Capítulo 34

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Os olhos preocupados de Rafaella discavam o número de telefone do hospital apressadamente. Seus olhos focaram em seu relógio na cabeceira de sua cama e viu que eram dez para as uma da tarde.

Alô? – A voz grossa soou e Rafaella fechou os olhos nervosamente.

– Talles? Aqui é a Rafaella. – Ela disse, vendo a linha continuar quieta do outro lado. – Estou ligando para dizer que não poderei ir às aulas hoje, terá que substituir meus turnos.

Hm. – Ele disse do outro lado em um murmúrio. – Está tudo bem? Você nunca falta.

– Minha namorada não passa bem e, como ela passou o fim de semana aqui, vou ficar com ela, sinto muito. – Ela disse, não revelando que havia se envolvido com uma paciente. Droga! Soaria ridículo vendo do ponto de vista do Talles.

Tudo bem. Só isso?

– Sim, bom serviço. – E desligou, voltando para a cama de casal que comprara na semana anterior e engatinhando até Gizelly.

– Rafinha, ele vai ficar bravo com você, como sempre. – Gizelly disse, sentindo os lábios de Rafaella tocarem sua têmpora.

– Como você mesma disse, ele vai ficar bravo como sempre, então não me importo. – Disse. – Tomou toda a sopa? -- Perguntou, verificando a temperatura de Gizelly.

– Tomei, estava muito gostosa. – Gizelly disse, se encolhendo mais na cama e se enroscando no corpo de Rafaella. – Eu dormi a manhã toda, tomei um banho, já comi e já estou bem melhor. Será que poderia ficar um pouquinho aqui comigo? – Gizelly perguntou e Rafaella assentiu, se deitando e enlaçando o corpo da menor com um dos braços.

– Só fiquei preocupada de você ficar doente por causa daquele sorvete. Sua mãe me mataria. – Gizelly riu e se virou para Rafaella.

– Eu já fiquei doente, já estou quase boa e a mamãe não te culparia. – Gizelly alegou. – Não precisava ter faltado hoje.

– Precisava sim, eu não teria cabeça para nada se tivesse te deixado na sua mãe do jeito que você estava. Você queimava em febre.

– Bem, então já que você já ligou para a minha mãe avisando, poderemos passar o dia todinho abraçadinhas?

– Sim, senhorita. – Rafaella respondeu. – Gi, eu queria falar com você sobre algo que conversei com sua mãe... – Rafaella sentiu Gizelly afundar o rosto na curva de seu pescoço.

– Ela te contou, não foi? – Gizelly perguntou baixinho e Rafaella assentiu.

– Ela mencionou um filme na semana passada...

Rafaella analisou o rosto de Gizelly minuciosamente assim que a garota se afastou um pouco de seu pescoço.

– Você disse que o Google me ajudaria no que fosse. – Gizelly confessou e Rafaella mordeu seu lábio inferior.

– E em que você precisava de ajuda? – Rafaella sentiu os dedos de Gizelly começarem a brincar com a gola de sua camisa.

– Eu estava pensando em você... – Gizelly começou, olhando para Rafaella rapidamente antes de focar na gola. – E então eu fiquei com vontade... Você sabe... acendeu tudo, Rafinha.

– E o que você procurou no Google? – Rafaella perguntou curiosamente.

– Como me ajudar sozinha. – Gizelly confessou, sentindo seus cílios começarem a tremer rapidamente. – Aí descobri que o nome disso é masturbação e vi alguns vídeos de mulheres fazendo isso. Eu tentei tomar banho frio igual você falou para mim, mas na semana seguinte o banho não adiantou e eu fui tentar, mas a mamãe abriu a porta.

Em um piscar de Olhos (Girafa)Onde histórias criam vida. Descubra agora