A língua de Rafaella se enroscava com a de Gizelly em um beijo lento e intenso, fazendo Gizelly soltar seu cinto e se sentar no colo de Rafaella, sem jamais separar o beijo. Rafaella arfou na boca dela e sorriu.
– Eu preciso ir, Gi – Rafaella disse, sabendo que precisava ir para o hospital em alguns minutos.
– Eu sei, só estou te beijando direito. – Gizelly sussurrou contra sua boca.
– Você sempre me beija direito. – Rafaella replicou, voltando a beijar Gizelly e a envolver seus braços ao redor dela. De repente o ar atmosférico ficou escasso e ambas respiravam com dificuldade.
– Você vai me ensinar a dirigir amanhã cedo? – Gizelly perguntou, enchendo de beijos o maxilar de Rafaella, que sem perceber já tinha suas mãos passeando pela coxa e cintura de Gizelly.
– Amanhã bem cedinho. – Rafaella respondeu, olhando-a com os olhos quase enegrecidos pelo desejo que, de tão intenso, transbordava. Gizelly assentiu e voltou a beijá-la, arfando na boca de Rafaella quando uma mão da maior apertou sua coxa e a outra a puxou mais para seu corpo.
Gizelly, no intuito de aliviar um pouco o que sentia, pressionou seu corpo contra o de Rafaella e deu uma leve rebolada, fazendo as duas gemerem.
– Gi? – Rafaella chamou contra a sua boca, sentindo Gizelly repetir o movimento que, em seu pessoal, estava achando delicioso demais.
– Hm? – Gizelly murmurou, mordiscando o lábio inferior de Rafaella. A maior pensou um pouco se diria o que pensava, mas acabou decidindo que sim.
– Dorme lá em casa hoje? – Perguntou, ajudando com as duas mãos Gizelly a friccionar seu centro contra o colo de Rafaella.
– Durmo... – Gizelly respondeu de prontidão, gemendo baixinho ao sentir a unha de Rafaella arranhar suas costas por dentro da blusa.
– Amor... – Rafaella chamou, inebriada com as sensações que seu corpo estava lhe proporcionando. – Você precisa me ajudar a parar agora, porque sozinha eu não tenho forças. – Rafaella disse, pendendo o pescoço para trás e fechando os olhos quando sentiu a boca de Gizelly fazer uma trilha de beijos de sua mandíbula até sua clavícula.
– Eu não quero parar... – Gizelly sussurrou, arrastando os dentes levemente pelo pescoço de Rafaella.
– Mas se sua mãe sair na janela de sua casa ela nos verá, porque o vidro da frente não é fumê. – Gizelly bufou e a olhou. – Além do mais eu preciso ir.
– Hm. Tem razão. – Gizelly disse, saindo do colo de Rafaella rapidamente. – Estou cansada hoje, Rafinha. Acho que não vou dormir com você, não. – Rafaella murchou na hora. Planejava dar mais um passo na relação, mas se Gizelly não estava bem, não forçaria nada.
– Está bem. – Rafaella disse, se inclinando para dar um selinho em Gizelly, mas percebeu que algo não estava bem. -- Hey, o que foi? – Gizelly respirou fundo e negou com a cabeça.
– Desculpe, só foi estresse momentâneo. – Confessou, fazendo Rafaella entortar a boca. – Vou dormir com você sim, não vou descontar frustrações em você, Rafa.
– O que te frustrou? – Rafaella perguntou.
– É que você sempre me afasta, mas já passou. Podemos levar a Lylla hoje? – Gizelly perguntou mudando de assunto e Rafaella assentiu.
– Podemos. – Rafaella respondeu olhando em seu relógio de pulso no momento seguinte. – E eu só te afastei agora porque Madalena pode nos ver e porque eu tenho que ir. – Rafaella disse, se debruçando sobre o banco do passageiro. – Que tal se formos jantar fora hoje?
– Eu vou poder ficar abraçadinha com você? – Gizelly perguntou. – Porque nos filmes os casais sentam um em cada lado da mesa e eu não quero ficar longe. – Rafaella sorriu ao ouvir aquilo.
– Podemos nos sentar uma do lado da outra, apesar de não ser o tradicional. – Rafaella disse rindo.
– Então está bem. – Gizelly disse e Rafaella assentiu. – Eu amo dormir abraçadinha com você. Fico feliz de dormir lá hoje. – Comentou, passando os dois braços ao redor de Rafaella e colando os lábios nos dela.
– Eu tinha outra coisa em mente para essa noite, além de dormir. – Rafaella disse, mordendo o próprio lábio inferior para conter o sorriso ao ver os olhos de Gizelly brilharem.
– Você... está falando sobre o que estou pensando? – Gizelly perguntou e Rafaella deu de ombros.
– Depende, está pensando em assistir filmes até amanhecer?
– Hum... – Gizelly disse um pouco desanimada. A risada de Rafaella ecoou dentro do carro e ela se inclinou e deu um beijo no rosto de Rafaella.
– Estou brincando. – Rafaella disse. – Eu estava me referindo a fazermos amor... – Rafaella disse em um sussurro, analisando cada expressão de Gizelly, a forma como seus olhos brilharam e seu sorriso se alargou. – Se você se sentir preparada para isso.
– Siiim. – Gizelly disse animada. – Deus ouviu minhas orações. – Rafaella voltou a rir.
– Pediu isso a Deus? – Rafaella perguntou surpresa.
– Para você não adiantava mais, você sempre me negava. – Gizelly falou e Rafaella riu novamente.
– Sabe que não era por falta de vontade, não é? – Perguntou, uma de suas mãos estava no volante e a outra apoiada no banco do passageiro.
– Sim. – Gizelly replicou, levando uma mecha dos cabelos de Rafaella até atrás de sua orelha. – Estou nervosa. – Gizelly confessou rindo.
– Não precisa. Se você mudar de ideia, mesmo que seja mais tarde, mesmo que seja durante... Você sabe... – Rafaella disse. – Me deixe saber, por favor.
– Eu não vou mudar de ideia. – Gizelly disse. – Agora me dá um último beijo e vai, porque eu tenho aula já já e você vai se atrasar. – Ela disse, vendo Rafaella assentir e se inclinar, roçando seus lábios nos dela antes de aprofundar o beijo.
Gizelly arfou, amava a sensação de ter os lábios de sua namorada contra os seus.
– Eu te amo. – Rafaella sussurrou, dando um último selinho em Gizelly. – Às nove e meia passo aqui.
– Também te amo. – Gizelly respondeu. – Nove horas já estarei pronta. – Gizelly disse rindo e Rafaella assentiu, vendo Gizelly abrir a porta de seu carro e sair.
A maior soltou o ar que nem sabia que prendia. Iriam mesmo fazer aquilo? Ah, se dependesse dela iriam. Ela prendeu seu cinto e ligou o carro, depois a rádio, cantando junto com a música enquanto manobrava o carro. Se ela estava feliz? Com certeza!
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Parece que alguém vai fazer tchuneves 🫣
Talvez, eu volte hoje, talvez...
Até a próxima! 🔥
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Em um piscar de Olhos (Girafa)
FanfictionGizelly Bicalho tinha apenas seis anos quando seus pais decidiram tirar as tão famosas férias em família. Iriam para a Tailândia, porém, o destino lhes foi cruel, causando o choque de um caminhão desgovernado contra o carro onde estavam durante o ca...