Luana Paiva
— Eu não quero saber Luana. — Minha colocou as sacolas em cima da mesa e me encarou extremamente séria. — Não quero nem pensar na hipótese de você se envolvendo com esse povo. O que aconteceu com o seu pai foi pouco? Você viu o que essa vida pode trazer Luana!
— Eu não sou o papai mãe! E eu não estou me misturando com ninguém. — Revirei os olhos me jogando no sofá.
— Eu acho bom! Se eu descobrir que você está se metendo com esse povo, pode ter certeza que vai ser o maior desgosto da minha vida.
Ela simplesmente se virou e foi arrumar as coisas no armário da cozinha. Eu entendo o lado dela e é por esse motivo que eu não posso nem pensar na hipótese de contar à ela o que andei fazendo nos últimos dias.
Ainda no sofá da sala, meu celular vibrou e ao pegar o mesmo, era uma mensagem da Bianca completamente desesperada dizendo que Duca e Cobra caíram na porrada.
— Vou na casa da Bianca mãe, não demoro. — Peguei minha sandália e então saí dali.
Não, eu não estava indo pra casa da Bianca e sim para a do Cobra. Do jeito que Bianca falou na mensagem, parecia que Cobra estava completamente machucado.
— Sou eu, Luana. — Falei no interfone assim que ele atendeu e então o portão foi aberto fazendo com que eu entrasse logo em seguida.
— Está começando a aparecer aqui com mais frequência que o normal. — Ouvi sua voz e levei um breve susto já que não tinha visto ele sentado no sofá.
— Bianca me disse que você e Duca brigaram. — Me aproximei vendo que seu rosto estava normal, apenas o supercílio meio machucado. — Que merda aconteceu?
— Nada demais. — Se remexeu no sofá e então me aproximei sentando em uma de suas pernas onde pude observar melhor o machucado do seu rosto.
— Desembucha. — Encarei seus olhos sentindo sua mão repousar na minha bunda.
— O babaca do Duca anda se criando pra cima de mim. — Tombou a cabeça no sofá e eu continuei o olhando. — Dessa vez ele passou dos limites e por essa bobagem que ele colocou na cabeça, eu quase atirei na cara dele.
— Você ia matar ele? — Me assustei.
— Ele me estressou Luana, no calor do momento eu apontei a arma pra ele. — Deu de ombros.
— Essa merda toda entre vocês está acontecendo por minha causa, não é? — Ele voltou com a cabeça para a posição normal.
— Óbvio que não! Duca que não sabe separar as coisas. — Subiu um pouco sua mão acariciando minha cintura.
— Mas ele começou a ficar assim com você depois que eu apareci.
— Já disse que você não tem nada a ver com isso, fica tranquila. — Encarei seus olhos por alguns segundos e então assenti com a cabeça. — O que tu acha de um baile?
— Depois de toda essa merda você ainda quer dar um baile? — Arqueei as sobrancelhas.
— Por que não? Ninguém morreu. — Subiu ainda mais a sua mão.
— Por mim. — Dei de ombros. Eu realmente estava começando a gostar dessa vida de frequentar bailes e me envolver ainda mais nesse meio.
— Então vamos ter um baile amanhã. — Sorriu com o seu famoso sorriso pervertido e então segurou na barra da minha blusa começando a subir a mesma até que ela já não estava mais em meu corpo. — Porra Luana. — Seus olhos estavam focados em meus seios cobertos pelo sutiã. — Você é um espetáculo de mulher. — Sua mão agora subia lentamente pela minha barriga até chegar na altura dos meus seios. — Tu ainda não tá preparada, não é?
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Patricinha Do Morro
Fanfiction+ 18 Mesmo sendo criada em uma das favelas mais perigosas da cidade, Luana nunca pensou na hipótese de se envolver com ninguém que fosse do tráfico. Mas, quando Lucas, vulgo cobra, cresce o olho na garota de 20 anos, ela não tem mais pra onde corre...