Capítulo 21 - O Fim Nunca É Fácil

206 19 0
                                    

— Então... — Observei Fred afundar na grama, ao meu lado. Minha expressão era séria, e a dele era cautelosa. — Como vão as coisas? 

Tirei uma flor que estava ali por perto e girei-a entre meus dedos. 

— Confusas. 

Ele apenas me fitou, tentando entender o que eu mesma não compreendia. 

— Você quer me dizer alguma coisa. — Isso não foi uma pergunta. 

— Tantas coisas vêm acontecendo... — E vão acontecer, mas eu não precisava dizer isso. — E eu não sei o que pensar, Fred... 

— Sobre nós? 

— É. Sobre nós. 

Pensei em tudo o que passamos juntos, nossos dias n'A Toca, as cartas, os beijos... Tudo. Eu não sabia se alguma vez realmente senti amor por ele. Eu gostava dele... mas não era suficiente, percebi. Era preciso mais do que carinho para continuar ao lado dele... E descobri que não era ele quem eu realmente queria. 

E quem eu queria? 

— Tem outro garoto... de quem você está gostando, não é? — perguntou Fred. Pela voz dele, eu via que era difícil para ele o fato de que nosso relacionamento estava chegando ao fim. Eu não podia mais ficar com ele, apesar de tudo. Simplesmente não podia. 

— Não, não tem outro garoto... Acho. 

— Seja mais clara — pediu. 

— Estou confusa, Fred. — Respirei fundo, olhando nos olhos dele. — É a única coisa da qual tenho certeza agora é que quero terminar com você. 

Ele baixou os olhos para não deixar que eu visse o que se passava neles. 

— Se é o que você quer... — murmurou. 

Tirei a corrente que ele me dera de presente de natal. 

— Foi muito bom cada momento que eu passei com você, juro — eu disse, pegando sua mão e depositando lá a corrente. 

— Não! Não faça isso; fique com o colar. É seu

— Obrigada. — Coloquei o colar de volta em meu pescoço. Passei meus braços ao redor de seu pescoço e beijei seu rosto. 

— Devo ser muito egoísta por isso, mas... Não quero perder sua amizade. Quero ter você comigo. 

— Fico feliz em ouvir isso — disse ele. — Isso significa que você gosta de mim, de alguma forma. 

— Claro que gosto. 

Logo ele recuperou (ao que parecia) seu humor de sempre, seu ânimo. Isso me deixou mais calma e menos culpada. 

— E aí, descobriu quem te deu a pulseira? — Nos afastamos. 

— Não — respondi, tocando-a. — Isso me irrita, eu queria saber quem me deu! 

Ele riu. 

— Suspeitas? 

— Como poderia ter? — repliquei. — Que ser humano poderia querer me dar isso, além daqueles que me deram presentes? 

— Talvez um admirador? 

— Duvido. 

Basicamente, discutimos mais sobre isso e depois conversamos sobre nossas famílias e os negócios dele e George. Alguns minutos mais tarde, ele foi embora. 


Os dias foram passando e logo se transformaram em semanas. Conforme o tempo passou, comecei a perceber o que me fez terminar com Fred. Ou melhor, quem fez isso e me deixou confusa... 

Céus, era tão óbvio para mim! 

Isso não podia ser pior. 

Bleeding Love Life Lies IOnde histórias criam vida. Descubra agora