Lili Reinhart é uma riquinha extremamente mimada. As amigas estão cansadas desse comportamento dela e lhe dão um gelo. Entediada e se sentindo sozinha, Lili paga alguém para conversar com ela, um psicólogo. Ela não pretende voltar depois da primeira...
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Estávamos na casa da minha irmã, Louise, para um jantar de aniversário que eu muito relutante tive que aceitar. Não que eu não gostasse de comemorar o dia do meu nascimento, mas naquele ano a crise existencial do trinta havia chegado e não foi nem uma culpa minha. Amanda passou o dia dizendo que agora eu deveria pensar mais no futuro e eu sabia exatamente do que ela estava falando. Para não entrar em uma conversa da qual eu sairia perdendo, resolvi fingir que não entendi.
Para que eu pudesse aceitar a pequena comemoração, insisti que fosse algo muito íntimo, apenas eu, Amanda, Louise e o meu melhor amigo, Kj, que também era o meu cunhado e colega de profissão, tendo um consultório na mesma clínica que eu.
Havíamos acabado de comer e a minha irmã foi buscar a sobremesa.
— Agora é a hora principal! — ela gritou enquanto vinha até a sala.
Quando Louise apareceu, estava segurando um bolo com as velas de trinta anos. Os outros dois ficaram de pé e eu sorri sem jeito tendo que ceder ao momento da cantoria. Eles até fizeram a brincadeira do "com quem será", o que se torna algo sem graça quando você já tem uma namorada.
— É claro que eu vou querer. — Amanda diz rindo quando a música acabou.
Dei um beijo em seu rosto e depois peguei a faca para cortar o bolo.
— Como eu amo vocês três, o primeiro pedaço será para mim mesmo.
— Ah, isso não vale! — Kj reclamou.
— Você sabe que o amor próprio é extremamente importante, Kj. — brinquei.
— Não use a minha sabedoria contra mim. — ele retrucou.
— Por falar nisso, como anda o trabalho, Cole? — Louise perguntou. — O Kj me disse que está com um desses pacientes que dramatiza sobre tudo. E você? Tem alguém assim?
— Ah, ele tem. — Amanda respondeu por mim antes que eu abrisse a boca. — Acredita que ela ligou hoje pedindo ajuda? Sério, é o aniversário dele!
— Ela não sabe disso. — justifiquei.
— Você deveria ter dito que estava ocupado.
— A gente nem tinha saído de casa.
— Por causa dela nos atrasamos. — parecia que ela queria começar uma discussão.
— Ok, já passou. — suspirei.
— Vocês precisam impor limites. — Louise disse em apoio à Mandy como sempre fazia.
— As pessoas possuem limites diferentes. O que é bobagem para você pode não ser para outro. — falei.
— Eu concordo. — Kj me apoiou. — Pessoas com transtorno de ansiedade costumam ter crises com coisas que a maioria da sociedade julga como bobagem. Não podemos usar o mesmo medidor para os limites de todo mundo.
