Epílogo - De uma hora para a outra, as coisas mudam. ...

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De uma hora para a outra, as coisas mudam. Nem sempre é fácil perceber isto. Ou aceitar.


No dia seguinte, Draco teve alta. 

Eu saí com Harry, Rony e Hermione de dentro da sala comunal, rindo e conversando alto. 

— Ah, cala a boca. — Empurrei Rony e abracei Harry. Este era menos irritante que Rony sobre minha relação. Rony passara horas desde ontem me zoando por causa de meu relacionamento com Draco. Enquanto eu me agarrava a Harry, notei Draco de costas para a parede, com uma perna apoiada na mesma, os braços cruzados no peito, a camisa meio aberta, a gravata folgada. Seus cabelos loiros eram uma desordem sexy. 

— Draco! — Soltei Harry e o abracei, sorrindo animadamente. Pude ouvir seu riso. 

— Impossível ficar bravo com você — disse ele, parecendo mesmo um pouco bravo. 

— Por que você ficaria bravo comigo? 

— Você... Abraçando o Potter... — ele disse apenas isso. 

Eu ri. 

— Tudo isso de ciúmes? — Arqueei a sobrancelha. 

— Ah... Vamos para a aula? 

Essa eu deixei passar. 

As pessoas pareciam ofensivamente chocadas ao nos verem juntos. Ignoramos; não importava realmente. Ou era o que eu pensava. 


O último período de Draco era livre e eu tive aula. Quando ela chegou ao fim, procurei Draco no primeiro lugar que eu pensei que ele pudesse estar. 

A Sala Precisa. 

— Draco? 

Ele sorriu ao me ver. 

Sem nada dizer, ele se sentou num banco e me puxou para o lado dele. Sentei e coloquei uma perna sobre a dele, apoiando o braço nela. 

— Por que você não desiste disso tudo? — perguntei. 

— Eu não quero falar sobre isso. 

— E sobre o que quer falar? 

— Sobre a pulseira. 

Pestanejei por um momento, sem entender. 

— O que tem a pulseira? 

— Fui eu quem te dei. 

Ironia do destino? Eu havia desprezado e ironizado a possibilidade de ter sido um sonserino. E, no entanto... 

— Nossa — murmurei. 

Ele riu. Eu meti um tapa no braço dele, seguido por mais alguns. 

— Ei! 

— Cara, você escondeu isso por todo esse tempo?! — reclamei. — Que merda, eu fiquei super curiosa e... 

— Se eu te contasse na semana passada, o que você teria feito? 

Parei, sem palavras. Acho que eu teria lançado uma Maldição da Morte nele depois de estourar a pulseira. 

— Provavelmente a jogaria na sua cara — contei. Claro que não chegou nem perto da verdade. 

Ele assentiu. 

— Pois, então... 

— Ah, explica logo esses significados — ordenei. 

— Estão faltando os mil agradecimentos, abraços e beijos. Eu não esqueci. 

Bleeding Love Life Lies IOnde histórias criam vida. Descubra agora