Capítulo 6

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AMARA

— Amara?

A sua voz denunciava surpresa, mas ao mesmo tempo emoção. Seus olhos brilharam, e antes que eu pudesse dizer qualquer palavra, Martin puxou-me para um abraço.

Inicialmente arregalei os meus olhos surpresa demais pelo seu gesto, até que aos poucos o meu corpo relaxou, só então pude retribuir aquele abraço.

O abraço o qual esperei por anos e anos.

Quando ele se afastou me olhou com um brilho especial em seus olhos azuis e segurou o meu rosto com ambas as mãos.

— Não posso acreditar, é realmente você Amara?

Finalmente me permiti sorrir, e balancei a minha cabeça em positivo.

— Sim, sou eu. —respondo ainda sorrindo.

— Por Deus! Eu não consigo acreditar. —declarou com um sorriso sincero em seus lábios e outra vez me abraçou rapidamente. — Vem vamos sair daqui, temos muito o quê conversar.

Sem que eu esperasse Martin segurou na minha mão me conduzindo para fora do hospital. Paramos em frente ao seu carro onde ele abriu a porta do banco da frente ao seu lado.

Assim que nos acomodamos ele se virou para me encarar.

— Estou feliz por te ver depois de tantos anos. —confessou ligando o carro em seguida, não demorou para ele voltar a falar. — Eu te procurei igual um louco quando voltei para Nova York.

Virei imediatamente o meu rosto para olhá-lo.

— Você me procurou? —indaguei sem esconder a surpresa na minha voz.

— Claro que sim. —respondeu desviando a sua atenção da estrada para me encarar por alguns segundos. — Eu prometi que voltaria lembra?

Um sorriso espontâneo surgiu em meus lábios. Martin não havia esquecido de mim como eu pensava, ele cumpriu a sua promessa.

Sou tirada dos meus pensamentos quando o seu celular começa a tocar, ele tenta tirar do bolso do seu paletó mas acaba caindo da sua mão.

Me inclino um pouco para frente e pego o celular, acabo sem querer vendo o nome Lauren brilhar na tela.

— Quem é? —perguntou, voltei a realidade e estendi o celular em sua direção. — Acho que é a sua noiva.

— Ah. —deu de ombros pegando o telefone da minha mão e o guardando novamente no bolso. — Acho melhor eu não atender agora, Lauren está um pouco brava.

— Por minha causa eu aposto. —murmuro, mas ele acaba ouvindo.

— Não se preocupe com isso, logo tudo ficará bem.

Apenas assinto não tendo muita certeza daquilo, algo me dizia que os problemas ainda nem começaram.

— Aonde estamos indo?

— A um restaurante aqui perto, precisamos conversar e aposto que você também deve estar morrendo de fome.

Dou de ombros e olho para a correntinha que ainda está na minha mão. Finalmente encontrei o seu dono, guardo a correntinha no bolso da minha calça.

Depois de mais alguns minutos Martin estaciona o carro e como um completo cavalheiro ele abre a porta para mim.

Quase tenho um infarto quando percebo que o restaurante é o mesmo que eu trabalhava antes.

Meio hesitante sigo com Martin até o restaurante onde somos conduzidos a uma mesa. Ele puxa uma cadeira para mim e em seguida se senta de frente para mim.

Não Me Esqueça [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora