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EMY

Assim que entramos no carro, avisei ao loiro que teria que ir para casa me arrumar para festa, então foi o que fizemos. Como eu tinha ido para o estádio de carro e o mais velho insistiu para que fossemos no mesmo carro para a festa, ele me seguiu até em casa.

Estava agora passando pelo portão da mansão do meu tio, e indo, já pronta, em direção ao carro do loiro, que estava estacionado em frente a minha residência.

Eu estava vestida com um conjunto de saia e cropped. Ambos eram em tom vermelho e pareciam ter um tecido meio aveludado. Pelas peças serem pequenas e coladas ao meu corpo, ressaltaram as minhas curvas e as tatuagens. Meu cabelo estava solto e no meu rosto não tinha nenhuma maquiagem.

Caminho pela calçada e assim que paro em frente a porta do passageiro, percebo que o loiro não havia me notado ainda. Vincent estava ouvindo música enquanto o vidro do motorista estava aberto e o seu cotovelo, para fora. Seu olhar era focado para o outro lado da rua, mas assim que ouve o barulho da porta se abrindo ao seu lado, ele me encara.

— Tá bonita. — Ele fala enquanto me analisava.

— Você não está nada mal também. — Ele vestia uma calça preta larga, uma blusa preta colada ao corpo, o que realçava seus músculos e seus acessórios de sempre.

— Espera! Emy Clark me elogiando? — Ele fala em um tom mais alto quando se vira pra mim, ficando com as costas na porta.

— Ah, por favor né. Nem é pra tanto. — Falo o fazendo rir, assim como eu. — Agora cala a boca e dirige, vai. — Falo e ele assente, antes de se virar para frente.

O caminho todo foi assim. Nós dois em silêncio, apenas ouvindo (e às vezes cantarolando) as músicas que tocavam, além de sentir o vento gelado da noite de Los Angeles, que entrava pelas janelas abertas e fazia meu cabelo voar.

Assim que entramos no condomínio de luxo onde Vincent morava, ele começou a baixar a velocidade e a ir em direção a uma casa que tinha no final da rua. Pela rua já conseguia se ver uma quantidade relativa de carros, além de se ouvir o som alto da música e ver pessoas espalhadas pelo gramado.

O loiro encontrou um lugar para estacionar, e assim fez. Tiramos o cinto e descemos do carro. O mesmo ficou na frente do carro, esperando para que entrássemos juntos, já que não conhecia ninguém.

Enquanto caminhávamos pelo gramado até a entrada da casa, observei as pessoas dançando, se pegando e bebendo ao longo do caminho. A pequena festa mais parecia uma festa de faculdade, do que uma festa normal.

— Ás vezes penso que ainda estou na faculdade quando vejo essas festas. — A voz rouca do loiro soa no meu ouvido, quando sua mão quente encontra as minhas costas.
— Pensei a mesma coisa. — O respondi quando passamos pela porta da casa, o que fez o mesmo soltar uma risada fraca.

No final do corredor, consegui enxergar Aaron, que estava conversando com duas meninas, mas para assim que nos vê. O tatuado começa a caminhar em direção a nós, com um enorme sorriso.

— Finalmente! Não sabia se tinham se matado ou se engolido no meio do caminho. — O mesmo fala e sinto o cheiro de bebida vindo da sua boca, mas nada que não me impeça de revirar os olhos por sua fala.

— Emy foi trocar de roupa, por isso demoramos. — o mais velho fala.

Vincent continuava com a mão nas minhas costas, mas quando ele dá uma leve apertada na mesma, fazendo com que eu me vire e o olhe, ele sobe a mão e o gélido de seus anéis entra em contato com a minha pele, fazendo assim, eu me arrepiar. O loiro parece perceber, pois abre um sorriso de canto.

Opposites but equalsOnde histórias criam vida. Descubra agora