Capítulo 2 - Reino do Sul ⚜

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Ao terminar de me curar ele coloca meu casaco de volta e me da um remédio para tomar por cinco dias, agradeço a ele e o mesmo não falou nada, apenas se levantou e foi embora, meu ombro doía um pouco mas estava bem melhor do que da última vez.

E novamente aquele insuportável me puxou, fico de pé e ele montou em seu belo cavalo da cor marrom. O mesmo chamou seus homens para ficarem em formação e começaram a andar. Na verdade, só eu andei, todos estavam em seus cavalos, e aquele idiota que me jogou para longe com o elemento vento entrou na carruagem, provavelmente deve ser alguém importante da realeza, apenas ignorei também.

Eu sabia que iria cansar, já que a viagem duraria dois dias, o sol já estava nascendo e aquele menino estava em casa... me senti mal por ter prometido algo a ele sendo que nem sei se vou conseguir sair viva.

A caminhada durou dois dias inteiros, não conseguia sentir os meus pés, nem sabia como estava em pé ainda, meu ombro latejava de dor por meu andar, sendo que o médico havia me tido para descansar, estava faminta, destruída, fedorenta, uma completa lixo em pessoas, a chuva que havia dado em uma das paradas me deixou ainda mais cansada, aquele idiota não me deixou ficar dentro na barraca e fiquei do lado de fora com aquela chuva de matar, com a sede que sentia, apenas bebi a água que caía do céu, não era muitas gostas que caíram na minha boca mas já me sustentava.

Ao estamos próximo a uma linha grande que tem da fronteira do Sul para o Norte, podia sentir meus pelos se arrepiarem por completo, o frio que o Sul trás, era o pior de todos os outros reinos, e isso não me ajudou muito, e não demorou até meu nariz começar a coçar e um espirros eu acabar por soltar, estava doente, eu odiava ficar doente.

Os homens me olharam curiosos e eu sabia o porquê. Era raro alguém desse mundo ficar doente, se eles ficam com uma simples gripe, eles diziam ser uma maldição pois suas saúdes são as melhores das melhores, e eu toda errada, não parava de tossir e espirrar, com o nariz já velho e minha garganta arranhando o general deu uma parada e disse.

— Vamos continuar!! São só Neves -ele diz confiante e adentramos nela. A neve afundo a minha perna e tive mais dificuldade para andar.

O gelo me deixou com mais frio, estava tremendo tanto que não conseguia controlar os meus dentes. Percebi que o general olhou de relance para mim e voltou a olhar para frente, esse filho da mão estava tão bem vestido que nada o afetava , já eu.. com essas roupas não muito adequadas e rasgadas não me favoreceu tanto assim.

Havia perdido meu sapato no meio da neve e tentei procurá-los, meus pés estão congelando!!. Necessitava achar eles mas não consegui e acabei por cair no chão no meio de toda aquela neve, ainda estava sendo arrastada e a frustração acabou por aparecer de novo, olha a onde eu vim parar!!!

Voltando andar eu me senfia fraca demais, não comi nada, sem contar a perda de sangue, esse meu nariz me incomodando, meus pés doendo. Não consiga me manter em pé e isso estava me deixando preocupada, eu não podia desmaiar.

Não agora.

E ao pensar nisso acabei por perceber que haviamos chegado a vila, as casas são grandes e lindas, a neve cobria boa parte dela, as árvores nem se consiga vê direito, suas folhas estavam cobertas por tenta gelo que tem ali. Pessoas nos olhavam... ou melhor, me olhavam, como se estivessem me julgando, seus olhos tinham desprezo e nojo de mim.

Roubar comida é algo tão ruim?? Eu estou dando a aquelas que precisam! Estou fazendo o trabalho de rei, coisa que ele deveria estar fazendo!!.

Minha mente estava me matando, estava com raiva dessas pessoas, de todos, a tanta gente passando fome e eles simplesmente nao ligam, ignoram os mais pobres e os que não têm nem o que vestir, estava revoltada com o rei do Norte, com todos!

Princesa PerdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora