6 Então acabe

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Karen narrando..

Paro escorando meus braços na quina da janela do meu quarto pensando nas palavras do Vinny, mas é  óbvio que ele defenderia o dono do morro onde ele mora, ele deve morrer de medo daquele bosta.

  O tempo vai se passando, e meus pensamentos ainda continua naquele homem, ou melhor naquela noite quente que tive ao lado dele, meu corpo começa a esquentar de uma forma gostosa, por dois minutos eu desejo que a mão dele estivesse dentro de mim.

  Vou até a porta do meu quarto, tranco e fecho a janela  junto com a cortina, ligo o ar e volto a deitar, deixo meus pensamentos fluirem sem o meu comando, a imagem daquele homem idiota aparece nitidamente pelado pra mim, eu sinto o toque dele sobre mim, passo o meu dedo polegar por todo o local onde ele passou, contorço meu corpo sentindo uma onda de calor, desço com meu dedo indicador pela minha barriga chegando na minha intimidade.

Consigo ouvir cada palavra dita por ele no meu ouvido, seus gemidos e até a respiração ofegante dele, é errado, é, mas não irei estragar o meu momento de tesão, faço movimento circulares com o dedo no meu clitóris sentindo ela bem molhada, e aumento a velocidade até eu sentir o liquido do gozo saindo de mim, que delícia, meu corpo  relaxou, eu precisava disso.

   Tomo um banho gelado, talvez isso me acorde, o dia está lindo, coloco uma calça de moletom junto com meu sapato branco e um top, pego meu fone, meu celular e algum dinheiro para que eu possa comer algo pela rua.

Meu pai abre a porta da sala todo fardado, vou até ele o abraçando e ele me enche de pergunta.

—Você vai onde agora? Não deveria está estudando,  já que saiu ontem?— Ele pergunta colocando seu celular na mesa.

— Vou caminhar um pouco meu pai, a prova não é agora, e eu sei do meus compromissos,  estou aproveitando o domingo para eu fazer uma coisa que eu goste e não ficar apenas trancada no quarto estudando!– Sim, meus pais adoram me controlar, mas não dou esse mole.

—Desculpe minha filha, só não volte muito tarde.

Me despeço dele, alguns funcionários passa por mim me cumprimentando, saio da minha casa chegando na rua, alguns vizinhos me olha de cima abaixo, coloco meu fone e começo a caminhar.

Meus pensamentos voam em Rita, por qual motivo ela não me contou sobre frequentar baile em morro? Eu nunca a julgaria, infelizmente eu não conheço a minha própria amiga.

Tatuador narrando...

Mulher filha da puta, desgraçada,  quem pensa que ela é para levantar a arma em minha direção? E ainda apontar para a foto da minha irmã? Aquilo me deixou irado, a minha vontade era mandar caçar aquela patricinha e trazer até na minha base e termina oque eu queria fazer com força,  mas como eu sempre digo, sou homem,  não tenho necessidade de pegar ninguém a força,  mulheres é o que não falta pra mim, pegar a força pra que? E outra isso não se cria no meu morro.

Volto para o baile  depois de tocar uma punheta  pensando naquela puta, mas o baile já estava fraco, então voltei para o meu barraco, amanha cedo vou ver como a Kauanny está.

O dia mal amanheceu e eu já estava na boca, várias paradas para desenrolar, ainda tem os pagamentos dos crias hoje, tomo meu café com pão que pedi para um menor que vi passar na rua comprar pra mim, claro dei um trocado a ele, Dandara me envia mensagem pedindo para da uma passada por lá, término tudo oque tenho que fazer e deixo a boca aos olhos do Joca.

  Chego em casa me sentando no sofá, a televisão está desligada, então é porque Kauany ainda não acordou, Dandara sempre foi de acorda cedo, ela vem de calça e casaco do bob esponja,  senta ao meu lado me entregando uma barrinha de diamante negro.

Destinado ao MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora