Luana Paiva
Minha cabeça parecia que ia explodir, eu não conseguia ao menos ficar mais de 5 segundos com os olhos abertos. Domingo e eu com essa ressaca toda.
— Levanta! — Escutei Bianca gritar e então uma almofada entrou em contato com o meu rosto.
— Para de gritar merda! Minha cabeça tá doendo.
— Típico de ressaca, tenho algo que vai fazer melhorar rapidinho. — Abri os olhos com um pouco de dificuldade e encarei a loira parada ali. Ela estava arrumada, cabelo molhado e o perfume dela era o mesmo de sempre. — Nada melhor que curar ressaca bebendo de novo. Levanta, vamos pra um churrasco.
— Que churrasco Bianca, eu vou é pra casa dormir mais. — Me remexi na cama.
— Já são 15:00 da tarde, vai hibernar? — Arregalei os olhos.
— Isso tudo? Puta que pariu! — Me levantei da cama dela rapidamente. — E que churrasco é esse?
— Na casa da minha tia, bora, pega uma roupa minha ai, toma um banho porque você ta podre.
— Tá me confundindo com você? — Arqueei as sobrancelhas e ela me mandou dedo do meio. Soltei uma risada pegando um shortinho dela, uma blusa e minhas roupas íntimas na bolsa que eu trouxe.
Estranho o fato da tia dela dar um churrasco tão em cima da hora, afinal, a tia dela é irmã da mãe dela e ela não vai.
— Tu tá armando alguma coisa, não tá? — Encaro ela enquanto subíamos o morro.
— Claro que não. — Diz sorrindo. Essa ai não me engana. — Chegamos. — Me puxou para uma puta de uma casa enorme que tinha um som alto.
— Bianca eu vou te matar! — Tentei voltar mas a minha amiga fazia questão de impedir isso. — Eu não vou pra casa do cobra, me solta.
— Para de cú doce e vem logo. — Me puxou com força. — Duca chamou nós duas.
— Chamou você, já que ele não gosta de mim.
— Cala a boca e vem. — Revirei os olhos entrando naquela enorme casa junto com a minha amiga, a mesma que eu estava com vontade de matar.
Porra a casa era simplesmente um espetáculo, piscina e tudo que tinha direito. A música estava bem alta, várias garotas dançando, meninos da boca armados e fumando seus típicos cigarros de maconha.
— Olha a patricinha ai. — Revirei os olhos ouvindo a voz do cobra atrás de mim. — Qual foi Luana, vai ficar me perseguindo agora?
— Eu vim obrigada. — Me virei para o mesmo que estava sem camisa. Eu não pude evitar, meus olhos desceram diretamente para o corpo dele totalmente tatuado. O cano da pistola estava pra a mostra e por algum motivo eu achei esse filho da puta muito atraente.
— Não baba não.
— Em você? — Comecei a rir. — Só se eu estivesse louca. — Tentei sair, mas, senti sua mão segurar meu braço.
— Tu gosta de brincar com o perigo pô. To sendo muito bonzinho contigo ainda.
— E eu pedi? — Pude ver seus olhos ferverem em raiva. — Tenho mais o que fazer.
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Patricinha Do Morro
Fiksi Penggemar+ 18 Mesmo sendo criada em uma das favelas mais perigosas da cidade, Luana nunca pensou na hipótese de se envolver com ninguém que fosse do tráfico. Mas, quando Lucas, vulgo cobra, cresce o olho na garota de 20 anos, ela não tem mais pra onde corre...