13. Me processa.

331 42 7
                                    

- Quando eu vou poder transar?


Ana apertou os olhos e mordeu os lábios para não rir.


Robert estava recebendo alta do hospital, mas sua recuperação não seria tão rápida. Dr. Rafael escondeu o desconforto da pergunta e respondeu profissionalmente.


- De 6 a 8 semanas, Sr. Pattinson.- disse pigarreando.


- Tudo isso?- ele perguntou olhando para a esposa.


- Ele é seu médico, não eu.- ela disse dando de ombros, mas achando toda a situação divertida.


- Mas você também é cirurgiã cardíaca!- guinchou Robert como se isso explicasse tudo.


- Eu sei, meu amor.- ela disse apenas tocando seu rosto.- Mas não sou sua médica e por isso não posso fazer recomendações.


- Bom, o Sr já está liberado. - Dr. Rafael disse assinando o prontuário.- Nós vemos na sua consulta de rotina.


Não cabia mais pessoas na frente do hospital, fãs e fotógrafos dividiam a calçada em busca de uma foto de Robert saindo do local. Michael, que desde o acidente, estava rigorosamente cuidadoso , resolveu esse problema saindo pelas portas dos fundos.


- Que carro é esse?- Robert perguntou quando pararam sua cadeira de rodas em frente à porta do carona de. Um carro popular simples, porém com película preta.


- É meu.- Ana destravou o alarme.


- Eu não estou entendendo...


- Entra no carro, Robert.


Desconfiado, o ator entrou no carro e colocou o cinto, observando sua esposa conversar com Michael.


- Qualquer coisa me liga.- disse o assessor para a morena.


- Está bem.


- Para onde vamos?- Robert insistiu.


Ana apenas sorriu para ele e arrancou com o carro. Foi incrível, eles conseguiram passar despercebidos por toda a multidão e seguiram pela rodovia em direção a Notting Hill. Robert permaneceu em silêncio, enquanto Ana cantarolava uma música qualquer totalmente desafinada.


- Você como cantora é uma ótima cirurgiã. - comentou ele passando a mão no cabelo comprido graças aos 20 dias que estava no hospital.


- Qualquer dia eu deixo você me ver operando.- ela disse sem tirar os olhos da estrada.


- É mesmo?


- Sim, se você me acha incrível cantando baixinho assim precisa me ver com mais de 20 pessoas cantando em alto e bom som enquanto transplanto um coração.


Robert sorriu torto.


Desde o acidente em que ele levou um tiro Ana estava totalmente diferente com ele. Ela estava mais carinhosa, livre e divertida. Literalmente a garota que ele conheceu na boate.


- Deve ser algo encantador.


- É sim.


Ana reduziu o carro e parou em frente à um portão de metal cinza, apertando o barão de um controle junto a chave da ignição, e abrindo o mesmo, revelando um quintal com jardim de árvores e flores , no fundo tinha uma casa que lembrava muito uma casa de boneca, daquelas de madeira, com deck na frente. Na cor roxa com janelas e portas brancas.


- Que lugar é esse?


- Bem vindo a minha casa.- disse a morena parando o carro em frente à porta.


Ana desceu do carro e foi até a porta do carona, abrindo e estendendo a mão para Robert. Ele precisava de ajuda e sabia que sua esposa era totalmente capacitada para isso, então segurou sua mão e deixou que ela o ajudasse a sair do carro.


A casa realmente era linda e mimosa por dentro. Tinha uma sala aconchegante, uma cozinha e um quarto com suíte e uma cama espaçosa.


- Eu achei que você ia gostar de ficar um tempo afastado de tudo- disse Ana colocando Robert sentado no sofá.- , a sua casa....


- Nossa casa.- ele corrigiu.


- .... é muito agitada.


Ele sorriu para ela e a puxou para que ela sentasse ao seu lado.


- Obrigado.


Ana se inclinou e o beijou. Era libertador, finalmente, poder expressar o que sentia. Mesmo que ela ainda estivesse com medo de se entregar.


- Eu que agradeço por me deixar cuidar de você.- disse.- Vou pegar meu kit de primeiros socorros para ver a sua incisão, você quer tomar um banho? Tirar essa roupa com cheiro de hospital?


- Pode ser.


- Ok, já volto pra te ajudar.


- Eu consigo sozinho.


- Não.- ela foi categórica.- Nada disso. Eu ajudo você.


- Você quer é me ver pelado.- ele disse fazendo Ana gargalhar. - Qual a graça?


Ela não respondeu.


.


.


.


.


.


Eles estavam terminando de jantar quando o celular de Robert começou a tocar. Uma, duas, três, quatro vezes e então o de Ana começou a tocar.


- Não atende.- ele pediu vendo ela largar a esponja e secar as mãos.


- Vai ser rápido.- ela resmungou pegando o celular e atendendo sem nem olhar quem era.- Dra. Pattinson?


- Olha que coisa engraçada, fui visitar meu filho na casa dele e não o encontrei.- a voz de Clare grunhiu do outro lado.


- Boa noite minha sogra.- Ana respondeu debochada.


- Onde está o meu filho?


- Está bem aqui na minha frente esperando que eu o ajude a ir para o quarto.


- Você sequestrou ele?


Foi impossível não rir.


- No começo sim, mas agora ele está aqui por livre e espontânea vontade.- Ana piscou para Robert.- A Sra. Gostaria de falar com ele?- Robert fez que não com a cabeça.- Ah, ele não quer falar com ninguém...


- Quero saber onde ele está.


- Não vai dar. Ele precisa de descanso. Recomendação médica.


- GAROTA!


- Vou desligar, ele precisa da minha ajuda agora. Está tudo bem, semana que vem já estaremos em casa.


- Você não pode esconder meu filho de mim!


- Me processa.- guinchou a garota desligando o aparelho fazendo Robert gargalhar.- O que é tão engraçado?


- Você. Você me diverte muito.


- Bom saber que além de médica também tenho vocação para palhaça.



VOLTEIIIII
TEM ALGUEM AI AINDA?
NAO ME ABANDONEM!!!

Toxic  |  Robert PattinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora