Capítulo 18

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AMARA

Alguns dias haviam se passado desde a volta da minha mãe em minha vida, ela foi morar comigo na minha casa e é diferente acordar e ver a casa já arrumada e o café na mesa à minha espera.

Mas eu tenho que admitir que é um diferente muito bom.

Hoje é sábado e um dia muito especial para mim, o dia da festa do meu noivado. Não consigo parar de sorrir quando vejo que a minha mãe estava conversando animadamente com o senhor Róger, o ex marido da senhora Bárbara.

Por falar nela, Martin enviou o convite do nosso noivado mas ela se recusou a comparecer nessa palhaçada, ao menos foi isso que ela disse.

Apesar de tudo o meu noivo ficou triste pois de qualquer maneira mesmo ela sendo do jeito que é, foi ela quem o criou quando os seus pais morreram.

— Parece que a sua mãe está se divertindo com o Róger. —Martin surgiu parando ao meu lado colocando a sua mão na minha cintura. — Eles até que formariam um belo casal.

Sorri ao imaginar a minha mãe sendo feliz, ela merecia depois de tudo o que passou. Róger me pareceu ser uma boa pessoa, eu ficaria feliz se eles entrassem em um relacionamento.

— Só não deixe ela ouvir você dizer isso. —brinquei virando o meu rosto para encará-lo.

Ele sorriu e deu de ombros enquanto depositava um beijo em minha bochecha.

— Claro que ela não ficaria brava, esqueceu que eu sou o genro preferido dela? —gabou-se me fazendo gargalhar alto.

— Você está se achando muito em senhor Luther? —desdenhei erguendo uma sobrancelha. — A propósito você está lindo.

Ele solta uma risada e beija os meus lábios rapidamente.

— Você que está maravilhosa. —elogiou piscando para mim em seguida. — Você está gostando da nossa festa?

Voltei a olhar para os convidados que pareciam estar se divertindo, alguns bebiam, enquanto outros estavam conversando ou dançando ao som da música que preenchia a casa do meu noivo.

Não eram muitas pessoas que havíamos convidado, apenas os mais próximos. Martin também chamou alguns colegas seus da empresa.

— Tudo está perfeito. —suspirei satisfeita e olhei para ele. — Vou falar com a Jane está bem?

Ele assente enquanto me afasto indo na direção da minha amiga que está conversando com o seu noivo.

— Amiga, a sua festa está lindíssima. —elogiou enquanto pegava um bebida do garçom que acabou de passar por nós. — A minha festa de noivado será semana que vem, não será tão chique como essa mas eu quero a sua presença.

Revirei os olhos.

— Não seja boba, Jane. A sua festa poderia ser debaixo de uma ponte que eu iria participar e contemplar a sua felicidade.

— Ah, amiga.... —choramigou e entregou a taça ao seu noivo e em seguida me puxou para um abraço desajeitado quase me deixando seu fôlego. — Você é a melhor amiga que alguém poderia ter.

— Jane, você está me sufocando. —reclamei tentando sair do seu aperto, mas ela me apertou mais ainda olhei para o seu noivo. — Simon, para de ficar só olhando e me dá uma ajudinha.

O meu amigo soltou um risadinha e puxou os braços da Jane, depois de muito tentar ele conseguiu separá-la da mim, respirei fundo recuperando o meu fôlego.

— Me desculpa por ela, é que ela bebeu demais porque os pais dela disseram que não iriam poder vir para a nossa festa de noivado na semena que vem. —explicou.

Olhei para a minha amiga que fez um biquinho e abriu os braços para mim como se quisesse ser abraçada.

— Sinto muito minha amiga. —lamentei e dei alguns tapinhas de leve em seu ombro tentando passar conforto.

Eu estava com medo de abraçá-la e ser esmagada novamente. Fiquei conversando com os meus amigos por mais um tempo, até que o meu noivo se juntou a mim.

Pedimos licença a eles e juntos fomos cumprimentar os demais convidados. A festa se seguiu maravilhosamente bem.

Já era cerca de onze da noite quando todos os convidados foram embora. Martin pediu para que tanto eu como a minha mãe ficássemos na sua casa, mas nos decidimos voltar para casa.

— Se quiser eu posso te levar para casa, Nelly. —Róger se ofereceu com um sorriso tímido.

Olhei de esgueira para Martin e trocamos um olhar cúmplice.

— Eu não quero incomodar, Róger. —disse ela sem graça.

— Não será incomodo nenhum. —insistiu e ofereceu o braço para a minha mãe. — Vamos?

— Aceite logo, mãe. —sugeri ela olhou para mim e para Róger e em seguida suspirou fundo.

— Está bem, eu aceito a sua carona. —ela sorri e entrelaça o seu braço com o do Róger.

Assim que eles saem de casa solto uma risada.

— Parece que temos um novo casal. —comentei contente.

— Parece que sim. —ele sorriu e estendeu a sua mão em minha direção. — Vamos, querida?

— Vamos. —respondi segurando a sua mão. — Até mais, Mary.

Acenei para a minha amiga que sorriu para mim.

— Até mais, querida.

Juntos seguimos até o carro, durante o caminho fomos conversando com alegria sobre o nosso noivado, assim que chegamos descemos do carro e Martin me acompanhou até a porta da minha casa.

— Não vejo a hora de estar finalmente casado com você. —confessou enquanto acariciava o meu rosto. — Quero que seja logo a minha esposa.

Sorrio e beijo a sua mão.

— Só falta dois meses, irá passar mais rápido do que imaginamos. —comentei e beijei a sua bochecha.

— Eu te amo, Amara, você foi a melhor coisa que me aconteceu. —asseverou sériamente.

— Também amo você. —beijei suavemente os seus lábios.

Nos despedimos e em seguida entrei na minha casa e fechei a porta. Mas antes que eu pudesse ir até o meu quarto ouvi batidas na porta.

Deve ser o meu noivo, ele não consegue mesmo ficar longe de mim.
Balancei a cabeça para os lados enquanto um largo sorriso se formava em meus lábios.

Esse Martin não tem jeito.

Entretanto assim que abri a porta o meu sorriso morreu no mesmo instante com o que vejo, mas antes que eu pudesse dizer ou pensar qualquer coisa.

Um pano é pressionado contra o meu rosto tento lutar mas não demora para que eu perca as forças ao sentir um cheiro forte, logo tudo fica escuro.

Não Me Esqueça [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora