do que eu imaginara. Nem o Beco Diagonal, diga-se de passagem. Dumbledore disse que um auror viria me buscar para me conduzir a Hogwarts no dia de aula. E eu esperaria ansiosamente por este dia.


Acordei muito feliz. Era o dia em que eu, finalmente, iria à Hogwarts. Passei o dia todo impaciente, olhando pela janela de minuto a minuto, esperando o dito auror aparecer. E eu fiquei ainda mais nervosa e ansiosa quando vi que o auror mandado por Dumbledore estava ficando atrasado. Olhava em meu relógio de pulso a cada minuto, não me agüentando mais de tanta ansiedade.

Ele já estava 10 minutos atrasado.

O banquete de boas-vindas já deve ter começado. E eu aqui.

Eu andava de um lado para o outro no pequeno quarto do Caldeirão Furado, com minhas vestes bruxas de Hogwarts (lindas), quando o auror que me era desconhecido finalmente chegou. 30 minutos atrasado. Perfeito.

Nós aparatamos até Hogsmead (o povoado era mais perfeito do que eu tinha imaginado). Caminhamos até o castelo (caramba, o castelo é muito maior que nos filmes, se é que isso é possível). Minhas coisas provavelmente já estavam lá, me aguardando.

Não irei descrever o castelo ou suas proteções porque todos já devem conhecer. Se não, procure no Google.

Eu podia ouvir a voz de Dumbledore vinda do salão principal, que parecia estar vazio, tamanho era o silencioso respeito com que aguardavam que seu diretor dissesse tudo o que tinha a dizer. Contudo, eu sabia perfeitamente bem que o salão estava completamente apinhado de gente.

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