Capítulo 4: Todos têm segredos (Parte 1)

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Billie acordou naquela manhã incrivelmente apertada e gemeu de dor ao ver que a ereção matinal fez seu pênis ficar tão rígido dentro dos pijamas que era evidente, não daria para esconder mesmo se quisesse.

Ela odiava ir no banheiro naquelas situações.

Billie se levantou da cama, não olhando para a cama de Abby já que a garota sempre acordava depois dela. Ela correu para o banheiro, levantando a tampa do vaso e mirando, mesmo que difícil.

A adolescente suspirou de alívio, segurando o próprio membro e jogando a cabeça para o lado, mas quando ela abriu os olhos, acabou vendo uma cena que ela tinha quase certeza que não era para ver.

Abby não parecia prestar atenção no que acontecia ao redor, e ela realmente não prestava. Com os olhos fechados e a sobrancelha arqueada, Abby parecia perdida em pensamentos enquanto se tocava.

Billie abriu a boca em espanto, olhando Abby de cima a baixo. Se achando uma pervertida, Billie foi até a pia, tentando fazer o mínimo de barulho possível ao lavar as mãos.

Mas não parecia que Abby perceberia se ela fizesse algum barulho, já que a filha do pastor parecia bem... Entretida com o que fazia.

Billie negou consigo, saindo do banheiro o mais rápido que pode, indo direto para a cômoda e pegando uma peça de roupa porque assim que Abby saísse, ela correria para o banho e tentaria lavar a imagem de Abby se tocando de sua mente. Talvez, se ela tivesse sorte também iria conseguir lavar o desejo que sentiu por ela quando a viu.

A vontade de entrar lá e ajudá-la.

Não... Isso era impossível.

Billie não conseguiria esquecer.

— Você já está acordada? Eu queria te acordar pela primeira vez — Billie levou um susto ao ouvir a voz de Abby, e felizmente, a colega de quarto não a olhou, ela foi até a cômoda ao lado de sua cama e pegou uma peça de roupa.

Billie olhou para baixo, vendo que um volume vergonhoso se encontrava nos shorts de seu pijama. Ela foi rápida em pegar as roupas que estavam em sua mão e se cobrir.

— O que houve? — Abby ficou tempo demais olhando para aquela região, e Billie sentiu seu rosto queimar de vergonha.

— Nada, eu só... — Billie deu uma longa pausa, ela pensou na única desculpa que veio em sua mente — Desceu pra mim! Eu estou menstruada e, é isso. Acabei me sujando a noite e não quero que veja —

Billie nem sabia o que era estar menstruada, mas pelo o que a irmã mais nova e a mãe falava, ela agradecia por não ter seu período.

— Está menstruada? Quer um absorvente? — sem saber o que falar, Billie apenas negou, correndo para o banheiro.

Quando terminou o banho e colocou a mão para fora, Billie viu que havia pegado a toalha errada. Era uma toalha de rosto que ela mal podia secar os cabelos de tão pequena.

O dia havia começado maravilhosamente bem.

E ia terminar melhor ainda, já que naquele dia, elas iriam para casa.

O dia sempre passava rápido no internato. Billie tinha certeza que era por causa da chatice e por sempre fazerem as mesmas coisas. Naquele dia em especial, faziam duas semanas que elas estavam ali, ou seja, elas iriam para casa.

Billie estava sentada na grama com Abby e suas vizinhas de quarto, enquanto esperavam seus pais chegarem. Billie não precisava esperar, já que ela tinha um carro, mas ela queria estar ali ao lado de Abby.

— Por que vocês foram mandadas para cá? — Zoe perguntou, com o rosto virado para o sol gostoso de fim de tarde.

Zoe era uma garota de dezenove anos que estava ficando no quarto ao lado junto de Drew, a filha do pastor que organizava o retiro.

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