003 | Luana Paiva

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Luana Paiva

Minha cabeça parecia que ia explodir, eu não conseguia ao menos ficar mais de 5 segundos com os olhos abertos. Domingo e eu com essa ressaca toda.

— Levanta! — Escutei Bianca gritar e então uma almofada entrou em contato com o meu rosto.

— Para de gritar merda! Minha cabeça tá doendo.

— Típico de ressaca, tenho algo que vai fazer melhorar rapidinho. — Abri os olhos com um pouco de dificuldade e encarei a loira parada ali. Ela estava arrumada, cabelo molhado e o perfume dela era o mesmo de sempre. — Nada melhor que curar ressaca bebendo de novo. Levanta, vamos pra um churrasco.

— Que churrasco Bianca, eu vou é pra casa dormir mais. — Me remexi na cama.

— Já são 15:00 da tarde, vai hibernar? — Arregalei os olhos.

— Isso tudo? Puta que pariu! — Me levantei da cama dela rapidamente. — E que churrasco é esse?

— Na casa da minha tia, bora, pega uma roupa minha ai, toma um banho porque você ta podre.

— Tá me confundindo com você? — Arqueei as sobrancelhas e ela me mandou dedo do meio. Soltei uma risada pegando um shortinho dela, uma blusa e minhas roupas íntimas na bolsa que eu trouxe.

Estranho o fato da tia dela dar um churrasco tão em cima da hora, afinal, a tia dela é irmã da mãe dela e ela não vai.

— Tu tá armando alguma coisa, não tá? — Encaro ela enquanto subíamos o morro.

— Claro que não. — Diz sorrindo. Essa ai não me engana. — Chegamos. — Me puxou para uma puta de uma casa enorme que tinha um som alto.

— Bianca eu vou te matar! — Tentei voltar mas a minha amiga fazia questão de impedir isso. — Eu não vou pra casa do cobra, me solta.

— Para de cú doce e vem logo. — Me puxou com força. — Duca chamou nós duas.

— Chamou você, já que ele não gosta de mim.

— Cala a boca e vem. — Revirei os olhos entrando naquela enorme casa junto com a minha amiga, a mesma que eu estava com vontade de matar.

Porra a casa era simplesmente um espetáculo, piscina e tudo que tinha direito. A música estava bem alta, várias garotas dançando, meninos da boca armados e fumando seus típicos cigarros de maconha.

— Olha a patricinha ai. — Revirei os olhos ouvindo a voz do cobra atrás de mim. — Qual foi Luana, vai ficar me perseguindo agora?

— Eu vim obrigada. — Me virei para o mesmo que estava sem camisa. Eu não pude evitar, meus olhos desceram diretamente para o corpo dele totalmente tatuado. O cano da pistola estava pra a mostra e por algum motivo eu achei esse filho da puta muito atraente.

— Não baba não.

— Em você? — Comecei a rir. — Só se eu estivesse louca. — Tentei sair, mas, senti sua mão segurar meu braço.

— Tu gosta de brincar com o perigo pô. To sendo muito bonzinho contigo ainda.

— E eu pedi? — Pude ver seus olhos ferverem em raiva. — Tenho mais o que fazer.

Patricinha Do MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora