Capítulo 8

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MARTIN

Cheguei na minha empresa por volta das três da tarde, cumprimento alguns funcionários enquanto sigo até o elevador.

Confesso que eu ainda não consigo acreditar que finalmente encontrei Amara, a garotinha que esteve ao meu lado no pior momento da minha vida.

Agora estava explicado a sensação estranha que eu tive assim que à vi pela primeira vez no restaurante eu sabia que a conhecia de algum lugar.

E eu estava certo, na verdade o meu coração era quem estava certo.

— Boa tarde, Alícia. —cumprimento a minha secretária assim que saio do elevador.

— Boa tarde, senhor. —respondeu com um pequeno sorriso. — Será que nós podemos conversar?

— Sim, me acompanhe até a minha sala por favor.

Juntos seguimos até a minha sala, assim que entramos me sento em minha cadeira e peço que ela se sente também.

— Então senhorita Parkour, o quê deseja falar comigo?

— Acontece senhor que eu vou me casar em menos de uma semana.

— Meus parabéns. —digo com sinceridade.

— Muito obrigada senhor, a questão é que assim quando eu me casar irei morar com o meu marido em outra cidade. —explicou. — Infelizmente não poderei mais trabalhar aqui.

Fico surpreso com a notícia, Alícia sempre foi uma secretária exemplar, fazia tudo com total perfeição de fato fará uma falta enorme não só para a empresa mas para mim também.

— Eu compreendo, obrigado por me informar com antecedência. —sorrio para ela. — Te desejo tudo de bom.

— Obrigado, senhor.

Ela se levanta e sai da minha sala deixando-me um pouco preocupado, agora eu teria que encontrar outra pessoa para colocar em seu lugar.

Não tenho muito tempo para pensar sobre o assunto já que a minha noiva entra em minha sala como um furacão.

— Me desculpe senhor. —Alícia estava logo atrás dela. — Eu disse a ela que não podia entrar até que eu anunciasse.

— Queridinha a noiva dele não precisa ser anunciada. —Lauren olhou com desdém para a loira.

— Tudo bem Alícia, pode ir.

Ela assente e se vai, solto um suspiro observando a minha noiva.

— A senhorita Parkour tem razão, qualquer pessoa deve ser anunciada antes de entrar na minha sala já imaginou se eu estivesse com algum cliente aqui dentro? —a repreendo mas ela apenas revira os olhos.

— Você não tem direito de me cobrar nada já que ontem estávamos comemorando que só faltava três semanas para o nosso casamento e você passou a noite no hospital com uma empregada! —irritou-se. — Desde quando decidiu ser tão caridoso com uma empregada idiota?

— Cuidado com as palavras Lauren. —advirto impaciente. — Você não tem direito algum de insultá-la.

Eu estava arrependido, ah como eu estava arrependido de ter firmado compromisso com essa mulher.

Começamos a namorar depois da influência da minha tia, eu não era idiota sabia muito bem que a minha tia só queria que eu me casasse com ela porque os pais dela são donos de um Hospital prestigiado no México.

Pelo o que sei a mãe da Lauren é uma velha amiga da minha tia, acabaram se juntando para firmar um compromisso entre mim e a Lauren.

E eu como um idiota, acabei cedendo e estou em relacionamento com uma pessoa fútil e que não amo, e para piorar estávamos de casamento marcado.

Faz um mês que ela veio para Nova York afim de organizar as coisas do casamento, como os seus pais são muito conservadores não permitiram que ela ficasse na minha casa nesse período.

Até onde sei a senhora Bretton chegará depois de amanhã para ajudar a filha nos preparativos.

— Então agora você está do lado da pobretona ridícula? —me olhou com indignação.

— Já falei para não insultar a Amara! —me irrito levantando-me abruptamente da cadeira.

Lauren sorri debochada.

— Vem cá, qual o seu interesse na pobretona? —questionou fazendo uma careta desdenhosa. — Não vai me dizer que está apaixonado por ela?

— Não diga bobagem, a Amara é apenas a minha amiga. —respiro fundo tentando me acalmar, rodeio a mesa e fico frente à frente com ela. — Por isso não permito que você nem ninguém fale mal dela.

— Amiga? —desdenhou. — Desde quando você é amigo de uma empregada?

— Nos conhecemos na infância, por tempos queria encontrá-la e agora finalmente à encontrei. —acabo sorrindo. — E para você saber, ela agora não é mais a minha empregada e sim uma convidada na minha casa.

— Isso é o cúmulo! —esbrajevou irritada. — Eu não posso permitir uma sem teto na casa onde eu vou morar.

— Sobre isso você não irá precisar se preocupar. —ela sorri enquanto eu à encaro decidido. — Porque não haverá mais casamento.

Eu sinceramente acredito que já durou tempo demais essa farça, deixei me levar por tempo demais era notório que a nossa união nunca daria certo, a não ser na cabeça ambiciosa da minha tia.

— O quê você disse, Martin? —ela piscou algumas vezes parecendo não acreditar no acaba de ouvir. — Você só pode estar louco, você não pode terminar comigo o quê as pessoas vão dizer?

Acabo sorrindo incrédulo sobre o que acabo de ouvir.

— A sua única preocupação é sobre o que as pessoas vão dizer?

— Claro que não meu amor. —ela nega. — Por quê você está fazendo isso comigo? Nós estávamos tão bem!

Lauren se aproxima de mim e tenta tocar em meu rosto mas eu seguro as suas mãos à impedindo.

— Nós nunca estivemos bem, Lauren. So peço perdão por eu ter permitido chegarmos tão longe.

Ela puxa as suas mãos das minhas e dá alguns passos para trás chocada.

— Você está terminando comigo por causa daquela estúpida não é mesmo? —esbravjeou descontrolada. — Espero que ela morra!

No mesmo instante acabo me descontrolando e seguro com firmeza em seu braço.

— Nunca mais diga uma coisa dessas, Lauren. —ordeno com seriedade. — Ou esquecerei o pouco de consideração que ainda tenho por você.

Ela puxa o seu braço e me olha com incontrolável ira.

— Isso não vai ficar assim, Martin. —ameaçou apontando o dedo em minha direção. — Você e aquela empregadinha vão se arrepender do que estão fazendo comigo.

Lauren sai da minha sala furiosa fazendo questão de bater a porta com força, suspiro fundo passando a mão no meu rosto.

Acabo notando a minha aliança, imediatamente a retiro do meu dedo e à logo no lixo.

Parecia que eu tinha tirada um peso enorme das minhas costas. Me sinto muito melhor agora.

Mas o meu momento de paz é interrompido quando o meu telefone começa a tocar em meu bolso, eu não preciso ser um gênio para saber de quem se trata.

Assim que o pego nem me surpreendo quando vejo que é a minha tia.

Tenho certeza que a Lauren já foi fofocar para ela sobre o nosso termino. Desligo o meu celular e tento me concentrar no trabalho.

Fui muito tolo ao deixar a minha tia influenciar demais na minha vida, sou grato por ela ter me criado mas ela não é a minha dona, a partir de agora as coisas serão diferentes.

Não Me Esqueça [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora