81

886 81 138
                                    

♚Olá, gente linda! Aparecendo mais uma vez nesse final de domingo com um capítulo novinho para vocês!

Espero que gostem :)










Sentada no canto frio, sentindo o piso gelado em suas pernas e resfriando o sangue em suas veias, ela olha para a porta, aflita. Sentindo o corpo tremer de medo e frio, ela se encosta mais na parede fria quando ouve passos do lado de fora. O pequeno cérebro dela começa a trabalhar rapidamente enquanto abraça as próprias pernas e esconde o rosto nos joelhos, mas deixando uma pequena brecha para que possa ainda enxergar a porta.

Imagina quem está do lado de fora, e acredita que sejam eles, mas não tem certeza. Torce para que não seja. Desesperada com a ideia de serem eles, ela sente o peito subir e descer rapidamente, iniciando uma crise de ansiedade. Mas então ela se lembra que já os viu naquele dia, então não devem ser eles.

Os passos ficam mais alto, ela consegue ouvir conversas, certamente estão indo na direção de onde ela está. Mas se já os viu naquele dia, sabe que não os verá de novo, então por que estão indo atrás dela? Começa a refazer seus passos desde o dia de ontem, lembra de cada detalhe, e então encontra o erro: ela não lembra de ter dormido, mas e se dormiu? Será que não percebeu que pegou no sono? Quer saber se é outro dia e se sua mente está pregando peças, mas não há como saber. Não tem como. Não se lembra de nada.

Sem coragem de sair daquele canto úmido e gelado, ela abraça as pernas com mais força e funga quando algumas lágrimas de terror escapam por seus olhos.

Conforme os passos avançam, assim como o volume das vozes, o corpo dela treme e se sobressalta. Não há mais dúvidas, eles com certeza estão andando na direção dela. Eles com certeza irão até lá para pegá-la.

Ouvindo atentamente os passos, ela se assusta quando o som alto da porta de metal sendo aberta bruscamente atinge o quarto, seu corpo pula mais uma vez e ela encara o homem alto que a observa da porta.

-Olhe para você... Fraca como um rato assustado que se esconde do barulho.

Sem reagir, a menina apenas segue encolhida enquanto o homem começa a lentamente se aproximar dela.

-Levante! Está na hora!

Aumentando o tom de voz de um momento para outro, o homem a assusta ainda mais, e ela nega com a cabeça para o pedido dele.

-Não?!

O homem começa a rir sarcasticamente e então abaixa agressivamente, agarrando com força no cabelo loiro dela, arrastando-a para fora da cela.

-Katerina, Katerina... Dois anos e ainda não aprendeu?

Ao sentir o cabelo ser puxado com força, a menina grita com força e começa a chorar enquanto segura na mão do homem e tenta se soltar.

K: Não!... Sota, tá duendo... Pu favor... Eu num qué ir...

Logo Katerina começa a soluçar junto com o choro e tenta ao máximo implorar para ser deixada quieta no quarto, não querendo enfrentar outro dia infernal.

-O treinamento é necessário. Você precisa aprender. Precisa crescer!

K: Eu num gotu... Pu favor, num qué dodói...

ExperimentoOnde histórias criam vida. Descubra agora