Lili Reinhart é uma riquinha extremamente mimada. As amigas estão cansadas desse comportamento dela e lhe dão um gelo. Entediada e se sentindo sozinha, Lili paga alguém para conversar com ela, um psicólogo. Ela não pretende voltar depois da primeira...
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Entre suspiros e carícias de um dos beijos mais viciantes e saborosos que eu já provei na minha vida, começava a imaginar o que aconteceria quando perdêssemos o fôlego e precisássemos parar. Eu não queria que ele surtasse, que se arrependesse e que me repelisse de maneira exagerada. Cole me beijou por impulso e eu melhor do que ninguém sabia que esse tipo de atitude gerava os maiores e mais difíceis arrependimentos.
Ofegantes, nos afastamos, mas ele não saiu de cima de mim e não largou o meu rosto. Nossas testas estavam unidas, ambos de olhos fechados, deixando as nossas respirações se misturarem.
— Ah, meu Deus... — ele murmurou e eu senti arrependimento em sua fala.
— Tudo bem. — acariciei o rosto dele.
Devagar, Cole se afastou voltando a ficar sentado na cama. Eu fiquei ao seu lado o observando enquanto ele encarava o chão com um semblante de choque. Provavelmente não acreditava que havia feito aquilo.
— Lili... — olhou para mim de um jeito penoso.
— Eu sei o que você vai dizer, mas por favor, não diga. — pedi. — Isso foi ótimo, foi um momento muito bom e eu estou me sentindo muito melhor, não quero que nada estrague isso, mas também não quero que isso nos estrague. A gente pode só esquecer e fingir que não aconteceu. Você continua tendo a sua vida e continua sendo o meu psicológico.
— Vai ser mesmo capaz de ignorar isso?
— Eu prefiro fazer esse esforço do que ter que me afastar de você.
— E se estar perto de mim for prejudicial a você? E se eu ficar perto de você for prejudicial a mim?
— Por favor, não faz isso... — minha voz embargou.
Cole ficou em silêncio e depois respirou fundo bem devagar.
— Ok. É melhor eu ir embora.
Senti algo se apertar em meu peito e o pressentimento que isso me trouxe não foi nada bom. Não tirei os olhos dele quando ficou de pé de frente para mim.
— Nos vemos na sua próxima sessão. — falou.
Aquilo me deixou aliviada. Ele iria preferir esquecer ao invés de nos afastar. Eu abri um sorriso fraco e assenti positivamente em resposta.
— Obrigada mais uma vez, Cole.
— Se precisar de alguma coisa, me ligue.
Ele foi até a cadeira onde havia deixado o paletó, o pegou e vestiu. Antes de ir embora, olhou para mim uma última vez como se quisesse dizer algo, mas por fim acabou desistindo e saiu pela porta.
Minha mente se ocupou daquele nosso pequeno momento e ao invés de dormir frustrada com o que o meu pai fez, eu tive uma noite de sono tranquila. Mesmo que eu não pudesse tê-lo definitivamente na minha vida, as pequenas coisas que eu tinha com o Cole eram únicas e me faziam sentir tão bem que eu me sentia voando sobre as nuvens.
