Capítulo 03

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Maygne: Wesmeg inteligente e sábio, também parecido com seres humanos, que não se dividem em classe ou subclasse; Muito inteligente; Gênio; Pessoa com elevado grau de talento.

Guardião da Estrela: Livro reilarandense de fantasia.

Chococo: Torta de chocolate com coco; Pode ser servida em taças ou pedaços.

Broweets: Um dos principais lanches de Reilarand; Pequenos pães recheados, podendo ser doce (doce de leite, coco, etc.) ou salgado (presunto, queijo, frango, carne, mussarela, requeijão, etc.).

Realliy: Jogo de tabuleiro reilarandense, cujo objetivo é capturar todas as peças do time adversário; Há versões com peças femininas (original) e masculinas.

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Mais uma vez, em três dias, me encontrava debaixo da árvore, no alto da colina, próximo a minha casa, observando a paisagem a minha frente, enquanto tentava pensar nos últimos acontecimentos.

Após minha conversa com Antonio, passei em casa para trocar de roupa e avisar minha mãe que estava sem fome. E segui direto ao meu cantinho de paz e relaxamento.

Eu queria pensar. Colocar meus pensamentos em ordem. Encontrar uma solução. Uma resposta aos meus questionamentos. Mas, eu não estava conseguindo. Até porque, só encontraria resposta se fizesse as perguntas certas às pessoas certas. E, essas pessoas eram Antonio, meu pai e minha mãe. E, nenhum deles estava na lista de pessoas com quem eu estava querendo conversar.

Alguém, que eu não me lembrava, deixou uma herança para mim. Uma herança. E, por mais que eu tentasse, não conseguia me lembrar de Mario Fernandes. Quando me mudei da fazenda eu tinha apenas seis anos. Ninguém nunca me falou dele. Ou do lugar. Estava me sentindo muito mal por isso. Não conseguia me recordar de alguém que possuía um carinho tão grande por mim que me deixou como sua herdeira.

Sem que eu pudesse me controlar, as lágrimas escorriam pelo meu rosto. Abracei meus joelhos, deitando minha cabeça nele. Chorava. Soluçava.

Eu estava sozinha.

Um vento passou por mim, bagunçando meus cabelos castanhos claros que estavam soltos. Levantei a cabeça e olhei para o céu, mesmo com meus olhos embaçados por causa do choro. Ele estava nublado. Uma gota de chuva caiu em meu rosto. Um pequeno sorriso escapou pelos meus lábios, juntamente com uma certeza: eu não estava sozinha.

Eu nunca estive sozinha.

Chorar não resolveria meus problemas. Chorar não me traria respostas. Para descobrir a verdade, eu tinha que ir atrás. Procurar com as pessoas certas. Como dizia o sábio maygne Gonny de “Guardião Da Estrela”: “Por mais que as respostas te amedrontem, não tenha medo de perguntar, pois apenas assim você pode se livrar do que tanto te atormente”.

Eu tinha que agir.

Levantei, limpei meu rosto, passei a mão pelas minhas roupas e corri até a minha casa, antes que o chuvisco se tornasse uma chuva forte.

Assim que coloquei os pés dentro de casa, notei que, mais uma vez, ela estava vazia. Não fazia ideia de onde minha mãe e Andressa estavam. E, como sabia que não teria respostas com elas, procuraria onde eu sabia que podia encontrar algo.

Peguei uma cadeira na cozinha e levei ao quarto dos meus pais, como fiz dias atrás. Coloquei ela escorada no guarda-roupa e subi com cuidado. A caixa estava no mesmo lugar, como havia deixado. Peguei ela, desci da cadeira e tirei os papéis de lá. Voltei com a caixa no lugar. Coloquei a cadeira de volta na cozinha, como se nada tivesse acontecido. Peguei os documentos e levei comigo ao meu quarto.

A Herança - Livro 01 Da Trilogia "Mudança De Vida" [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora