Capítulo 3 - Chegada a Hogwarts

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Os alunos estavam meio em choque, observando a aberração (eu) que derrubara a Parkinson e fizera seu próprio feitiço voltar-se contra ela, isso tudo sem varinha. Não pararam de cochichar até Dumbledore chegar ao local onde estávamos e fazer as pessoas tentarem disfarçar sua curiosidade. 

— O que está acontecendo aqui? — Dumbledore quis saber. 

Pansy Parkinson se levantou. 

— Essa louca me atacou! Essa aberração! 

Oooh, ela já sabe o que eu sou, pensei amargamente. 

Dumbledore olhou pra mim, radiografando como sempre, e seus olhos me questionavam. — Usei protego, professor — eu disse numa voz calma, quase entediada. Não era assim que eu me sentia, mas ninguém precisava saber disso. — Virei de costas e vi a varinha na minha direção. Foi um impulso que salvou meu rosto. 

Dumbledore sabia que eu não estava mentindo. 

— Entendo. 

— Mentira! — Parkinson gritou. — Mentirosa! Você me atacou, sua sonsa... 

Ao ver o olhar que eu lancei para ela, Pansy se interrompeu. O silêncio era singular. 

— Sonsa? — eu perguntei num tom de voz afiado. Uma maldição não faria mal a ninguém. 

— Gabriella. — O tom de voz de Dumbledore era de aviso. 

Por que ele tinha que saber o que eu pretendia? Droga! 

— Venha, Srta. Parkinson. — Dumbledore a guiava para a ala hospitalar. Olhou ao seu redor e, vendo todos ainda parados, disse: — Vão para os seus quartos. Você também, Srta. Munis. Todos devemos descansar para o dia de amanhã. 

Fiz isso. Corri para a torre da Grifinória (é, eu já sabia onde ficava) e entrei no salão comunal. Felizmente, a Mulher Gorda me deixou entrar sem senha. Isso não é normal, aposto que ela viu o que se passara lá embaixo e queria saber mais sobre o assunto. Logo pensava que esta era uma maneira de me amolecer. 

Sentei em uma poltrona daquele "já conhecido" lugar. Logo os outros grifinorianos foram chegando, sempre me observando, sem nem se preocupar em disfarçar. Mal pestanejavam. Alguns até se aglomeravam só para me encarar. Ignorei a todos, mas logo entrou um que eu não podia ignorar. Ou melhor, entraram dois que eu jamais poderia ignorar. 

Harry Potter. 

Rony Weasley. 

Eles eram tão lindos, meu Deus! 

Harry chegou, sentou-se perto de mim e logo Rony fez o mesmo. Afinal, era ali que eles sempre se sentavam juntos; eu era a intrusa. Hermione sentou-se no braço da poltrona em que eu estava. 

O salão inteiro parecia observar. 

Deus, o que foi que eu fiz? 

— Olha, eu não quero ser intrometido, mas tenho que perguntar... Como você fez aquilo? — Rony estava vermelho, envergonhado. 

Lancei um olhar fulminante às pessoas que bisbilhotavam e elas começaram a procurar o que fazer. Algumas delas, na verdade. 

— Olha, Ron, eu não posso contar agora... Mas na hora certa vocês vão saber. E só vocês. Neste momento, a minha coruja, Edwin, chegou (é, eu tenho uma coruja e também uma varinha de mogno, bem flexível, 28 cm, com pêlo de unicórnio). Ele trazia um recado para mim. Acariciei suas penas negras e ele logo se foi, certamente para o corujal. Abri o recado. 


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Cara srta. Gabriella, 

Bleeding Love Life Lies IOnde histórias criam vida. Descubra agora