– Pizza chegou. – Rafaella disse animada assim que pagou o entregador e deixou o troco como gorjeta. Ela voltou correndo para o sofá e se enfiou debaixo das cobertas com Gizelly, enquanto todos gritaram empolgados.
Estavam reunidos na sala para beberem, menos Gizelly e Rafa, que não beberia tendo Gizelly ali com ela. Bruna e Daniel Caon, além de beberem, haviam saído para fora da casa mais cedo e fumaram um baseado, quando voltaram foi visível o uso da droga, pois estavam rindo à toa. Arthur estava com sua cerveja junto de Bianca e Mari, já Rafaella e Gizelly tinham seus refrigerantes.
– Sempre que eu bebo assim dá vontade de dar uma gozada. – Arthur falou, recebendo uma almofada em sua cara vinda de Rafaella.
– Já mandei controlar essa tua boca imunda. Gizelly está aqui. – Rafa impôs, verdadeiramente irritada com o garoto.
– Desculpe, eu esqueço que ela ainda não sabe o que é um tchuneves. Na hora que fizer vai adorar.
– Rafinha, o que é...
– Já conversamos sobre isso, Gi. – Rafa disse gentilmente e Gizelly assentiu. – Tudo que sair da boca do Arthur não tem utilidade pública, então não se incomode em perguntar.
– Mas eu ia perguntar sobre gozada e não sobre tchuneves. – Até Bia riu diante do constrangimento aparente de Rafaella.
– Gizelly, lembra da história do xixi com a massagem da Rafa? – Bianca perguntou, afinal Rafa havia lhe contado.
– Bianca, não! – Rafaella exigiu.
– Ela precisa saber, Rafaella – Mari disse, vendo o terror dominar o rosto da garota.
– Outra hora ela saberá. Não aqui. A mãe dela vai achar que eu...
– Lembro. – Gizelly a cortou.
– Então, se ela te massageasse mais você teria gozado e não urinado.
– Bianca Andrade! – Rafaella gritou.
– Oh. Então isso de gozar é o mesmo que um orgasmo? – Gizelly perguntou e Rafaella abriu a boca pasma.
– Vo-você sabe o que é um orgasmo? – Sussurrou a última palavra.
– Sim, a Manu me explicou. – Disse naturalmente, enquanto Rafaella piscava demoradamente, tratando de assimilar a situação.
– Huh, eu não esperava por isso. – Rafa disse e Bianca caiu na risada.
– Eu só não entendo por que você fica tão constrangida de falar disso comigo. – Gizelly disse se virando para Rafa. – Não é normal isso nos seres humanos? Igual fazer cocô?
– Eu gosto dessa mina. – Caon disse rindo.
– Rafaella é bastante tímida. – Bruna disse, se sentando ao lado de Rafa no sofá e colocando uma mão sobre a coxa da menina. Os olhos castanhos acompanharam o movimento.
– Você também é amiga da Rafa? – Perguntou, notando que não havia sido apresentada a ela ainda.
– Uma colega. – A garota disse. – Ela não aceita namorar comigo, então ficamos nisso. – Disse rindo, sem saber algo sobre o envolvimento das duas morenas que também ocupavam o sofá.
– Namorar? – Gizelly perguntou. – De beijar na boca? – Perguntou e olhou para Arthur, lembrando da conversa que teve com o rapaz.
– Sim e de ter orgasmos e Rafaella precisa de um, aposto que um dia ela vai ceder. – Rafa retirou a mão da garota da perna dela e a olhou furiosamente.
– Será que ninguém aqui respeita o fato de Gizelly não precisar ouvir esse assunto tão abertamente? – Rafaella se exaltou.
– Ela precisa aprender, Rafaella. – Bruna disse.
– Sim, claro que precisa, mas ela pode aprender tudo isso a base de expressões respeitosas e não da forma como insinuam isso tudo. – Apontou os fatos.
– Você gosta da Rafinha como namorada? – Gizelly sequer havia reparado no pequeno surto de Rafaella, sua cabeça ainda trabalhava naquele preciso tema.
– Sim. – Bruna disse rindo. – E sei que no fundinho ela deve gostar de mim também.
– Oh! – Gizelly disse, sentindo seu estômago se revolver de um jeito estranho. A tristeza, de repente, invadiu seu corpo, fazendo-a se calar e murchar no sofá.
– Não ligue para ela. – Rafa sussurrou no seu ouvido quando percebeu que, após duas longas cervejas de Arthur, Gizelly não havia proferido uma única palavra.
– Você gosta dela como namorada? – Gizelly sussurrou no ouvido de Rafaella, vendo a maior se virar para ela e passar um braço por sua cintura, plantando um beijo suave em seu pescoço, somente isso foi necessário para desarmar Gizelly por completo.
– Não. – Rafa sussurrou, dando outro beijo delicado no lóbulo de sua orelha. Ela teria mordiscado, mas se lembrou que não deveria ir tão rápido; que não deveria provocar. – Como namorada eu gosto só de você. – Aquilo não deveria ter arrepiado todos os pelos do corpo de Gizelly, mas, por alguma razão desconhecida por ela, arrepiou.
– Você gosta de mim como namorada? – Gizelly perguntou baixinho, sentindo seu estômago se revolver e seu coração flutuar.
– U-hum. – Rafaella disse em meio a um sorriso.
– Rafa? – Gizelly chamou, mordendo seu lábio inferior.
– Hm?
– Eu vou te beijar aqui Eu posso mesmo? – Gizelly perguntou temerosa, mas suspirou aliviada quando foi Rafaella quem se inclinou e colou seus lábios em um beijo terno, sem se importar com a presença de ninguém. Ela sabia que Gizelly estava um pouco insegura em relação a elas, então deixaria claro que, sim, ela poderia beijar Rafa quando quisesse.
– Eu só não vou poder te beijar no meu trabalho, Gi. Fora lá, posso te beijar onde quiser. – Rafa disse assim que separaram as bocas.
Todos mantinham sorrisinhos no rosto, exceto Bruna, mas ela era um caso a parte.
– Rafinha, se eu gosto de você como namorada e você gosta de mim como namorada, então a gente é namorada? – Rafaella mordeu seu lábio inferior duvidosa.
– Eu prefiro conversar com a sua mãe prim...
– Rafaella, eu que beijo a sua boca, não é a mamãe. – Gizelly disse cruzando os braços emburrada e Rafaella riu.
– Quer tanto namorar comigo assim? Rafa brincou e Gizelly franziu o cenho.
– Pra ser sincera eu não sei bem a diferença. – Confessou baixinho e Rafaella sorriu.
– Quando duas pessoas namoram, elas não beijam a boca de outras pessoas. Elas assumem um compromisso, um de que querem estar juntas. Há pessoas que quebram esse compromisso e beijam outras pessoas.
– É como se fosse uma promessa de dedinho? – Gizelly questionou e Rafaella sorriu assentindo.
– Sim, tão valiosa quanto.
– Então você quer ser a minha mais fiel promessa de dedinho? – Gizelly perguntou e Rafa abriu a boca surpresa.
– Bem... – O dedo mindinho de Gizelly se esticou em sua frente e Rafaella o olhou. – É claro que sim. – Rafa disse entrelaçando seus dedos.
– Mas essa promessa de dedinho vem acompanhada de um beijinho, está bem? – Rafaella riu graciosamente, assentindo e se inclinando.
– Está mais do que bem. – Rafaella concluiu, colando seus lábios nos que tanto amava.
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Esse pedido é tão lindinho, num aguento. 🥹🥰
Agora sim, namoradinhas que namoram.
Até a próxima! ❤️🦒
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Em um piscar de Olhos (Girafa)
FanficGizelly Bicalho tinha apenas seis anos quando seus pais decidiram tirar as tão famosas férias em família. Iriam para a Tailândia, porém, o destino lhes foi cruel, causando o choque de um caminhão desgovernado contra o carro onde estavam durante o ca...