Matteo ( vulgo tatuador)
Aqui estava eu, no confronto do Dendê, pequeno descalço e com fome, procurando pelo meu pai no meio dos tiros e alguns mortos que eu encontrava pela frente, alguns caras mandava eu voltar para o meu pequeno barraco, construído pelo meu pai de madeira e vara de bambu, porque não tinhamos condições de comprar ou alugar uma casa, muitas das vezes, minha falecida mãe, batia de porta em porta pedindo pão e comida, e oque minha mãe recebia era resto de comida do lixo junto com pão duro. Até que a minha mãe vendeu a televisão de turbo, que era a única que nós tínhamos de valor para comprar materiais pra fazer salgadinhos, até que conseguimos vender, era aquela promoção de três reais com um copo de suco de quinhentos ml, mas como a minha família não tem sorte, minha mãe foi morta na porta do mercado por policias.
Depois desse dia minha vida mudou para pior, eu com meus trezes anos de idade, assumir a minha casa como único homem, meus pais se foram, é deixaram três crianças para eu cuidar, essa era a minha pergunta, " como eu um garoto de treze anos, cuidaria de três crianças?Kauany, minha irmã caçula, ela tinha apenas dois anos de idade quando meus pais se foram, eu não sabia como cuidar dela, fazer o básico eu sabia, fazer um mingau, um banho, comida, isso é fácil, mas a minha irmã tem algo a mais, ela é especial ou melhor, tem sindrome de down, ela sempre foi e sempre será o xodó da casa.
Mas o bagulho é que eu não sabia como cuidar de crianças assim, e mesmo sabendo, eu não tinha suporte para isso, eu era pequeno, como que uma criança levaria outra criança em um hospital? Com toda a certeza eles nos encaminharia direto para o Conselho tutelar.
Não posso esquecer da Karen também, ela é algo que não gosto muito de falar, mas a minha mãe a criou desde pequena, quando meus pais se foram, a família dela a encontraram em minha casa, então eles a levaram embora, e nunca mais a vi, Dandara sofreu mas do que eu, mas depois de um tempo passou.
Depois disso o Conselho tutelar não parava de vir na minha casa, mas eu corria para a rua com minhas irmãs, meu ponto era sempre atras da banquinha de drogas dos caras, minha irmã Dandara sempre me olhava com os olhos arregalados, mas era isso ou seríamos pegos por eles.
Mas um certo dia, os caras da boca jogou tiro em cima dos carros deles, ainda neste dia, o cabeça de pena veio em minha casa, eu quis correr na hora, mas não tinha como, ele é o dono do morro, e oque ele queria comigo? Mas eu fiquei surpreso, e feliz até, ele levou eu e minhas irmãs para morar com ele, Dandara com seus onze anos já ficou toda se querendo por morar na casa do dono do morro, mas isso passou, ela mudou e hoje é uma mulher incrível.
Aqui hoje, eu com vinte e sete anos, sub-dono do morro, vivendo apenas para cuidar das minhas irmãs e comandar o morro enquanto o cabeça de pena, o homem que cuidou de mim e das minhas irmãs não sai dá prisão, ele pegou quarenta anos de prisão, e sempre perguntei o porque dele ainda não ter fugido, mas nunca obtenho resposta, todo mundo me idolatra, por eu ser o sub dono do morro, mas na verdade não é aqui onde eu queria está, não tenho pique pra isso, enquanto eles me glorifica por eu está ajudando o cabeça de pena, eu estou rezando para que ele saia logo da prisão.
Meu maior medo é que aconteça alguma coisa com minhas irmãs, principalmente Kauany que é indefesa, tenho uma atenção redobrada com ela, coloquei três vigias em minha casa, posso ser exagerado, mas é a vida da minha irmã que está em risco.
Pessoinhaaaas, voltei, perdão pelo o capítulo pequeno, no próximo saira um maior, vamos ter dois capítulo por semana, e gosto de comentários viiu, quanto mas comentários mas eu irei postar, bjs amo vocês
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Destinado ao Morro
Romantik-Não podemos Teo!, isso que nós temos é errado! -Eu te amo Porra! Isso não basta pra você? Será que você nunca vai da o braço a torcer por nós dois? Matteo Junqueira, conhecido como tatuador, nunca foi sua vontade comandar o morro, mas ele coman...