Capítulo 11: Expectativas

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Heyy, esse capítulo tem um hotzinho de leve.

Essa semana eu escrevi 3 hots e ainda falta um. É muita safadeza pra uma pessoa só

Boa leitura, bebês. Amo vocês

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Depois de duas semanas completas no internato, em meio a cultos sem fins e palestras chatas, Billie estava mais uma vez indo para casa. Dessa vez, um pouco mais feliz do que a outra, resultado do beijo molhado que Abby lhe deu antes de entrar em casa.

Billie não sabe o que a garota disse aos pais para deixá-la voltar para casa sozinha, mas ela sempre gostava de passar esse tempo com ela.

— Esse sorriso é no mínimo suspeito — Marie a assustou assim que ela deixou a mochila no sofá, cruzando os braços — Isso tem algo a ver com a vizinha, não é? Eu reconheço alguém apaixonado de longe —

— O quê? — Billie olhou para a irmã com os olhos arregalados — Como... Eu não... — ela gaguejou, sem conseguir formar uma resposta.

— Não precisa mentir para mim. Você está exatamente com a mesma feição que o Finn antes de ele ir para o exército —

O sorriso de Billie se desfez, e ela mordeu o interior da bochecha.

Falar do irmão sempre a deixava em estado de alerta. Billie sentia falta do ruivo. Da sua risada, da forma que ele sempre as defendia, de sua determinação sem limites.

Finneas tinha o mundo pela frente, mas desistiu do sonho de ir para a faculdade porque ele precisava urgentemente fugir dos pais, do preconceito e da homofobia.

Ele pode não ter seguido o melhor caminho, mas seguiu o caminho mais rápido.

— Vamos, não fique assim. Eu falei com ele ontem pela manhã, ele disse que está bem, e perguntou de você. Falou que se você quiser fugir do internato, você tem todo o apoio dele — sim, aquela era com certeza uma coisa que Finneas diria.

E depois, ele ainda contaria estratégias de como ela poderia escapar. Lhe dando dicas de como agir caso os pais fiquem com muita raiva.

Esse era Finneas.

— Tem certeza de que ele está bem? Eu nunca ouvi relatos de pessoas abertamente gays no exército — Billie se jogou no sofá, sendo acompanhada pela irmã mais nova.

— Ele disse que ele encontra mais gays lá do que aqui. E que estar longe da família e da pressão fez bem pra ele. Em breve ele vai ser dispensado, mas ele não disse quando — Marie respondeu, sorrindo animada.

Era evidente o fato de que a mais nova também estava ansiosa para ver o irmão mais velho.

Mas Finneas já disse que seria dispensado no ano anterior, e no ano anterior a aquele. Toda vez que ele chegava em casa, algo acontecia, e ele decidia voltar.

Porque era bem melhor passar dias com pessoas que não gostava, do que ser desprezado pelos próprios pais.

— Vamos lá, quero te contar o que aconteceu. Nós temos o fim de semana inteiro pela frente — Billie chamou a irmã para se deitarem no sofá, a chamando para contar as aventuras das duas semanas que passou no internato.

Claro, tirando o beijo que ela e Abby trocaram. E tirando a forma que as duas estavam quase se comendo toda vez que ficavam sozinhas no quarto.

Ela não queria assustar a irmã de quinze anos com suas promiscuidades.

Em meio à uma sexta-feira e um sábado corrido na presença dos pais, o fim de semana estava quase chegando ao fim. Era domingo pela manhã e Billie tinha passado o melhor momento com eles. Ela se perguntava se os pais ficariam tão confortáveis perto dela, se descobrissem que ela gostava de mulheres também. E que a ideia de fazer a cirurgia não lhe agradava mais. Nunca lhe agradou.

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