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EMY

Hoje já era sábado, o dia da missão.

Ontem, sexta-feira, eu só fiquei em casa. Treinei, mas foi em casa também. E o resto do dia passei sem fazer nada pela casa.

Não falei com Vincent depois da nossa conversa no café na quinta-feira. Quanto mais distância dele, melhor é pra nós dois. Ainda tenho um pé atrás com ele, na verdade um não, os dois pés atrás com ele, porque, querendo ou não, ele ainda é um mafioso. Todos nós sabemos que ninguém é confiável, quem dirá um mafioso. E quando eu digo “ninguém”, é ninguém. Não podemos confiar nem em família, ou pessoas que se dizem amigas, ou namorados. Ninguém.

Durante a manhã eu fiz meu treino matinal e depois almocei. Agora já eram 17:00 horas e eu estava assistindo um documentário criminal. Logo que o documentário termina, eu me levanto da cama e vou para o banheiro. Tiro minha roupa e entro no box. Ligo o chuveiro e a água gelada começa a descer pelo meu corpo.

Saio do banho depois de ter lavado meu cabelo e vou em direção a pia do banheiro. Coloco o babyliss para esquentar enquanto seco meu cabelo. Depois de alguns minutos começo a fazer cachos no meu cabelo e quando termino, vou em direção a bancada do meu quarto.

Me sento na espécie de penteadeira preta que fica no meu quarto e começo a fazer a maquiagem. Faço uma pele leve; nos olhos um delineado marrom esfumado e nos lábios, um batom vermelho.

Vou em direção ao meu guarda-roupa e pego o grande saco preto que estava separado. Tiro a peça vermelha de dentro do saco e ponho sobre a cama. Tiro a toalha do corpo e visto o vestido vermelho. Sim, dessa vez ele não vai ser preto.

Calço o salto alto cor vermelho sangue e coloco os acessórios dourados. Caminho em direção ao grande espelho no canto do quarto para ver como estava.

A combinação perfeita entre o vestido vermelho que ficava justo na minha cintura e o busto, e solto nas pernas. As fendas que ele tinha em ambas as pernas, mostrando assim, minhas tatuagens das coxas e o decote em “v” nos seios. Junto com o salto alto vermelho escuro, a maquiagem simples, o cabelo levemente ondulado e os acessórios dourados estavam me deixando com cara de um puta mulherão. O que confesso, me dava mais vontade ainda de ir nessa missão.

Pego minha bolsa dourada. Coloco dentro dela meu celular, a arma e os documentos.

[...]

Joe, o motorista da vez, já estava passando pelos grandes portões da enorme mansão de Adam Brown.

Logo que o carro para em frente a entrada da enorme mansão cor marrom claro, Joe desce do carro e caminha em minha direção. Ele abre a porta e estica a mão para mim, que coloco a minha sobre e saio do carro.

— Estarei lhe esperando onde combinamos. — Ele fala e paramos em frente a porta. Balanço a cabeça em um sinal de positivo e ele caminha em direção ao carro. Logo ele sai com o mesmo..

Entro na enorme casa de Adam. A casa toda é em tons de marrom. As paredes marrom claro, junto com o piso marrom escuro e as decorações em vidro e em dourado, deixavam tudo com um ar muito elegante. Observo lentamente o lugar e consigo ver o segundo andar perfeitamente, pois é onde Peter me disse que o escritório de Brown fica.

Mesmo sendo uma festa e não um baile, era tudo muito chique. As pessoas estavam muito bem vestidas. Todos estavam bebendo, mas eram whiskies e champanhe, e não vodca, ou algo barato. Não eram aqueles copos vermelhos comuns. E sim, taças ou copos de vidro.

Por ainda ter pessoas entrando na festa, eu saio de frente da porta e caminho mais para o centro da sala. Logo um homem de pele morena, cabelos curtos e pretos, forte e alto vem em minha direção com um belo sorriso no rosto. Adam Brown.

Opposites but equalsOnde histórias criam vida. Descubra agora