VINCENT
O carro preto a minha frente estaciona ao lado de uma cafeteria que eu nunca fui. Estaciono meu carro em frente ao carro de Emy, e desço do veículo.
Emy já estava em frente a porta do café e assim que me vê descer do carro, ela adentra o estabelecimento.
Quando abro a porta do pequeno local, o barulho de um sino soa. Logo o cheiro de café torrado invade meu nariz. Corro meus olhos pelo local que é muito pequeno, mas aconchegante, até encontrar a de cabelos pretos sentada em uma mesa distante.
Caminho até a última mesa que fica em frente a uma enorme janela. Enquanto passava pelas mesas observo o local melhor. É uma cafeteria simples. Toda em tons de verde claro e madeira escura. As mesas são pequenas e próximas. Passo por uma mesa onde uma senhora de vestido floral conversa animadamente com uma senhora de vestido preto. Elas devem ser parentes, considerando que são muito parecidas. Também vejo uma mesa onde tem o que eu acredito ser um casal de hippies.
— Relaxa, não é como se eu fosse te prender ou sequestrar aqui. — Emy fala assim que chego na mesa.
Puxo a cadeira a sua frente e me sento. Ela está com o cardápio em mãos e seus olhos não saem do mesmo. Pego o cardápio que está na mesa virado para mim. O pequeno caderno cor verde claro mostra várias opções de cafés e lanches.
— Com licença, o que o casal gostaria? — Pergunta uma moça de avental marrom escuro e blusa verde. Ok, com toda certeza o dono desse lugar ama verde. Mas é de se entender, pois ao redor da cafeteria tem várias plantas e fora dela, uma espécie de campo.
— Não somos um casal. — Emy fala enquanto olha para a menina que agora está vermelha.
— Ah, desculpa, eu não sabia. — Ela gagueja.
— Tudo bem. Bom, eu vou querer um cappuccino com chantilly e uma torta de brócolis. — A tatuada fala e a menina anota em seu pequeno bloco.
Emy larga o cardápio e finalmente olha para mim.
— Vou querer o mesmo que ela. — Falo olhando a menina que assente com a cabeça e termina de anotar o pedido.
— Vão querer mais alguma coisa? — Ela pergunta e Emy nega.
Então, a menina pega nossos cardápios e vai em direção ao balcão.
— Serei direta. — Emy começa. — Conversei com Peter e mesmo ele achando esse acordo uma completa loucura, ele concordou. — Seu tom de voz é sério. Mas não me impede de abrir um pequeno sorriso. — Mas ele colocou algumas exigências.
— E quais seriam elas? — Pergunto e me aproximo da mesa. Meus cotovelos agora estão sob a mesa de madeira rústica.
— Primeiro, ele disse que você terá que demonstrar que realmente quer estar lá. Segundo, você terá que treinar muito; e terceiro, você não participará logo de cara das missões. — Ela fala com os braços cruzados. Sua postura é ereta, suas costas grudadas na parede e seus braços à frente do corpo. Seu semblante é sério, assim como sua voz.
— Ah, qual é? Essa é a parte mais emocionante. — Reclamo e ela solta uma risadinha.
Quando Emy ia falar alguma coisa ela é interrompida pela moça que trás nosso pedido em mãos. Ela coloca eles sobre a mesa e nós agradecemos e então ela sai.
A tatuada bebe um gole do café e come um pedaço da torta. E eu a imito.
— Tem mais uma coisa que eu preciso te falar. — Ela fala enquanto coloca a taça de cappuccino sobre a mesa.
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Opposites but equals
ActionEmy Clark é uma nova agente do FBI. A convite de seu tio, Peter, Emy irá investigar o mais novo chefe da maior máfia de Los Angeles. O que ela não sabe é que seu passado obscuro irá vir à tona novamente. Vincent Hacker é o mais novo chefe da máfia d...