Capítulo 1: Internato religioso

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Heyy , como estão???
Estamos aqui de novo.
Dessa vez não demorei muito

Boa leitura, amo vocês ❤️

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Billie acabou de arrumar suas malas enquanto ouvia a mãe falar sobre as milhares de coisas que ela deveria fazer durante a viagem que faria para o interior do estado. Não só durante a viagem, Maggie lhe dava dicas, dizia como a garota deveria se comportar e o que ela deveria evitar.

A adolescente que tinha recém completado seus dezoito anos não queria ir, ela não se sentia e nunca se sentiu confortável na presença das pessoas da cidade. Mas a mãe garantiu que teriam pessoas novas, de outras igrejas, que Billie poderia fazer amigas e se enturmar.

— Eu não entendo. Eu não quero ir para um retiro religioso só porque todas as garotas daqui vão. Eu não quero passar três meses rodeada de religiosas mimadas — ela se sentou em cima da mala, cruzando os braços.

Maggie soltou um longo suspiro, indo até a filha.

— Sabe que precisa, Bil. Todas as garotas da sua idade vão e quando sua irmã fizer dezoito anos, ela vai também. Essa é a melhor escolha para que um dia você possa se enturmar cem porcento com as pessoas daqui —

Billie não respondeu, porque ela nunca sabia o que dizer quando a mãe dizia aquelas coisas. Ela não entendia o porquê de não poder estar com as pessoas só por conta da sua genitália.

A mãe pensava o quê? Que Billie assediaria as mulheres, ou algo parecido?

— Eu não vou para esse retiro, não vou mesmo — Marie quebrou o silêncio constrangedor que havia ficado no local, girando na cadeira que ficava no quarto de Billie.

Marie O'Connell tinha apenas quinze anos. Havia sido adotada quando Billie ainda era criança, sendo ela apenas um bebê.

Marie e Billie eram melhores amigas. Na verdade, Marie era a única amiga de Billie, mesmo que as idades não batessem.

— Daqui a alguns anos a gente discute sobre isso — Maggie não quis entrar naquele assunto, colocando a pequena bolsa que havia um lanche para Billie na mesa — Tem certeza que consegue dirigir por cinco horas seguidas? —

— Por favor, mamãe. Já fiz viagens mais longas antes — Billie correu até a mãe, deixando um beijo no topo de sua cabeça.

Maggie olhou para a filha, colocando as duas mãos nas bochechas rosadas da filha.

— Quando você voltar, vamos planejar sua cirurgia. Aí, você será uma mulher completa —

Eu sou uma mulher completa. Billie pensou, mas apenas assentiu, não conseguindo sorrir mais depois disso.

— Parece que a filha dos James também irá — Marie se levantou, indo até a janela — É um milagre que o pastor tenha deixado a filha dele sair das asinhas por três meses — ela riu fraco.

— Não fale do pastor dessa forma, filha — Maggie interviu, vendo a quantidade de sarcasmo que a filha mais nova usava para falar da família ao lado.

— A senhora sabe que ele nunca gostou da gente. Eu não posso usar esse tom de voz quando a mulher dele claramente fala mal da gente para todas as pessoas da igreja? Uma palhaçada — Marie deixou a mãe sozinha depois de suas falas, saindo do quarto ao rolar os olhos.

— Ela é nova ainda. Está na fase rebelde — Billie defendeu a irmã mais nova, pegando as malas que estavam perto da cama e a bolsa com o lanche para a viagem.

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