14. Segura demais

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Robert estava se recuperando bem, mas pouco depois de voltarem para casa dele o homem se tornou um grande ranzinza.
Reclamava de tudo.
Do jeito que o enfermeiro fazia seu curativo. Do jeito que a empregada coloca sua comida. Do jeito que Ana saia arrumada demais para trabalhar
Mas tudo isso tinha um motivo. Sexo. Ele estava subindo pelas paredes e o jeito debochado de Ana não ajudava em nada.
- Na próxima vez usa um dublê nas cenas de risco.- ela disse numa manhã de segunda, enquanto se arrumava para ir ao consultório.  Robert estava sentado dentro do closet, observando-a.- Assim você não leva um tiro e precisa ficar sem usar esse corpinho.
Mesmo sentindo dor ele avançou até ela, a puxando pela cintura. Ana arfou.
- Não me provoca.- ele grunhiu.
- Ou o que?- ela perguntou erguendo o queixo na direção dele. Robert a beijou. Os lábios nervosos e urgentes, fazendo Ana derreter por fora e queimar por dentro. Ela também estava em chamas, ela também estava subindo pelas paredes e faminta por ele. Ela  sabia que Rafael tinha sido exagerado na recomendação mas não iria passar por cima do amigo. 
- Rob .... Para... não podemos...
- A gente pode.- ele disse choramingando  quando ela se afastou.- Ana, Você é médica cardíaca, eu sei que o seu admirador está de onda comigo. Eu já estou bem!
Sim, ela sabia que ele estava. 7 semanas já tinham se passado....
- Eu preciso ir...- Ana beijou o ator languidamente – Se comporta, por favor.
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Depois de passar a visita e participar de uma cirurgia de emergência Ana entrou no consultório de Rafael sem bater.
- Esqueceu a educação, Ana.- ele perguntou sentado na cadeira atrás da mesa.
- Rafa eu preciso de um favor seu.- Ela disse ignorando o comentário dele e sentando na poltrona a frente.- Eu preciso que você libere o Robert para fazer pequenos esforços físicos.
Rafael olhou para ela sob os óculos que usava.
- Ele está subindo pelas paredes?- perguntou se divertindo.
- Eu estou.
- Mas eu posso te ajudar.....
- Não termine essa frase, Dr. Rafael.- Ana o interrompeu.- Marquei uma consulta para ele com você e quero que você o libere.
Rafael estava ultrajado.
- Não vou liberar. Ele ainda não está 100%.
- Você disse que ele precisava de 6 a 8 semanas.
- Então, se passaram 7. Vocês não vão morrer por causa de mais uma...
- Dr. Rafael o senhor sabe que isso é irrelevante.
- Dra. Pattinson o paciente é meu e eu decido o que é ou não irrelevante.
Ana saiu da sala bufando alto. Tão revoltada que esbarrou em Letícia no meio do caminho.
- O que foi, amiga?
- O idiota do Rafael não quer liberar o Rob para pequenos esforços.
Letícia riu do bico que Ana fazia.
- A falta de sexo está te matando, ne ? Ninfomaníaca!
Ana rolou os olhos, mas riu.
- Se eu fosse ninfomaníaca como você diz com certeza não estaria suportando esses dias todos sem transar.
As duas foram andando pelo corredor até a cafeteria.
- Acho bobagem você estar respeitando o Rafael- disse Letícia pedindo um café para Jessica.- Você é uma cardiologista dez vezes melhor do que ele. Sabe, com toda segurança do mundo, que Robert já pode transar loucamente com você.
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Sim, ela sabia. Mas seria antiético da sua parte burlar a recomendação médica do seu colega de trabalho. Ela não podia deixar o seu desejo falar mais alto.
Ou podia?
Ana chegou em casa e encontrou três câmeras posicionadas em pedestais ao redor do sofá da sala, um refletor atrás delas e a sala estava impecavelmente arrumada.
Ela foi até a cozinha encontrando Emma guardando algo na geladeira.
- Tem algo delicioso para mim, Emma?- ela perguntou sentando na bancada.
A senhora sorriu para ela e tirou o que guardava, um estrogonofe de frango com cogumelos.
- O que aconteceu Na sala, Emma?
-  O Sr. Pattinson teve uma entrevista.- disse a governanta colocando o prato em frente à morena. – A Zoe esteve aqui, os dois tiveram uma tarde agradável.
Ana parou com o garfo no meio do caminho até a boca, imediatamente Emma percebeu o erro que tinha cometido.
- Não precisa surtar menina.- disse ela prevendo o ataque de ciúmes de Ana.- Você sabe que eles são apenas colegas de trabalho e que a Zoe é casada.
A garota comeu uma garfada.
- Eu sei, Emma. Por acaso tem batata palha?
Robert ouviu Ana no andar de baixo mas não saiu da cama para ir atrás dela. Ainda estava irritado por mais cedo e o fato de ter tido que trabalhar em casa não tinha lhe ajudado a extravasar o estresse de estar se sexo.
Ele colocou um filme qualquer na TV e fingiu não ver quando Ana entrou deliciosa em seu traje branco e foi direto para o closet.
Ela não falou com ele e Robert sabia bem por que. Zoe tinha estado ali e mesmo sabendo que sua colega era comprometida , Ana se contorcia de ciúmes.
Robert viu ela sair do closet e ir para o banheiro e depois vir para cama usando nada mais do que uma camiseta de flanela e uma calcinha preta.
Desgraçada, ele pensou.
Ana era uma tentação quando estava vestida com suas camisolas sexys, mas por algum motivo Robert se perdia quando ela vestia apenas aquela sua camiseta e uma calcinha qualquer. Ela ganhava uma áurea de menina moleca que Robert adorava. Principalmente ao se deitar de bruços como ela estava fazendo naquele momento.
Robert soltou um longo suspiro e se aproximou dela, passando a mão em sua perna esquerda e subindo até sua bunda.
- Boa noite, Meu amor.- ele sussurrou no ouvido dela, beijando seu rosto e tirando o longo cabelo dela, jogando para o lado.
- Boa noite.- O tom da voz dela deu a certeza para ele que ela estava furiosa. Mais do que ele.- Teve um bom dia?
Robert sorriu.
- Não tão bom se você estivesse aqui comigo.- ele continuou a sussurrar no ouvido dela.
- Duvido que tenha sentido minha falta,- Ana se virou para ele.- Você teve uma ótima companhia hoje.
Robert deslizou a mão por de baixo da camiseta dela, tocando sua barriga e a curva dos seus seios. Ana fechou os olhos e segurou as mãos dele.
- Eu ainda prefiro você.- ele disse a voz de veludo pesada de tesão.
Ela deu um meio sorriso.
- Como você está se sentindo?- perguntou tocando o rosto dele com barba pra fazer.
- Estou ótimo.- uma ponta de esperança tingiu sua voz.
- Tomou seus remédios hoje?
- Todos eles no horário correto, Dra. Pattinson.
Ana mordeu os lábios, não via a hora de ter ele dentro dela chamando daquele jeito.
Robert ficou duro só em ver ela mordendo a boca daquele jeito.
- Ana...
- Oi...
- Por favor.... Eu sinto tanto a sua falta.
- Eu estou aqui, Meu amor. – ela se inclinou e o beijou. Um beijo que ela começou de forma lenta, mas Robert invadiu sua boca com a língua quente e apertou sua cintura por baixo da camiseta fazendo ela arfar.
- Chega...
- Não.- a voz firme e dura dele foi o que bastou para o muro dela ruir.
Ana sabia que todo cuidado era pouco. Mas ela queria tanto matar aquela vontade quanto ele. Em questão de segundos Robert já estava sobre ela, chupando seus mamilos, a camiseta dela erguida até o pescoço.
- Cuidado, Meu amor. ..- ela ofegou.- Rob..eu Não quero esperar.
- Eu sei, minha linda... Eu também não...
Robert puxou a calcinha dela pro lado e como se esperasse que ela fosse desistir a qualquer momento, deslizou para dentro dela. Gemendo alto ao sentir o calor lhe envolver.
- Oh meu Deus!- ele urrou, enterrando seu rosto no pescoço dela e investindo com força.- Que saudade, Ana... oh... isso...
- Me faz gozar, amor... isso... não para...
E ele não parou até que os dois gozarem.Foi o melhor sexo baunilha que os dois já tiveram juntos.
Ana buscou um copo de água para Robert depois de tudo.
- Pronto, conseguiu o que queria.- disse entregando o copo para ele. Robert estava com o cabelo todo bagunçado e vermelho.- Você está com dor?
- Não.- ele disse rápido demais.- Apenas um pouco cansado.
- Espero que tenha gozado bem gostoso, pois isso não vai acontecer de novo até que o seu médico diga que você está apto para fazer pequenos esforços.
- Ah, então eu estou fodido, Meu amor. Por que transar com você não se encaixa na categoria de “pequenos esforcos".
Ana estreitou os olhos para o inglês, sem entender ao que ele se referia.
- O que você quer dizer com isso?
- Que transar com você é  sempre uma grande loucura, Você é segura demais e isso acaba exigindo muito de mim.
A morena sentiu o seu ego dar uma murchada. Se a intenção de Robert era deixar ela alegre...
- Bom, me desculpa.- ela disse amarga, ele logo percebeu o erro que tinha cometido.- Eu vou te deixar em paz já que minha segurança te deixa... cansado.
- Ana... amor...
Ela já não estava mais no quarto e a porta foi fechada com força.
- Merda!

Toxic  |  Robert PattinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora