22 Invasão

28 6 5
                                    

Karen narrando.....

Estava bastante preocupada com Rita, desde o dia do churrasco que não tenho notícias dela, Matteo não deixou eu ir na casa dela, já até imaginava, Dandara me fez perguntas sobre o dia do churrasco, eu não soube responder nenhuma, afinal só lembro da parte que Rita foi embora, nada a mais, o ponto de interrogação está gravado em minha mente, oque será que aconteceu depois disso? mas prefiro deixar isso quieto.
Aqui está eu, sentada na beira da piscina, sozinha bebendo o segundo copo de cerveja, sento-me no chão, já com a minha mente em nível hard, aqueles pensamentos filho da puta sabe, pensando em tudo oque fiz, e se minha vida sempre vai ser assim agora, de repente ouço alguns fogos, será que vai ter baile funk hoje? ou é jogo do Flamengo uma hora dessa? sinceramente, não sei oque significa isso aqui no morro, já que aqui algumas coisas é diferente do morro, queria conhece-lo mais, será que Matteo me levaria para conhecer?, sou despertado do meus pensamentos com um dos homens correndo com a arma na mão vindo em minha direção.
-Oque você quer? eu não fiz nada!-Falo me levantando já nervosa.
-Calma, não vou fazer nada com você, o morro está sendo invadido, venha comigo.
Ele segura minhas mãos trêmulas, ele sentiu que estou nervosa, deus do céu, onde fui amarrar meu jegue? chegamos na porta da sala principal, o rapaz que estava comigo caiu no chão cheio de sangue, me apavoro pegando a arma do homem, olho para atrás parando meu olhar em um homem apontando a arma em minha direção.
-Põe a arma no chão! não quero ter que aperta o gatilho nesse corpinho antes de aproveita-lo.-Diz me olhando de cima abaixo.
-Aqui você não encosta um dedo seu o filho da puta.
Confesso que estou totalmente nervosa, mas aprendi que não posso demostrar medo em uma hora dessas, aprendir que tenho que ter o controle da situação, mas quando você está dentro da situação , tudo oque você aprendeu, na hora esquece, você não sabe oque fazer, eu nunca me imaginei aqui, ainda mas nessa situação, se ninguém chegar a tempo, ai vai surgir a escolha, ele ou eu, e espero que Matteo chegue logo, cadê esse homem?
Os tiros vai aumentando cada vez mais, o morro virou uma guerra, igual aqueles filmes de ação, cada vez mais vai se intensificando, o medo vai aumentando, cadê as meninas, onde elas estão? me deixaram sozinha aqui!
- Eu encosto o meu dedo e o meu pau ainda! e você não vai fazer nada! porque não sabe nem manusear uma arma-Diz rindo.
Nunca subestime uma mulher, ninguém sabe do que somos capazes, aponto a arma em direção a sua parte íntima apertando logo o gatilho, ele cai no chão rapidamente gritando, vou até ele o desarmando.
-Nunca subestime uma mulher, agora você vai ficar aí até alguém chegar.-Sussurro.
-Filha...da...puta-Ele grita.
-Do pai também.-falo pegando meu celular.
Ninguém atende, alguma coisa está acontecendo, cadê as meninas? o único lugar mas protegido é o abrigo, será que elas estão lá? aponto a arma para a cabeça dele que já está querendo levantar.
-Se você levantar, eu juro que acerto sua cabeça!-Termino de falar e ouço passos vindo, aponto a arma em direção a porta levando um susto com um homem que eu não conheço, ele rir diabolicamente aponto um fuzil pra mim, "droga, cadê você Matteo?" Ele vem caminhando em minha direção, coloco meu dedo no gatilho pronto para atirar.
-Vejo que a linda moça é corajosa, abaixa essa arma, não quero machucar você, só quero saber do Matteo, onde ele está?-Ele pergunta.
-Não sei! não lhe devo satisfação!-Esbravejo.
O homem com um olhar furioso dispara dois tiros quase de raspão ao meu lado, por impulso aperto o gatilho passando ao lado dele que acaba acertando a televisão. De repente o homem cai no chão morto, olho para atrás vendo Beleza vindo até a mim, corro imediatamente até ele o abraçando, o medo saiu nesse exato momento com minhas lágrimas.
-Ei, calma, está tudo bem! cadê o russo, camelo e panda? os vapor que estava aqui na porta fazendo contenção?-Pergunta olhando para o homem caído no chão com os olhos arregalados.
-Um deles está morto no quintal, e os outros eu não vi, por favor, não quero ficar sozinha aqui, acabei atirando nesse aí, cadê o Matteo e as meninas?-Pergunto preocupada.
-Filhos da puta! Matteo já está chegando aqui, as meninas estava na rua na hora da invasão, correram para o abrigo, não iria da tempo de chegar aqui, ja estão vindo também, vai tomar um banho, deite um pouco, você está muito tensa, enquanto isso vou arrumar essa sujeitará aqui.
Confesso que estava com medo de subir, queria pedir para ele ficar pelo menos na porta me esperando, porém Matteo não acreditaria, aí eu viveria aquele inferno novamente, dou as costas para subir e ele me chama.
-Coè garota, passa a arma aí.-Ele diz estendendo a mão.
-Não, ela vai ficar comigo.-Interpelo abaixando pegando a arma do homem e carregando o pente da Glock que está em minha mão.
Beleza fixa seu olhar, aquele olhar surpreso vendo oque estou fazendo, dou as costas e gl para o quarto.

Depois de tomar um banho, volto para a sala  com a arma em minha mão,  Matteo estava sentado ao lado de seus amigos, Kauany, estava em seu colo com a cabeça escorada em seu ombro,  chego em silêncio,  Matteo olha pra mim já se levantando.
—Como você está? desculpa,  eu deixei você sozinha, foi falha minha.—Ele diz encostando sua mão em meu rosto.
—Está tudo bem, foi só um susto.—Abro um sorriso de lado.

  Continuo andando, comprimento o pessoal, chego na cozinha pego três pães plusvita, manteiga e queijo, pego o copo do Matteo de quinhentos ml e preparo meu nescau, sento- me na mesa sozinha já comendo.
—Karen, tem oque aí na sua barriga? qual o tamanho da lombriga? é esse é o meu corpo em! anda come isso aí, quero te levar em um lugar ja é.

Matteo cismou de ir  comigo de moto, disse que é mais rápido, porque o tal lugar é longe, não quis me dizer onde está me levando,  a rua já estou conhecendo, quem não conhece Central da Brasil? Não conheço muito, mas conheço,  ele para em um estacionamento é fomos andando.
Olho uma placa enorme escrito " Campo de Santana" lembro-me que quando eu   passava de carro com meus pais por aqui, eu sempre pedi para entrar aqui, mas meus pais sempre dizia que ali não era o nosso lugar.
—Quando eu era criança,  eu ajudava a minha mãe vender salgados aqui, venha, aqui é um lugar bonito. —Diz enquanto eu olho todo o lugar.
  Estou encantada com o lugar, a um riacho lindo com patos, e peixes, ainda tem uma ponte atravessando o riacho, algumas pessoas tiram fotos, estou amando aqui.
—Perai, é  isso que estou vendo? uma capivara? —Pergunto toda boba.
—Não —Ele rir—Isso é uma cotia, capivara não tem aqui,  vamos, você vai gostar!
  Continuamos andandos começo a apontar para o pavão igual uma criança, Matteo tira uma foto distraída minha,  nossa eu nunca vi de perto, mas para o lado esquerdo tem alguns gatos deitados na grama, vou até eles me abaixando já  fazendo carinho, me assusto com alguns querendo me arranhar com sua patinha,  Matteo me chama para mostrar uma estátua.
— Essa aqui era a minha parte favorita, sentava aqui com as minhas três irmãs é contava para ela sobre essa estátua, posso te contar?—Ele pergunta.
—Sim–Digo entusiasmada.
— Benjamim Constant Bomtelho, nascido em Niterói, este cara era apaixonado por matemática,  e depois que eu soube disso, eu virei fã dele, é também foi uma das materias preferidas minha, ele começou a ensinar as pessoas , essa foi a primeira fonte de renda dele, enfim não  vou prolongar com a história, vamos andar  mais um pouco.
—Você disse três irmãs Matteo? cadê a outra?—Pergunto confusa,  será que ela morreu?
—Isso já é um outro assunto Karen,  vamos comer que estou com fome, não tomei café.

Votem e comentem

Destinado ao MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora