Lili Reinhart é uma riquinha extremamente mimada. As amigas estão cansadas desse comportamento dela e lhe dão um gelo. Entediada e se sentindo sozinha, Lili paga alguém para conversar com ela, um psicólogo. Ela não pretende voltar depois da primeira...
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Desci a escadaria quando fui avisada da chegada de Antonie. Passei boa parte da noite pensando em quem seria a pessoa mais próxima a mim para que eu pudesse usar como teste nessa tentativa de ser menos solitária. Eu quis chamar a Marian ou a Evelyn, mas nenhuma das duas respondeu às minhas mensagens, o que me fez ver que dessa vez realmente eu teria que comprar algo mais caro de presente se quisesse atraí-las de volta. Mas talvez eu não precisasse mais delas se tivesse o Toni. Se a minha relação com ele pudesse ficar melhor, finalmente iríamos para a segunda fase.
— Olá! — ele sorriu ao me ver.
— Oi, Toni. — ofereci minha mão para que ele a beijasse e foi isso que ele fez. — E então... — puxei a minha mão de volta bruscamente. — Alguém lhe ofereceu algo para beber?
— Eu estou bem, não quero nada. Fiquei bastante curioso quando você me pediu para vir aqui. Achei que ainda estivesse brava comigo.
— Ainda estou, então antes de começarmos a conversa exijo que me peça desculpas.
— Pelo que? — franziu a testa.
— Peça desculpas, Antonie Leblanc! — falei com autoridade.
— Seja lá do que você esteja falando, chéri, eu lamento profundamente.
— Ok, agora vamos para o meu quarto.
— Agora sim! — comemorou.
— Não é o que você está pensando. — rolei os olhos.
Nós subimos e entramos na minha suíte. Ele se jogou na cama apoiando as mãos atrás da cabeça como se o lugar também fosse seu.
— Há quanto tempo estamos saindo? — perguntei parando em pé na frente da cama.
— Quatro meses? — pareceu não ter certeza.
— E nesses quatro meses o que você aprendeu sobre mim?
Com um olhar confuso, ele se apoiou em suas mãos e ficou sentado olhando para mim.
— Você está bem? — questionou.
— Eu te fiz uma pergunta, não a ignore. — me aborreci.
— Tá... — suspirou. — Eu sei que você é herdeira de bilhões, vive sozinha nesse lugar gigante mesmo sendo tão jovem, acha que trabalhar é uma inutilidade na sua vida, se veste melhor do que qualquer garota desse estado, adora comprar coisas, fazer festas de última hora, dar presentes que ninguém pediu e tem um ótimo gosto para vinho. E, claro, é gostosa até o inferno.
Até que foi uma surpresa saber que em sua lista de coisas sobre mim havia mais do que três tópicos. Ainda assim, parecia tudo superficial demais.
— Você andou pensando no que diria se eu te fizesse esse tipo de pergunta de novo? — desconfiei.
