A Herança - Livro 01 Da Trilogia "Mudança De Vida" [Concluída]

Capítulo 17

Oye: Saudação informal reilarandense; Oi, olá.

Lilicker: Espécie de flor nativa de Reilarand, de coloração que pode ir do roxo ao lilás; De aroma suave, muito usado em perfumaria e cosméticos; Comestível; Suas pétalas são usadas como calmante.

Jinysten: Jiló fatiado frito empanado; Acompanhado de molho kaezo (molho de queijo).

Kaezo: Molho de queijo.

Strick: Bebida feita de suco de frutas cítricas e bastante gelo; Refrescante, comum no verão reilarandense; Não alcoólica. Comum no Natal.

Zauber: Wesmeg parecido com seres humanos, que utilizam capas ou sobretudo, com habilidade de realizar feitiços e magias, que se dividem em três classes.

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A semana passou rápido. E, quando me dei conta, já era domingo. E posso dizer que foi uma semana bem cheia.

Na terça-feira, Gabriel estudava durante a noite. Então, pela manhã, mesmo tendo acordado quase dez horas (por termos dormido bem tarde), saímos para conhecer um pouco mais da fazenda a cavalo. Almoçamos em um pequeno restaurante. E, quando chegamos a Casa Sede, era quase quatro horas da tarde. O filho de Antonio precisou se arrumar as pressas para ir à faculdade.

Na quarta-feira, Gabriel estudava pela manhã. Ele havia ficado em Citerouse. Após eu acordar, fiquei no galpão, onde conheci melhor como era feito rapadura, açúcar e também o café. Quando o filho do advogado chegou, após o almoço, esperamos por Naty. Mas, ela não quis ir com a gente, porque não passaríamos nos vinhedos. E, quando eu e ele voltamos a casa, estava escurecendo.

Na quinta-feira, acordei antes da sete horas para ir com Antonio a Trinie, na sede do Grupo Fernandes. E o lugar era gigante. Ninguém sabia que eu era a dona de tudo aquilo. Para eles, eu era apenas uma estagiária de Antonio. E, fiquei um bom tempo no escritório da presidência, ocupado pelo advogado, na presença dele e de Elizeu Nunes, colega de profissão de Antonio e responsável por fazer o testamento de Mario. Os dois eram os únicos que sabiam sobre mim. E passei o dia lendo e assinando documentos, além de ir ao banco e resolver algumas pendências. Foi um dia bem cansativo. Mas, valeu à pena. Antonio contou que, até o fim de semana, todos os empregados receberiam seus salários, com acréscimo por causa do atraso.

Não vi Gabriel. E, confesso que senti falta dele. Ele também sentiu. Bom… pelo menos foi isso que ele me disse, quando nos encontramos na sexta-feira, após chegar da faculdade. Claro que eu fiquei vermelha da cabeça aos pés. Mas, isso era algo normal. Afinal, amigos sentem falta um do outro.

Na sexta-feira, passei a manhã toda com Antonio. Ele me explicou mais sobre o funcionamento do grupo. E, apesar de ser tudo muito novo para mim, procurei prestar atenção em cada uma das palavras ditas por ele. Queria dar o meu melhor. Depois do almoço, li um pouco o livro que Gabriel me emprestou, até o momento que ele chegou e fizemos mais uma excursão pela fazenda.

No sábado, ficamos a maior parte do tempo brincado com as crianças. Me senti com oito anos novamente. E eu não era a única. Gabriel e Nathalia também voltaram no tempo. E, para falar a verdade, acreditava que nós três nos divertimos bem mais do que as crianças. E, nos cansamos rápido também. Era impossível acompanhar aqueles quatro. Mas, ao menos, Camila e Giovanna tiveram um pouco de folga em relação a elas.

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Eu estava atrasada. Percebi isso quando cheguei à cozinha e todos estavam terminando seu café da manhã. Ou melhor, quase todos. Fiquei mais aliviada quando Gabriel chegou pouco depois, com cara de sono, bem bonito e com seus óculos no rosto. E sentou na mesma mesa que eu e Nathalia.