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Olá, queridos humaninho! Como eu prometi, assim que eu peguei meu notebook de volta, a primeira coisa que vim fazer foi postar logo esse capítulo que nunca saía. 

Não sei se estão com saudades, mas olha, eu estava, viu? E não só da história, mas de vocês também!

Sem muita enrolação, galera, espero que gostem!

:)











SY: Sh... está tudo bem, James.

Sydney devolve a chupeta à boca de James. Ela ajeita a coberta sobre os ombros dele e tenta fazer com que deite a cabeça no ombro dela, mas ele está inquieto, inquieto demais.

SY: A gente já vai chegar, está bem? Está cansado?

James passa as mãos desajeitadas sobre os olhos vermelhos e segue com seu choro misturado ao resmungo de reclamação.

SY: Não vamos demorar muito, eu prometo.

Abrindo a bolsa que ocupa o assento do lado, Sydney tira de dentro o brinquedo preferido de James, um mordedor e chacoalho em forma de dinossauro que ele vem carregando sempre no último mês, na verdade, gostava mais do antigo elefante, mas o rasgou depois de puxar as duas extremidades com força demais, o resultado de ser um bebê com soro do super soldado. O brinquedo é oferecido na mão de James, e momentaneamente ele segura o dinossauro, porém o solta em seguida para continuar resmungando.

SY: Não quer o dinossauro? Tudo bem, a gente guarda o dinossauro.

— Ele é uma graça.

A mulher sentada no lugar em frente ao de Sydney nesse extenso vagão de trem, a mesma que vem observando Sydney e James desde que entraram e se sentaram ali, abre a boca para chamar a atenção da loira.

Quando se sentou ali e viu que havia uma senhora sentada de frente para o lugar que ficaria, Sydney suspirou. Pegou o trem mais vazio que tinha, esperava poder ter alguma privacidade, não queria ninguém prestando atenção demais nela ou no bebê, e claramente não teria isso. Ainda assim, se sentou no devido lugar e colocou as bolsas no assento do lado. Tentou manter James o mais calmo possível e em nenhum momento falou, ou ao menos olhou, para a mulher sentada ali na frente deles.

A grande parte do caminho foi feita em silêncio pela senhora que passou a maior parte do tempo tricotando, e Sydney realmente esperava que continuasse da mesma forma até o final da viagem. Mas seus desejos não se realizam.

— É seu filho?

SY: Sim.

Ela responde sem dar papo, não precisa e não quer ninguém falando com ela.

— Ele é lindo. O pai é ruivo?

SY: Sim.

Sydney segue monossilábica, porém aparentemente a mulher não parece perceber a desinteresse em uma conversa.

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