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Acordo com minha cabeça doendo um pouquinho. Não costumo beber muito, por causa do meu serviço.

Viro de lado e desligo o alarme que insiste em apitar. Exatas 8:00 da manhã. Levanto da cama e vou para o banheiro. Faço minhas higienes e volto para o quarto. Abro o armário e pego uma roupa de treino. Visto a calça legging preta, o top cinza e calço o tênis preto esportivo. Vou para minha penteadeira e prendo meu cabelo em um rabo de cavalo. Passo perfume e desodorante.

Arrumo minha cama, abro a janela, apago as luzes do quarto e desço para a cozinha.

— Bom dia, Emy! — Diz Jannet assim que me vê.

— Bom dia, Jannet — Respondo à ruiva e pego minha garrafa de água na geladeira. — Sabe se tem remédio para dor de cabeça aqui? — Pergunto para ela e a mesma assente com a cabeça e vai em direção ao depósito. Logo ela volta com um comprido em mãos e me entrega. — Obrigada.

— Então, a noite foi boa ontem? — Ela pergunta quando me sento na mesa.

A mesa esta um verdadeiro buffet. Tem pães, bolos, frutas, misturas, frios e bebidas de diferentes tipos. O que eu acho um completo desperdício, pois somos só três nessa casa.

— Foi tudo bem. Só bebi um pouco, o que não estou acostumada e acabei com uma certa dor de cabeça.  — Ela assente. — Jannet, sabe se o Peter vai tomar café da manhã aqui? — Pergunto para a mais velha que estava atrás de mim, na cozinha.

— Me procurando? — Ouço a voz de meu tio e me viro para o ver na porta da cozinha.

Ele veste seu típico terno cinza escuro, da mesma cor das calças sociais. Usa uma camisa branca por baixo e calça um sapato social preto. Ele anda em minha direção e se senta na ponta da mesa. Ficando assim, ao meu lado.

— Credo, você parece uma assombração! — Falo e ele ri. — Precisamos conversar sobre um assunto muito importante hoje. — Falo e ele me olha. — Mais especificamente, sobre ontem.

— Tudo bem. Agora tenho que resolver algumas coisas na central, mas logo que chegar poderemos conversar. Ah, e à tarde teremos que ir na central para eu lhe contar sobre sua nova missão. — Ele fala enquanto come um mamão.

— Ok, quando pudermos conversar me avise por favor. — Ele assente com a cabeça e me levanto.

Levo as coisas que sujei para a pia e pego minha garrafa de água. Subo para meu quarto e pego meus fones e celular. Conecto o bluetooth neles e ponho em um podcast sobre casos criminais.

Desço as escadas, me despeço dos dois e vou correr.

[...]

Depois de correr por uma hora em um parque aqui perto, voltei para casa e treinei. Já tomei banho e estou indo em direção ao escritório do mais velho para contar a proposta maluca de Vincent. Tenho certeza que Peter não aceitará.

Saio de meu quarto e vou em direção ao escritório do mais velho. Bato com os nós de minha mão na porta de madeira e escuto ele falando "entra" de dentro da sala. Assim eu faço.
Me sento na cadeira da esquerda de frente para Peter.

Seu terno agora estava aberto e a camisa social branca, levemente amassada.

Peter tira seu olhar do computador e larga a caneta preta caríssima que estava em suas mãos. Ele se estica na cadeira de couro marrom escuro e estica os dedos, ainda me olhando.

— Bom, o que você precisa me contar? — Ele pergunta quebrando o silêncio que tinha se instalado na sala.

— Então, como você sabe, ontem eu fui a um jantar com Vincent — Falo e me arrumo na cadeira. Ele balança a cabeça em sinal para eu prosseguir. — Vincent me fez uma proposta enquanto jantamos, e ela é incrivelmente surpreendente, e até mesmo parece loucura — Falo e Peter levanta as sobrancelhas, fazendo assim, uma cara de surpresa.

Opposites but equalsOnde histórias criam vida. Descubra agora