Não Me Esqueça [COMPLETO]

Epílogo

OITO ANOS DEPOIS...

AMARA

Hoje em dia me sinto a mulher mais realizada desse mundo. Imagina só para alguém que se sentia a pessoa mais solitária do mundo está cheia de pessoas ao redor.

A começar pelos os meus lindos filhos,  Ian o mais velho com sete anos, Tyler com cinco e a Laila, com quatro anos. Nenhuma dessas crianças possuem o meu sangue pois são adotadas, mas possuem todo o meu amor.

Eu e Martin nos esforçamos para sermos bons pais.

Por falar em pais, o meu assim que ficou livre da prisão teve o seu tão sonhado recomeço, hoje em dia ele trabalha em uma padaria e até onde sei está namorando.

A tia do Martin assim que saiu foi embora para o México não tivemos mais notícias dela, espero que ela tenha mudado para melhor.

A minha mãe está feliz com o seu casamento, ela se casou com o Róger faz uns sete anos.

Aliás, Jane e Simon também estão casados. Casaram poucos meses depois do meu casamento, eles tem dois filhos a Alissa e o Matteo os gêmeos de cinco anos.

— Posso saber no que tanto pensa? —parei de pentear os meus cabelos e olhei na direção da porta onde o meu marido acaba de entrar no nosso quarto.

— Eu estava pensando no quanto a nossa família é perfeita. —sorri me virando para ele. — Sou muito feliz ao seu lado.

Martin sorriu e me puxou para um beijo rápido e em seguida se abaixou para beijar a minha barriga de sete meses.

— Como está a nossa princesa hoje? —perguntou encarando a minha barriga.

Soltei uma risada assim que senti a Miranda chutar.

— Essa garota ama ouvir a sua voz. —brinquei o vendo sorrir convencido.

— Vem, vamos descer as crianças já estão tomando café.

Martin segurou a minha mão e juntos descemos a escada. Além de ser um ótimo marido, ele também é um pai excepcional.

— Bom dia crianças. —cumprimento os meus filhos dando um beijo na cabeça de cada um.

— Bom dia, mamãe! —responderam ao mesmo tempo.

— Mãezinha, ainda vai demorar muito para eu ver a minha irmãzinha? —Ian questionou me olhando com curiosidade enquanto eu me sentava ao lado da Laila.

— Falta pouquinho, meu amor. —respondi sorrindo para ele.

— Quero que ela brinque comigo logo! —Laila disse batendo palmas.

— Ela também vai brincar comigo, mamãe? —Tyler perguntou.

Acabei sorrindo com a empolgação das crianças.

— Crianças, quando a Miranda nascer ela vai ser muito pequena, mas quando ela crescer vai brincar com todos vocês. —Martin explicou enquanto os nossos filhos apenas assentiram.

O nosso café da manhã ocorreu maravilhoso como todos os dias ao lado da minha família.

Assim que terminamos levamos os nossos filhos para a escola, como Laila só tinha quatro anos ela passava o dia com a minha mãe.

— A Vovó vai fazer um bolo de chocolate bem bonito para você querida. —disse a minha mãe pegando a neta nos braços. — Bom trabalho para vocês meus filhos.

Ela desejou sorrindo para mim e Martin. Nos despedimos da minha mãe, então Martin me levou até o orfanato o qual abri com a ajuda do meu marido.

Martin me acompanha até dentro do orfanato, ele gostava de ver as crianças antes dele ir para a empresa. Assim que entro encontro a minha amiga brincando com algumas crianças.

Jane também trabalha comigo aqui.

— Oi, amiga. —cumprimento a loira com um abraço.

— Ah, oi. —ela sorri e olha para o meu marido. — Como vai, Martin?

— Estou bem, e os gêmeos como estão?

Ela sorri parecendo lembrar dos filhos.

— Bem, eles estão cada vez me deixando ainda mais doida. —soltou uma risada. — Mas eu amo aqueles dois.

Conversamos um pouco até que Martin teve que ir para o trabalho.

— Nossa amiga, essa barriga está enorme. —disse ela enquanto passava as mãos. — Deve ser estranho para você já que essa é a primeira vez que você engravida.

— Não tenha dúvidas. —confessei levando as mãos até as costas. — Nunca pensei que estar grávida pudesse ser tão difícil, como você conseguiu aguentar duas crianças dentro de você?

Ela gargalhou enquanto ajudava uma das nossas crianças com uma massinha de modelar.

— Nem me lembre, eu pedia a Deus para que o tempo passasse ainda mais rápido.

Sorri da maneira a qual ela falava, mas apesar de tudo eu gostava da sensação de ter um bebê dentro de mim.

O restante do dia ocorreu com perfeição, no final do dia me surpreendi quando Martin chegou antes do esperado.

As crianças quando chegam do colégio ficam sobre a supervisão de Mary. Por isso sempre chegavamos há noite em casa.

— Por quê veio mais cedo hoje? —questionei indo até ele.

— Eu queria te levar em um lugar.

Franzi a testa curiosa, e pedi para Jane cuidar de tudo pois hoje eu sairia mais cedo. Me despedi dos outros funcionários e fui até o carro com o meu Marido.

Um sorriso iluminou o meu rosto quando vi ele estacionar em frente ao orfanato em que vivíamos.

Depois de cumprimentar alguns funcionários, Martin me levou até o jardim onde dava para ver o por do sol perfeitamente.

Lembro que esse era o meu lugar preferido quando eu era criança. Com a ajuda do meu marido me sentei perto da nossa árvore e em seguida ele sentou-se ao meu lado.

— Essa árvore foi testemunha das nossas promessas. —disse ele olhando diretamente em meus olhos.

— A pobrezinha se tivesse orelhas com certeza as cobriria, só ela sabe o quanto eu vinha me lamentar aqui debaixo dela quando você foi embora. —confessei sorrindo.

— Eu te trouxe aqui hoje, porque lembrei que foi aqui que prometemos um ao outro que seríamos grandes amigos. —ele se inclina e beija a minha bochecha. — E hoje você não é só a minha grande amiga, você também é a minha companheira, minha ajudadora e minha esposa. E eu te amo muito mesmo, obrigado pela família maravilhosa que você me deu.

Sorri emocionada para o meu esposo e juntei as nossas testas, enquanto encarava os seus lindos olhos azuis.

— Obrigada você, por tornar a minha vida perfeita. —sorrimos um para o outro. — Prometo estar ao seu lado até o fim o meu amor.

— E eu prometo cuidar de você e da nossa família até o meu último suspiro.

E ali novamente diante daquela árvore fizemos grandes promessas assim quando éramos crianças. A árvore será a testemunha do quanto o nosso amor prosperou.