Lili Reinhart é uma riquinha extremamente mimada. As amigas estão cansadas desse comportamento dela e lhe dão um gelo. Entediada e se sentindo sozinha, Lili paga alguém para conversar com ela, um psicólogo. Ela não pretende voltar depois da primeira...
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Olhava o meu relógio constantemente só para ter certeza se não era eu quem havia se adiantado. Aeroportos eram lugares ótimos para crises de ansiedade de pessoas que esperavam ou pessoas que se despediam. E só para parar um pouco a tremedeira na minha perna, fiquei de pé e comecei a caminhar de um lado para o outro, ainda olhando o relógio, ainda conferindo se o vôo de Nova York havia de fato chegado.
Peguei o meu celular e vi a última mensagem dela pela décima vez.
Lili: Saindo de casa! Nos vemos em algumas horas. Te amo.
Fazia bem mais do que algumas horas e o avião chegou há 20 minutos. Por que diabos ela ainda não tinha saído do desembarque? É claro que eu passei dois longos meses sem vê-la, mas aqueles segundos estavam se saindo bem mais arrastados do que as últimas semanas.
— Cole! — ouvi ela gritar por mim.
Me virei na direção de sua voz e abri um largo sorriso, indo correndo de encontro a ela. Lili largou suas malas no chão e pulou no meu colo, enrolando suas pernas em minhas cintura. A segurei por um instante e beijei todo o seu rosto antes de colocá-la no chão. E foi aí que eu vi um hematoma perto de seu olho.
— O que aconteceu com você? — franzi a testa.
— Houve uma confusão com os assentos, uma vadia queria pegar o meu porque era ao lado da janela, mas eu paguei por aquela merda. Ela bateu em mim com a maleta quando estava fingindo guardá-la e eu aceitei as desculpas para não ser expulsa do avião. Mas quando a gente desembarcou eu soquei a cara dela e saí correndo.
— Lili! — exclamei chocado.
— A gente tem que sair daqui agora. — riu de forma nervosa.
Dei risada, segurei a mão dela e nós saímos apressadamente do aeroporto depois de chamarmos um Uber.
Começamos a rir muito quando já estávamos a caminho de casa enquanto ela me contava os detalhes de como o soco fez a mulher girar e cair de bunda no chão. Estava com muita saudade de ouvir a risada dela sem ser por uma ligação.
Nós tomamos a decisão de voltarmos para Beverly Hills, mas eu tive que voltar muito depressa, enquanto ela precisava de tempo para deixar as coisas organizadas em Nova York. Lili se desdobrou trabalhando bastante até finalmente poder tomar a decisão de ir embora. Fizemos tudo com maturidade, cientes de que passaríamos um tempo sem nos vermos. Mas estivemos longe por quatro anos, poderíamos aguentar dois meses em um namoro a distância.
Chegamos ao antigo apartamento dela e assim que entramos ela respirou fundo e sorriu satisfeita.
— Senti falta daqui. — falou.
— Deixei tudo em ordem, do jeito que você mantinha. — garanti. — Foi estranho morar sozinho aqui.
— Mas agora eu estou com você, meu amor. — abraçou-me.
