Capítulo 16

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AMARA

Assim que chegamos em Nova Iorque, Martin insistiu para me acompanhar até em casa mas recusei, não queria atrasá-lo.

Sendo assim, fomos em táxis diferentes, daqui à pouco ele virá me buscar para o trabalho. Martin insistiu para que eu tirasse o dia de folga, mas eu não podia me aproveitar do nosso relacionamento para ter vantagens no trabalho.

Tomei um banho demorado, me arrumei fiz um café da manhã simples e assim que terminei ouvi o meu celular vibrar dentro da minha bolsa.

Peguei a minha bolsa de cima do sofá e tirei o meu celular, sorri ao ver que era uma mensagem da minha amiga perguntando como foi a viagem.

Conhecendo Jane como conheço aposto que ela deve estar morrendo de curiosidade. E para aumentar ainda mais a sua curiosidade tiro uma foto da minha mão para mostrar o meu anel.

Não demora para que o telefone comece a tocar, solto uma risadinha e atendo.

— Sua vaca! Você está noiva? —perguntou surpresa.

— Estou! —respondo sem conter o meu entusiasmo.

Ouço ela soltar um gritinho de felicidade, e logo após a voz do meu antigo chefe ressoa parecendo brava.

— O meu chefe está uma fera por eu estar falando ao telefone no horário de trabalho, que tal almoçarmos juntas hoje e você me conta tudo?

— Por mim tudo bem.

Jane encerra a chamada, logo em seguida ouço batidas na minha porta assim que abro puxo o meu namorado para um abraço.

— Posso ver que a minha noiva já estava com saudades de mim. —desdenhou e beijou a minha bochecha, em seguida ele fica sério. — Parece que o seu vizinho está com problemas.

Olho para ele me sentindo confusa.

— Por quê?

— Assim que cheguei vi a polícia entrando na casa dele e ele sendo levado algemado. —explicou. — Ouvi o pessoal dizendo que ele foi preso por tráfico de drogas.

Acho que agora estarei livre de vez das músicas altas, mesmo sinto um pouco de pena dele. Mas a vida é assim, colhemos o que plantamos.

Deixamos aquele assunto de lado e seguimos até o carro dele, durante o caminho fiquei curiosa sobre algo.

— Martin, como foi com a sua tia? —questionei encarando o seu rosto.

Ele havia me dito que assim que chegasse em casa resolveria de uma vez por todas a situação com a sua tia.

— Como você deve imaginar, ela não teve uma das melhores reações. —respondeu concentrado na estrada. — Pedi para ela sair da minha casa, claro que vou ajudá-la com o que ela precisar.

— Eu não queria que as coisas fossem assim. —confessei entristecida.

— Na verdade foi a minha tia mesmo quem cavou a própria cova. Ela coloca o dinheiro à frente de qualquer coisa.

Aquilo era uma pena, a senhora Bárbara se importa apenas com o dinheiro, ela perdeu a oportunidade de conhecer o sobrinho maravilhoso que tem.

— Mas não fique triste, quero ver você bem contente pois eu tenho uma surpresa maravilhosa para você.

Franzi a testa.

— Que surpresa? —questionei curiosa. — Desse jeito vou ficar muito mal acostumada.

— Eu não me importo de mimar a minha noiva.

Sorri com o seu comentário. Assim que chegamos na empresa começamos a trabalhar, na hora do almoço informei ao Martin que eu iria almoçar com a minha amiga.

Assim que cheguei no restaurante avistei a Jane acenando para mim. Me aproximei dela e me sentei na sua frente.

— Me conta tudo! —exclamou alegre. — Não esconda de mim nenhum detalhe.

Soltei uma risada da maneira eufórica que ela falava, Jane é uma boa amiga se eu estiver feliz ela também estará.

Enquanto almoçamos contei a ela como havia sido o meu final de semana, ela ficou boquiaberta quando falei sobre os lugares os quais conheci.

Lhe contei também detalhamente como havia sido o meu pedido de casamento.

— Deus, que romântico. —suspirou apaixonada apoiando a cabeça na sua mão.

Só então pude reparar o anel em seu dedo, olhei pasma para a minha melhor amiga.

— Você também está noiva? —indaguei sem conter a minha surpresa.

— Sim, eu estava prestes a te contar. —ergue a mão na minha frente. — Parece que os nossos namorados pensam parecidos.

Gargalhamos e conversamos por um tempo, assim que terminamos nos despedimos com a promessa de nos vermos depois.

O meu dia havia passado mais lento do que eu havia imaginado, isso se deve ao fato de eu estar completamente anciosa para saber qual a tal surpresa que Martin mencionou mais cedo.

Ele estava tão animando durante o dia, me fazendo ter certeza que seja lá o que for que ele esteja aprontando irá me surpreender.

— Martin, eu estou morrendo de curiosidade. —confessei assim que ele estacionou em frente a minha casa no fim do dia. — Você não pode me contar agora o que está aprontando?

Ele se inclina em minha direção e me dá um beijo rápido.

— Se arrume fique ainda mais linda, que daqui a pouco voltarei para buscá-la. Não posso dizer qual é a surpresa, mas já adianto que hoje será um dia inesquecível para você.

Desisti de insistir e saí do seu carro, assim que entro na minha casa faço o que ele me pediu.

Tomo banho e procuro a roupa mais bonita que eu tenho, e coloco. Na verdade é um belo vestido vermelho que comprei na semana passada.

Coloco uma maquiagem leve, já que não costumo usar essas coisas e assim que termino fico esperando ansiosamente pelo o meu namorado.

Por sorte Martin não demorou para voltar, nervosa seguimos até o seu carro.

— Está nervosa? —indagou olhando a estrada enquanto dirigia.

— Claro que estou, você quem está me matando por dentro.

Ele solta uma risada.

— Não se preocupe valerá apena.

Suspirei fundo e fiquei em silêncio, não compreendi quando percebi que estávamos indo pelo caminho da sua casa.

Pensei em perguntar mas tenho certeza que ele não iria me contar, assim que ele estaciona o carro em frente a sua mansão ele me olha apreensivo.

— Feche os olhos.

— Martin, o quê você está aprontando?

— Você confia em mim, Amara? —perguntou olhando diretamente para os meus olhos.

— Confio.

— Então feche os olhos. —pediu novamente.

Fiz o que ele havia mandado, com a ajuda dele sai do carro. Com cuidado ele foi me guiando e fomos andando, ouvi o barulho de uma porta sendo aberta andamos mais um pouco e paramos.

— Pode abrir os olhos.

No momento em que eu abri os meus olhos, mal acreditei no que vi minhas pernas vacilaram por um momento só não caí porque Martin me segurou pela cintura.

— Mamãe?

Não Me Esqueça [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora