01 - Patricinha americana

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🖇 | Boa leitura!

Sentada em uma espreguiçadeira na beira da minha piscina eu segurava uma taça de champanhe em uma mão e o meu celular na outta

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Sentada em uma espreguiçadeira na beira da minha piscina eu segurava uma taça de champanhe em uma mão e o meu celular na outta. Estava distraída nas redes sociais, rolando publicação após publicação de maneira robótica.

Entrei em contato com as minhas amigas, mas todas estavam ocupadas demais estudando ou trabalhando. Segundo elas, não poderiam se dar ao luxo de curtir um dia de sol numa manhã de quarta-feira e ainda ousaram se ofender quando eu disse que pagaria os intinerários delas se elas quisessem. Mas quem precisa de mais alguém além do meu mordomo que me trazia uma nova taça de champanhe sempre que a anterior ficava vazia?

Abri a câmera e tirei algumas fotos minhas para que uma delas pudesse ir para o meu feed. Escolhi uma em que o sol iluminava bem a cor dos meus olhos e deixava a minha pele com um brilho natural.

"Uma manhã mais simples para aproveitar a quarta-feira" — legendei antes de publicar. Não demorou até as tantas curtidas e comentários chegarem. Aquelas pessoas adoravam acompanhar a minha vida de socialite muito porque desejavam isso para elas. Eu até encorajava dizendo que você pode ser o que quiser se tiver esforço, mas todos sabem que isso não é verdade.

Existem alguns critérios para se tornar uma pessoa rica. Primeiro: seja um gênio, invente ou venda alguma coisa que o mundo vai achar muito útil. Segundo: seja um criminoso de alto escalão. Terceiro: ganhe na loteria – mesmo que seja mais provável que um raio te atinja. E por último, o melhor e o lugar onde eu me encaixo: seja o herdeiro de algum desses três.

O meu pai era um nerd, mas do tipo que sabia usar o seu conhecimento para crescer. Anos trabalhando em um sistema de segurança super tecnológico lhe garantiram uma empresa, prêmios no mundo da computação e muito – muito mesmo – dinheiro. Desde criança eu sempre tive tudo o que queria e raramente ouvi a palavra não saindo da boca dele.

Atualmente o meu pai morava na Grécia de onde continuava administrando a fortuna. E eu, como uma boa patricinha americana, resolvi ficar na minha amada Beverly Hills tendo a mansão da família toda só para mim.

— Senhorita Reinhart? — a governanta veio me chamar.

— Sim, Henrietta? — respondi sem desgrudar os meus olhos do celular.

— O senhor Antonie está aqui para vê-la.

— O que está esperando? Diga para ele entrar! — larguei o meu celular e aguardei ansiosa que ele aparecesse.

Ajeitei o meu biquíni e sentei ereta na espreguiçadeira mantendo um sorriso no rosto.

— Toni! — exclamei animada ao vê-lo.

Mon amour! — veio até mim de braços abertos.

O abracei com meus braços em volta do seu pescoço e depois o beijei em seus lábios.
Antonie Leblanc era um francês charmoso que eu conheci há pouco mais de cinco meses. Assim como eu, ele também era um herdeiro e resolveu se mudar para a América para cuidar de uma das filiais da empresa de sua família. Eles eram donos de uma das maiores e mais caras redes de perfumarias do ocidente.

The Best Part Of Me ˢᵖʳᵒᵘˢᵉʰᵃʳᵗOnde histórias criam vida. Descubra agora