Oye: Saudação informal reilarandense; Oi, olá.
Província: Áreas ou regiões administrativas urbanas de uma cidade; Pequena-Cidade; Área ou região fora da cidade.
Baile de Apresentação: Baile que os herdeiros ao trono fazem ao completar dezesseis anos, sendo apresentado ao povo.
Larol: Legal, maneiro, da hora, bom, bacana.
Galéns: Moeda oficial de Reilarand.
Pityrye: Falsa pedra preciosa.
Mais falso que pityrye/nota de 04 galéns: Pessoa muito falsa e mentirosa.
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Tem momentos na vida que procurar respostas é inevitável. Mas, nem sempre as soluções aparecem com tanta facilidade quanto às perguntas. E, quando acreditamos que achamos o que procurávamos, acontece alguma coisa mostrando o quanto estávamos enganados.
Por mais que eu tentasse, não conseguia encontrar qual foi o meu erro. Não por falta de tentativa. Porque eu pensava muito. Muito mesmo. Mas, não conseguia descobrir o que havia feito de tão ruim para ser tratada com tanta indiferença.
Sempre fui uma criança como tantas outras. Aprontava. Fazia bagunça. Aliás, que criança não era assim? Vovó Paloma costumava dizer que crianças bagunceiras era sinal de saúde. Eu corria pela casa, espalhava brinquedos. Mas, isso era motivo para ela me tratar assim?
O que me deixava mais aflita era o fato de que Andressa era como eu. Mesmo sendo dois anos mais nova, lembrava que minha irmã era bagunceira tanto quando a mim. Mas, não recebia o mesmo tratamento de indiferença que eu.
O que foi que eu fiz? Me questionei em pensamento pelo que deveria ser a milésima vez, enquanto tentava com todas as forças deixar as lágrimas bem longe das minhas bochechas. Abraçando meus joelhos e deitando minha cabeça neles, sentada na grama, tentava ao máximo não chorar.
Não sabia mais por quanto tempo eu conseguiria suportar essa situação.
— Oye!
Levei um grande susto ao ouvir aquela voz conhecida tão próxima. Perdida em meus pensamentos, nem notei que não estava mais sozinha debaixo da sobra daquela árvore, escondida do sol dos últimos dias de verão. Levantei a cabeça e olhei na direção do dono da voz. Era ele mesmo. Não estava ficando maluca. Com os mesmos cabelos escuros penteados para o lado direito e os olhos procurando pelos meus.
— Oye?!
Não sabia se o cumprimento saiu da minha boca como pergunta ou afirmação. A culpa não era totalmente minha. Eu e ele nos conhecíamos há uns cinco anos, quando ele se mudou para a casa dos avós, mas ele nunca foi de iniciar uma conversa comigo. Trocávamos alguns cumprimentos. E só.
Isso era estranho. Muito estranho.
— Posso me sentar aí com você? — ele me perguntou, apontando para o espaço ao meu lado.
Ainda surpresa por ele estar conversando comigo, assenti a contra gosto. A verdade era que eu desejava ficar sozinha. Afinal, foi por isso que sai da minha casa e procurei por esse refúgio. Mas eu simplesmente não consegui negar. Não queria parecer mais fria e mal-educada como ela fazia parecer na frente dos outros. Mesmo que esse outro fosse Gustavo, um garoto que eu conhecia e que frequentava minha casa desde que eu tinha treze anos. E que, consequentemente, me viu em meus piores e melhores dias.
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A Herança - Livro 01 Da Trilogia "Mudança De Vida" [Concluída]
RomanceAlice Viana era uma garota tímida, insegura, que não se sentia bem com sua própria aparência física. Sempre sentiu uma rejeição por parte de sua mãe, e, seu maior desejo era descobrir o motivo dela lhe tratar com tamanha indiferença, enquanto com su...