06 - Mundo de futilidades

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🖇 | Boa leitura!

Era a minha terceira consulta com o Cole e eu dediquei os primeiros minutos para falar sobre a Camila e do quanto estava feliz e animada por ter conseguido reaver aquela amizade

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Era a minha terceira consulta com o Cole e eu dediquei os primeiros minutos para falar sobre a Camila e do quanto estava feliz e animada por ter conseguido reaver aquela amizade.

— Só foi meio desesperador chegar a alguns tópicos que eu não fazia ideia de como continuar. — fui dizendo. — Até imaginei que se eu tivesse o seu número seria mais fácil, bastaria dar um toque e eu ficaria tranquila. — ri.

— Na verdade você pode ter o meu número.

— Mesmo?

— Você está em tratamento, então qualquer emergência pode ser atendida quando você quiser. — arrancou um pedaço de papel e começou a anotar, depois me ofereceu. — Me ligue quando achar que precisa de mim.

— Perfeito! — guardei o número em minha bolsa.

— Há mais alguma coisa que queira me dizer sobre a Camila?

— Não. Acho que eu disse tudo.

— Então podemos voltar para o seu pai?

Me mexi de maneira desconfortável onde estava e pigarreei algumas vezes.

— Até então eu estava animada para esta sessão. — ri sem humor.

— Você sabe... — ele tentou dizer, mas eu o interrompi.

— Eu sei, eu sei. Nem sempre agradável, mas sempre a verdade. — engrossei a voz para tentar imitá-lo.

Cole soltou uma risada baixa e olhou para o bloco de notas em seu colo enquanto sorria. E de repente eu me peguei pensando que aquilo foi fofo e que eu me senti bem por fazê-lo rir.

— Você tentou falar com ele de novo? — perguntou.

— Não. Eu acho que os e-mails que mandei devem esperar. Entretanto, aconteceu muita coisa desde que eu enviei o último, acho que ele gostaria de saber que eu estou fazendo terapia e que voltei a ser amiga da Camila. Ele dizia que a Camila era um bom exemplo.

— Se quer escrever, mas não quer mandar, faça exatamente isso.

— O que? — franzi a testa.

— Escreva as coisas que quer dizer para ele, mas não as envie. Coloque tudo para fora como se estivesse falando com o seu pai.

— Isso parece idiota.

— Faça e depois me diga como se sentiu.

Eu demorava a entender as coisas que ele dizia, mas das outras vezes os resultados foram positivos, portanto eu escolhi apenas concordar e esperar para ver o que acontecia. Se ele dizia que aquilo seria bom, eu iria confiar. Na verdade à essa altura eu já estava confiando mais no Cole do que em qualquer outro homem da minha vida. Ele pelo menos falava a verdade e, mesmo esse sendo o seu trabalho, aprecio isso.

The Best Part Of Me ˢᵖʳᵒᵘˢᵉʰᵃʳᵗOnde histórias criam vida. Descubra agora