022 | Luana Paiva

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Luana Paiva

— Eu não quero saber Luana. — Minha colocou as sacolas em cima da mesa e me encarou extremamente séria. — Não quero nem pensar na hipótese de você se envolvendo com esse povo. O que aconteceu com o seu pai foi pouco? Você viu o que essa vida pode trazer Luana!

— Eu não sou o papai mãe! E eu não estou me misturando com ninguém. — Revirei os olhos me jogando no sofá.

— Eu acho bom! Se eu descobrir que você está se metendo com esse povo, pode ter certeza que vai ser o maior desgosto da minha vida.

Ela simplesmente se virou e foi arrumar as coisas no armário da cozinha. Eu entendo o lado dela e é por esse motivo que eu não posso nem pensar na hipótese de contar à ela o que andei fazendo nos últimos dias.

Ainda no sofá da sala, meu celular vibrou e ao pegar o mesmo, era uma mensagem da Bianca completamente desesperada dizendo que Duca e Cobra caíram na porrada.

— Vou na casa da Bianca mãe, não demoro. — Peguei minha sandália e então saí dali.

Não, eu não estava indo pra casa da Bianca e sim para a do Cobra. Do jeito que Bianca falou na mensagem, parecia que Cobra estava completamente machucado.

— Sou eu, Luana. — Falei no interfone assim que ele atendeu e então o portão foi aberto fazendo com que eu entrasse logo em seguida.

— Está começando a aparecer aqui com mais frequência que o normal. — Ouvi sua voz e levei um breve susto já que não tinha visto ele sentado no sofá.

— Bianca me disse que você e Duca brigaram. — Me aproximei vendo que seu rosto estava normal, apenas o supercílio meio machucado. — Que merda aconteceu?

— Nada demais. — Se remexeu no sofá e então me aproximei sentando em uma de suas pernas onde pude observar melhor o machucado do seu rosto.

— Desembucha. — Encarei seus olhos sentindo sua mão repousar na minha bunda.

— O babaca do Duca anda se criando pra cima de mim. — Tombou a cabeça no sofá e eu continuei o olhando. — Dessa vez ele passou dos limites e por essa bobagem que ele colocou na cabeça, eu quase atirei na cara dele.

— Você ia matar ele? — Me assustei.

— Ele me estressou Luana, no calor do momento eu apontei a arma pra ele. — Deu de ombros.

— Essa merda toda entre vocês está acontecendo por minha causa, não é? — Ele voltou com a cabeça para a posição normal.

— Óbvio que não! Duca que não sabe separar as coisas. — Subiu um pouco sua mão acariciando minha cintura.

— Mas ele começou a ficar assim com você depois que eu apareci.

— Já disse que você não tem nada a ver com isso, fica tranquila. — Encarei seus olhos por alguns segundos e então assenti com a cabeça. — O que tu acha de um baile?

— Depois de toda essa merda você ainda quer dar um baile? — Arqueei as sobrancelhas.

— Por que não? Ninguém morreu. — Subiu ainda mais a sua mão.

— Por mim. — Dei de ombros. Eu realmente estava começando a gostar dessa vida de frequentar bailes e me envolver ainda mais nesse meio.

— Então vamos ter um baile amanhã. — Sorriu com o seu famoso sorriso pervertido e então segurou na barra da minha blusa começando a subir a mesma até que ela já não estava mais em meu corpo. — Porra Luana. — Seus olhos estavam focados em meus seios cobertos pelo sutiã. — Você é um espetáculo de mulher. — Sua mão agora subia lentamente pela minha barriga até chegar na altura dos meus seios. — Tu ainda não tá preparada, não é?

Patricinha Do MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora