17 Fracasso

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Karen narrando....

Estou criando várias histórias para contar ao meus pais, estou com meu coração apertado, não quero mentir para eles, mas infelizmente é necessário, eu não tenho os melhores pais do mundo, não são presente em minha vida, mas ainda sim, são meus pais.
Olho para Matteo que está concentrado dirigindo, seco minhas lágrimas encostando minha cabeça no porta-luvas, espero que um dia eles me perdoem.
-Karen.. olha pra mim-seu tom sai calmo, porém não o respondo.
E por culpa minha, por culpa dele que estou passando por essa situação, oque eu estoú fazendo em um mundo que não convém comigo? São apenas consequências minhas.
Pela minhas escolhas erradas, vou sofrer um grande baque, e infelizmente terei que aceitar. Chego na porta da minha casa, ou melhor antiga casa.
-Vai lá, vou ficar te esperando do outro lado da rua, não tente nenhuma gracinha Karen, não teste a minha paciência.
-Já volto.
Saio do carro de cabeça erguida, paro no caminho respirando fundo três vezes, o portão é aberto pra mim, um dos seguranças vem me comprimentar, retribuo pelo carinho dando de cara com meus pais sentados em uma mesa junto a cinco policias, merda, Matteo está lá fora, Mas é bom que ele se ferre um pouquinho.
-Karen... minha filha? Onde você estava?-Minha mãe vem andando até a mim.
-Estou bem mãe, não deu para avisar a senhora-Falo calmamente mas um ser levanta da cadeira transtornado.
-Como assim "Não deu para avisar?" Que Porra você tem na cabeça? Cadê a merda do seu telefone? Você é uma inconsequente, sabe o tanto de polícia que tem atrás de você? Esses daqui poderia está em casa sua filha da puta, poderia está com sua família, mas não, estava doido atrás de você, e você aí fazendo não sei oque pela rua.

-Quem é você para falar alguma coisa? Nunca foi um pai presente, nunca foi nas minhas apresentações de escola, principalmente no dias dos pais, sabe oque é cantar para os pais de estranhos? Porque eu não tinha o meu pai na plateia e muito menos minha mãe para fazer o seu papel? Era horrível, eu sempre sofrir bullying porque meus pais se preocupava mas com trabalho, do que a propria filha, podem até ser um bom policial, mas como pais, vocês dois são um fracasso!-Recebo um tapa forte em minha cara.

- Vá para o seu quarto, está de castigo, quero que pense em tudo oque você falou.-Ele aponta para o corredor.

-O tempo que era para você me colocar de castigo, você perdeu correndo atrás de bandido! Esqueceu de educar sua própria filha, vou para o quarto sim, mas não ficarei, pois estou indo embora daqui.

Não criei uma história, mas sim foi toda a verdade, disse tudo isso com o coração doendo, aquele tapa? Foi merecido, eu merecia depois de todas as minhas palavras, eu sofrir muito na minha infância por falta deles, mas nunca deixei de ama-los, e jamais falaria uma coisa dessa para eles, infelizmente hoje eu tive que falar.

Entrei no meu quarto fechando a porta atrás de mim, pego um porta-retrato das poucas fotos que tenho com eles, sento-me no chão abraçando em meu peito, uma tristeza profunda invade meu coração, lágrimas sem permissão desce igual uma cachoeira, eu não queria magoa-los, queria que tudo fosse diferente, mas eu fiz a escolha errada, levanto do chão arrumando minhas roupas, meus acessórios, maquiagem, perfume, afinal tudo oque eu uso, só não levarei minha cama porque não dá, lembro que implorei tanto ao meus pais para comprar uma cama king size pra mim, eles sempre tiveram condição, mas eles falava que essa cama não era necessário, mas eu sempre quis, até que um dia eles compraram, então ela virou meu xodó, passo minha mão sobre toda a cama lembrando de todos os meus momentos aqui, choro e até de risada, pego minhas malas com sacrifício, pois estou levando umas quatro malas e uma bolsinha, vou ter que ir e voltar para pegar as duas que faltam.
-Vai levar tudo mesmo minha filha?-Minha mãe pergunta com seus olhos marejados.
-Sim, vou levar tudo de uma vez.-Tento falar secamente.
-Está certa, leve tudo de uma vez, espero não te ver por aqui.-Meu pai diz sem me olhar.

Carrego minhas coisas até o lado de fora, Matteo pisca três vezes o farol, faço a menção com a mão para ele esperar, vou até lá, deixo no chão perto do porta- malas, é volto para buscar o restante.

....

Já estamos no carro a caminho do morro, Matteo vem tentando conversa comigo desde a hora que entrei nesse maldito carro, mas conversa oque? Não temos aabsolutamente nada para conversa com ele, limpo minhas lágrimas que insisti em cair, fecho meus olhos tentando esquecer um pouco disso.

Sinto o carro parar, tiro o cinto de proteção saindo do carro, três vapores já estão com as minhas malas, entramos dentro de casa, Matteo sobe as escadas correndo, não vejo Dandara e muito menos kayany, a porta do quarto onde será minha moradia está aberta, logo sai um Matteo segurando a mão da pequena Kauany, ela vem até a mim me abraçando.
-Tia, estou feliz que vai morar conosco agora.-Ela me abraça.
-Que bom minha princesa rapunzel, agora a tia vai arrumar essas coisas toda e vai descansar tá bom?
-Tá bom tia, mas amanhã, vou pedir a danda para te levar em um lugar muito especial pra mim.

Abro um pequeno sorriso com ela, agradeco os meninos com a ajuda, abraço Kauany, Matteo está parado segurando a mão da irmã com seus olhos vidrados em mim, deve está esperando eu falar alguma coisa com ele, mas apenas fecho a porta seguindo em direção às malas.
Preciso arrumar isso tudo hoje.

O capítulo foi pequeno, estou sem inspiração para essa história, mas não se preocupe, vou ir até o final com ela

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Destinado ao MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora