Capítulo 25: Oxytocin

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Heyy, esse capítulo era pra ser um hot, mas eu acabei escrevendo outro hot e quando peguei pra escrever esse minha criatividade tinha ido embora 😭

Me perdoem, e amo vocêsssss.

Prometo que vou lançar um último hot antes do fim


﹏﹏﹏﹏

Desde que era pequena, Abby sempre recebeu uma falsa sensação de liberdade quando o assunto era ir para a igreja.

A mãe dela dizia que a escolha era dela de ir ou não, mas então, quando Abigail ficava doente, ela dizia: "vamos pegar o remédio, assim você fica bem até a hora do culto".

Ou quando Abby estava em semanas de provas, ela dizia para Abby estudar bastante durante a semana, porque no domingo tinha culto.

Era sempre uma imposição explícita sem deixar que Abby respondesse. Sem deixar que Abby dissesse que ela não estava bem para ir, que ela precisava estudar, que ela simplesmente não queria ir.

Naquele domingo, pela manhã, Abby pensou em todas as desculpas possíveis para não sair da cama e esperar por Billie, mas assim que a mãe abriu a porta para chamar por ela, depois de uma noite silenciosa sem trocar uma palavra com a filha, Abby não disse o que estava planejando.

— Eu não vou hoje — ela disse. Sem desculpas, sem mentiras.

Ines se aproximou, colocando a mão na testa da filha e franzindo o cenho.

— Por que não vai? Vamos, coloque a roupa —

— Eu não quero ir — ela respondeu.

Ela usou um tom de voz que deixasse claro que ela não queria ir, e que ela não iria. E nada que a mãe dissesse faria com que ela se levantasse para ir trocar de roupa.

Ines entendeu, assentindo e saindo do quarto.

Abby teve a certeza que tinha instaurado uma guerra dentro da própria casa no momento em que a mãe saiu do seu quarto. Ela ouviu portas batendo, gritos, acusações.

A mãe dizia: "a culpa é sua!". A voz tão alta que Abby podia ter certeza que todos os vizinhos estavam escutando. Caleb, mesmo sendo sempre calado, gritava de volta, perguntando quantas vezes mais ele teria que se desculpar por seu erro.

Ele dizia que não era santo, que já estava colhendo as consequências de seu pecado. Ines respondia que se ele pensasse, não teria feito o que fez.

Minutos depois, Abigail adivinhou que eles estavam atrasados para o culto, porque a briga simplesmente acabou e eles saíram.

Abby ficou deitada na cama, o rosto contra o travesseiro enquanto chorava.

Ela já havia deixado a janela destrancada, sabendo que Billie apareceria a qualquer momento. Por isso, ela não se assustou quando ouviu o som das árvores, e a janela abrindo.

Billie não disse nada, ela foi até a namorada, se deitando ao seu lado e fazendo um carinho em seu rosto.

— Está tudo bem, venha aqui — Billie puxou Abby para o seu colo, fazendo com que a namorada se deitasse em seu ombro.

— Eu estou fazendo tudo errado — ela não precisou explicar.

Abigail, de alguma forma, se sentia culpada pela briga, por tudo o que estava acontecendo.

No fundo, ela sabia que a culpa não era dela. Mas sentimentos assim eram difíceis de explicar e de controlar. Eles não faziam sentido.

— Não é sua culpa — Billie repetiu, e repetiria quantas vezes fosse necessário, até que Abby acreditasse.

No one's in the room |G!P| ✅Onde histórias criam vida. Descubra agora