16 Desculpas

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Karen Narrando....

A três dias que estou aqui, mas são três dias prolongado para um ano, o dia nunca acaba, não apanhei desde o soco do Gavião, tenho ingerido apenas água,  recuso todos os alimentos que me ofereceram, aprendir que não posso confiar em ninguém,  só aceito a água porque o corpo necessita disso, eu preciso ter forças aqui, não sei oque vem pela frente. Matteo não tem vindo aqui, ouvi a voz de Dandara fazendo escandalo na porta, mas não a deixaram entrar, então ficou eu e algumas baratas rondando pelo lugar.
  A porta é aberta mostrando um Matteo calmo, com outra aparência do que tinha visto antes, me ajeito na cadeira e ele vem até a mim.
  — Vou te levar para minha casa,  os crias estão querendo fazer um churras, minha irmã fez pouco caso, então vou te levar, quem sabe assim ela se anima!—Ele diz.
  Não falo nenhuma palavra, apenas levanto da cadeira com sua ajuda, meu corpo se contraem porque estou sentindo dores no corpo, Matteo então me olha preocupado.
— Oque houve?—Pergunta.
  Cara bipolar, resolvo não o responder, mas faço a menção com a mão para seguirmos em frenfe, faço o possível para ficar de pé, meu corpo dói bastante,  o homem que bateu em mim está em nossa frente me encarando,  cravo meus olhos sobre o dele, esse quando eu estiver oportunidade, irei me vingar bonito.
  Entro no carro de Matteo, uma lágrima escorre pelo meu rosto por conta da dor, limpo rapidamente antes que ele veja, chegamos em sua casa minutos depois, Dandara vem abraça, não consigo conter, meu corpo se contraem novamente, Dandara então me olha preocupada.
—Oque está acontecendo Karen?— Sussurra ela.
—Estou com dor, tem algum remédio para aliviar por favor?—Pergunto com lágrimas nos olhos.
  Ela analisa meu corpo, levanta minha camisa mostrando o hematoma grande estampado em minha costela, sim, quando Matteo tinha me empurrado, bati com a costela no pé da mesa, é difícil para respirar,  mas mantive minha força até aqui.

— Amiga... —Ela vira seu olhar para seu irmão com um olhar mortal— Que merda de homem você virou Matteo Junqueira? Eu tenho nojo de você! Só isso.
   Matteo por sua vez olha meu corpo todo, ele caminha até a porta saindo batendo a porta, sento-me no sofá deixando as lágrimas rolarem,  que vida é essa que eu tenho agora? presa por um traficante,  pelo andar da carruagem vou ter que abondonar todo os meus sonhos por enquanto, meus pais com certeza estão louco atrás de mim, se eles soubessem onde estou,  esse morro estaria pequeno.

—Toma amiga, esse remédio vai diminuir um pouco a dor, vou te levar para o quarto,  ligarei para o médico vir aqui te examinar.

—Obrigada amiga, mas antes, eu preciso  conversa com você.—Indago pegando sua mão.— Olha eu nunca imaginei pisar em um morro, me desculpa,  não é julgar o lugar, é porque não fazia parte da minha vida sabe? Mas minha amiga Rita me convenceu de vir no baile, eu não sabia de primeiro,  eu soube quando eu  cheguei aqui, eu sabia de todos os risco,  por meus pais serem policias, e eu estava me preparando para entrar para a corporação, até que vi seu irmão Dandara, era errado? Sim, mas gostava da adrenalina, me envolvir com ele porque eu gostei dele, mas me envolvi  com o Matteo não com o traficante tatuador, entenda eu nunca faria mal a vocês, jamais trairia a confiança de vocês, muito menos dele, mas é isso, e estou aqui nesta casa sendo uma presa do seu irmão porque salvei a vida do Capiroto, eu errei eu sei, e estou aqui pagando por minhas consequências.—Indago limpando minhas lágrimas.

  Ela me abraça acariciando meus cabelos, limpo minhas lágrimas com a sua ajuda, então ela me levanta indo em direção a escada, após alguns segundos entramos em um quarto de hóspede, eu já tinha vindo aqui antes, porém agora está diferente, está um pouco do meu jeito, abro o guarda-roupa com várias roupas de marcas lindas, algumas luxuosas, é um exagero da minha parte, sapatos, bolsas tudo de marca cara, mal sabem eles que não ligo para essas coisas, eu tenho sim, porque meus pais sempre exigia que eu usasse

—Eu acredito em você amiga, mas você ama o meu irmão né?—Dandara foi bem direta.

—Não,  eu o odeio!

   Sim, tudo que sinto por ele agora é ódio,  raiva, mas ainda sei que é tudo por minha culpa, e mereco está passando por isso, mas não imaginava que ele mesmo faria isso com tanto gosto.

  Depois de conversa um pouco com ela, tomei um banho colocando um baby dool, deitei-me na cama de lado por conta da costela, acabo pegando no sono.

Horas depois....

Acordo sentindo uma coberta grossa sobre meu corpo, não lembro que tinha o pegado,  viro meu rosto olhando para o lado direito, me assusto vendo Matteo sentado na poltrona olhando pra mim.

—Oque faz aqui?—Sussurro cheia de sono .

—Estava esperando você acorda, preciso conversa com você agora.—Ele diz vindo já se sentando  em minha cama.— Eu te peço desculpas, agir de cabeça quente, primeirome declaro a você  e oque recebo em troca? A mulher que eu amo, é policial, mas é isso, desculpa por tudo, não agir como homem com você, eu deveria ter acreditado, e muito menos te batido, eu não sou assim—Ele diz percorremos seus olhos sobre meu corpo.

—E só isso que tem para me falar?—Cruzo os braços.

—Não... você vai ficar aqui, seus pais estão doido atrás de você,  não quero que eles sobem o morro, então eu vou com você até a sua casa, e você mesmo vai inventar uma briga e dizer que está saindo de casa, mas se alguma coisa de errado...—Eu o Interrompo.

—Eu já sei Matteo, agora pode sair do quarto por favor? Vai curti seu churrasco vai.

Ele se levanta saindo da cama, abre a porta e olha para atrás.

—Não terá churrasco.

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Perdão,  estava sem ideia meu povo

Destinado ao MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora