Capítulo 38

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– Você pode subir, querida. – Madalena disse sorrindo e Rafaella se aproximou dela, dando um forte abraço.

– Que saudade da senhora. – Rafaella disse sorrindo assim que encerrou o abraço. – Não tive tempo de vir aqui esta semana, sinto muito.

– Não se preocupe. – Madalena disse. – Oh, estou te preparando uns biscoitos incríveis, mais tarde pedirei para Gizelly ir te levar na sua casa.

– Se não é a melhor sogra do mundo, provavelmente a disputa será acirrada com a número um. – Rafaella disse rindo. -- Muito obrigada.

– Não há de quê. – Disse acariciando a mão de Rafaella. – Agora suba, pois Gizelly fala de irem comprar esse carro desde a semana passada.

– Sim, eu iria com ela na semana passada, mas tive que trocar meu turno naquela semana. – Rafaella explicou. – Vou lá, com licença.

– Fique à vontade. – Rafaella ouviu Madalena dizer antes de subir as escadas. Caminhou até o quarto de Gizelly e deu três batidas na porta.

– Entre! – Ouviu a voz de sua namorada proferir e sorriu, fazia dois dias que não a via.

– É aqui que mandaram entregar uma namorada cheia de saudade? – Rafaella perguntou sorrindo e Gizelly a olhou com os olhos brilhando.

– Rafinha... – Gizelly disse animada e se levantou, correndo até sua namorada e dando um abraço forte antes de colar os lábios em um selinho demorado.

– Heey, está fazendo mudanças, hm? – Rafaella disse ao reparar algumas coisas sendo tiradas das paredes do quarto de Gizelly.

– Sim, meu quarto não condiz com minha idade, mas não sei o que tirar, eu gosto de tudo. – Rafaella assentiu e puxou Gizelly pela mão, a fazendo se sentar em seu colo antes de envolver as mãos ao redor de seu corpo.

– Olha, você não precisa tirar as fadas por essa besteira de idade. – Rafaella alegou. – Eu mesma sou apaixonada por seres místicos e se pudesse teria um quarto igual ao seu.

– Sério? – Gizelly perguntou e Rafaella assentiu.

– Muito sério. Então se você quiser mudar o estilo do seu quarto porque enjoou eu até te ajudo, porém se for para se encaixar nos padrões da sociedade esqueça isso.

– Me ajudaria mesmo?

– Claro. – Rafaella disse e Gizelly sorriu. – Só não quero que aceite nenhum dos pôsteres da Bianca, vai ter mulher pelada neles, tenho certeza, e vou ficar com ciúmes. – Rafaella disse rindo e Gizelly abriu a boca surpresa.

– Rafa! – Gizelly disse antes de afundar a cabeça no pescoço de Rafaella.

— Só disse verdades. – Rafaella disse rindo.

– Já que entramos nesse assunto. – Gizelly começou, acariciando a clavícula de Rafaella um pouco sem jeito. – Eu consegui fazer sozinha. – Rafaella piscou lentamente até entender do que Gizelly se referia.

– Você não... não precisa me dizer isso. – Rafaella disse mordendo seu lábio inferior.

– Achei justo dizer, afinal eu pensei em você. – Gizelly disse e Rafaella podia jurar que havia um pouco de malícia na voz que geralmente saía inocente.

– Sua mãe pode aparecer, a porta está... – Rafaella começou, arfando e fechando os olhos lentamente ao sentir beijos suaves de Gizelly em seu pescoço. – Aberta.

– Você já fez isso pensando em mim? – Gizelly perguntou-lhe olhando antes de morder o lábio inferior de Rafaella.

– Já. – Rafaella confessou. – Mas nunca consegui terminar, você sabe... sempre alguém atrapalhava. – Revelou sentindo os braços de Gizelly se enroscarem em seu pescoço.

– Eu poderia te ajudar com isso, Rafinha – Gizelly sussurrou e Rafaella sentiu seu corpo esquentar de repente, fazendo sua respiração ficar descompassada.

– Você está se tornando uma provocadorazinha experiente. – Rafaella disse franzindo os olhos e Gizelly sorriu, assentindo.

– Estou, não estou? -- Perguntou rindo, antes de acariciar a nuca de Rafaella e se inclinar, capturando seus lábios em um beijo manso.

Rafaella gemeu baixinho diante da saudade que havia sentido daquele contato; jamais se cansaria daquele beijo. Rafaella apertou as mãos na cintura de Gizelly ao sentir uma mão da garota descer e adentrar sua blusa, acariciando sua barriga.

– Senti saudade... – Gizelly sussurrou antes de voltar a aprofundar o beijo, fazendo o coração de Rafaella acelerar ainda mais quando uma mão da garota subiu por dentro de sua blusa. – Posso te tocar?

– A porta, Amor... – Rafaella sussurrou quase sem ar e Gizelly se levantou, indo fechar a porta às pressas.

– Problema resolvido. – Gizelly disse antes de voltar para o colo de Rafaella. – E agora? – Perguntou enchendo de beijos lentos na clavícula de sua namorada.

– Pode... – Rafaella soltou em um fio de voz, sentindo a mão quente de Gizelly rodear seu seio no instante seguinte por debaixo da blusa e apertá-lo sem usar muita força.

A maior gemeu baixinho e sentiu seus seios entumescerem diante do toque.

– Eu adoro o fato de você quase nunca usar sutiã. – Gizelly disse baixinho. – Quase sempre consigo ver o formato deles. – Ela disse, voltando a beijar Rafaella de uma forma intensa.

Rafaella mordeu o lábio inferior de Gizelly e apertou mais sua cintura, porém seus olhos focaram no relógio no meio da parede atrás de Gizelly.

– Isso tudo está muito, muito gostoso, Amor, mas precisamos ir comprar logo esse carro. Preciso ir trabalhar. – Rafaella disse com dificuldade, fazendo Gizelly retirar a mão de seu seio antes de lhe dar um selinho.

– Está bem. – Ela concordou, se levantando do colo de Rafaella e a puxando pela mão.

[...]

Rafaella ouvia atentamente o que o vendedor dizia sobre um dos carros enquanto tinha os braços passados pelo ombro de Gizelly, tendo uma de suas mãos entrelaçada com a dela.

– Como disse que se chamava mesmo? – Gizelly perguntou e o homem sorriu gentilmente para ela.

– Juan. – Ele informou e Gizelly assentiu.

– Então, Juan. Eu realmente não estou nada feliz de que você tenha dito que este é o modelo mais econômico e o último modelo lançado, sendo que você e eu sabemos muito bem que este modelo não chega a ser sequer econômico e ele tem um modelo que foi lançado depois dele. – Gizelly disse tranquilamente. -- Então eu peço encarecidamente que não minta, porque minha namorada está disposta a comprar um carro para ela, praticamente de aniversário, e não ficarei nada contente se por ventura ela vir a odiar o bem que comprar. – O homem lhe olhou desconcertado e Rafaella a fitou boquiaberta.

– Eu... Eu sinto muito, senhorita. – Ele disse.

– Não sinta. Olha só, parece que temos outra vendedora logo ali, obrigada, não precisamos mais dos seus serviços. – Gizelly disse, puxando Rafaella em direção a outra vendedora.

– Como sabe tudo aquilo? – Rafaella perguntou baixo e Gizelly sorriu, lhe dando um beijo no rosto.

– No hospital só tinha revista de moda e de carro. – Gizelly disse rindo. – E eu odeio moda.

– Você absorve muito fácil o que lê, sabia? Não sei se tenho orgulho ou inveja. – Rafaella disse rindo, dando um selinho em Gizelly antes de se aproximar da vendedora.

– Pode ter os dois. Eu deixo. – E, diante do riso gracioso de Rafaella, Gizelly inevitavelmente sorriu junto.

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A Gizelly amadureceu rápido.   

Até a próxima! ❤️🦒                 

                                                                                                                                 

Em um piscar de Olhos (Girafa)Onde histórias criam vida. Descubra agora