Lili Reinhart é uma riquinha extremamente mimada. As amigas estão cansadas desse comportamento dela e lhe dão um gelo. Entediada e se sentindo sozinha, Lili paga alguém para conversar com ela, um psicólogo. Ela não pretende voltar depois da primeira...
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Eu nunca fui fã da ideia de ser clássica. Buquê vermelho, tapete igualmente vermelho até o altar, vestido branco, padrinhos por todos os lados e um pai para me levar até o meu futuro marido. Seguir tradições era de fato o meu estilo ou eu só estava tentando me encaixar em um padrão? Ok, Cole e eu já estávamos casados e tudo aquilo não passava de uma formalidade para os amigos, mas ainda assim parecia tudo monótono demais e não único como eu imaginava que todos os meus momentos marcantes seriam.
— Esse decote está perfeito! — Camila disse enquanto me observava fazer a última prova do vestido.
Meus peitos estavam praticamente se espremendo naquele espartilho e eu apostava que se pulasse eles bateriam em meu queixo como um soco. Soltei um suspiro olhando para o espelho e sorri fraco.
— Não gostou? — Camila franziu a testa. — Eu o desenhei com tudo o que você mais gosta.
— Está incrível, Cami. — garanti. — E eu estou maravilhosa. É só todo o conjunto da ideia de casamento.
— Você não quer se casar? — pareceu chocada.
— Eu já estou casada. — eu ri.
— Mas você não quer uma super festa? Eu sempre te imaginei tendo uma cerimônia no estilo casamento real.
— Mas não vai ser assim. E tudo bem. Mas nada bem também. — fiquei séria. — Só não parece algo que eu faria por mim e pelo Cole.
— Nem a parte da festa? Porque, amiga, eu pretendia encher a cara com vocês.
— Isso seria ótimo. — dei risada. — A bebedeira com certeza vai acontecer.
— E a cerimônia? Por favor, eu dei tudo de mim nessa roupa. — olhou-me de cima a baixo como uma mãe olha orgulhosa para um filho.
— E eu quero que todo mundo me veja vestindo essa obra prima projetada por Camila Mendes.
— Então pare de pensar demais. — ela veio até mim e voltou-se para o nosso reflexo no espelho. — Só vai lá e seja a noiva mais gostosa que Beverly Hills já viu.
A cortina foi aberta por uma das funcionárias do ateliê e assim que ela prestou atenção em nós seu sorriso se desfez.
— Lili!? — exclamou me olhando de cima a baixo.
— Marian? — franzi o cenho. — O que ela está fazendo no seu ateliê? — perguntei para a Camila.
— Ela trabalha aqui. — Camila sorriu. — Estava esperando para que você tivesse uma surpresa.
— Sério, Camila? — Marian rolou os olhos. — Já não me humilhou o bastante?
— Eu não te humilhei, eu te dei um emprego! — Camila disse ofendida. — Você bem que precisava de ajuda depois do chute que levou da sua mina de ouro.
