18. Brinquedos

305 35 0
                                    

Eles foram no carro de Ana para a casa dos pais dela. Robert mantinha sua mão esquerda na perna dela enquanto a morena dirigia para o interior de Londres.  E por mais simples que o contato fosse, estava sendo suficiente para nublar a mente dela.
Já faziam quatro dias que Robert tinha sido liberado pelo médico e a quatro dias os dois apenas se olhavam. Ele sabia que ela estava planejando alguma coisa e queria levá-la ao limite. Quando ela saia do banho sempre com uma lingerie nova ele respirava fundo e apenas lhe dava um beijo brando. Quando Ela tentava algo além, ele sempre dava um jeito de parar.
Mas no dia anterior a vir em ela tinha feito algo diferente. Robert chegou em casa e encontrou ela na cozinha, descalça, fazendo o jantar. O cabelo cacheado preso num coque grande no alto da cabeça e  o pescoço a mostra. Uma camiseta dele comprida e um short minúsculo. Foi ali que ele sentiu cambalear diante do seu próprio plano. Ela ficava gostosa demais daquele jeito. Só perdia para ela vestida de branco com estetoscópio no pescoço.
Mas naquele dia ela não tentou nada. Apenas fez o jantar e deu um selinho nele antes de dormir.
Agora ela estava aqui, muito ciente da mão dele na sua perna e muito ciente de que na casa dos pais dela seria quase impossível deles transarem do jeito que ela gostaria. Mas teria que dar.
Ana entrou numa estrada de lajotas que tinha uma placa na esquina dizendo ser sem saida.  Havia um porta o no fim da estrada, de madeira na vó e azul. Quando o carro se aproximou o mesmo se abriu, como um porta o eletrônico.
Robert olhou admirado para o lugar, era uma fazenda grande, com uma casa típica desses lugares ao fundo. Árvores altas e Palmeiras.
Ana estacionou o carro embaixo de uma dessas árvores e antes mesmo que os dois descessem do carro duas figuras idênticas saíram correndo de dentro da casa grande.
- Finalmente!- falou um deles.
Eles eram altos, de pele um pouco mais clara que a de Ana,olhos verdes e braços fortes. Frederico e Rafael, irmãos dela.
Ana abriu um sorriso grande e se atirou nos braços do primeiro que a alcançou.
- Que saudade de vocês.- ela disse enlaçando as pernas na cintura do irmão que a erguia.
O outro também te a oportunidade de abracar a irmã e quando a colocaram no chão os dois encararam o ator do mesmo jeito: braços cruzados e cenho franzido.
- Quem é você?- perguntaram juntos.
Ana rolou os olhos.
- Vocês sabem quem ele é. – disse indo para o lado do marido e segurando seu braço.
Os dois olharam para aquele gesto e Robert delicadamente se afastou de Ana, fazendo os gêmeos caírem na gargalhada.
- Você viu a cara dele?- perguntou Rafael para Frederico.
- Eu vi. Relaxa, cara. Nos também assistimos crepúsculo.- Frederico ironizou.- Eu sou o Fred.
- E eu sou o Rafael. Eu também assisti aquele que você transa com um...
-OK!- Ana se apressou a interromper.- Vamos entrar? Onde estão, mamãe e papai?
- Aqui.
Eles não tinham notado, mas Graça e Antônio, pais de Ana tinham se aproximado enquanto eles conversavam.
Robert ficou tenso de novo.
Antônio era um homem tão alto quanto seus filhos e Graça tão sorridente quanto Ana.
- Seja bem vindo a nossa casa, Robert.- ele apertou a mão do homem com firmeza.
- Muito obrigado, Sr. É um prazer conhece- Los.
- Nada de senhor ou senhora por aqui.- disse Graça puxando Robert para um abraço.- Já somos família, vamos entrar.
Ana ajudou Robert a subir com as malas para o quarto que eles iam ficar. E sim, era o quarto que Ana sempre usou na infância e na adolescência. Ela viu Robert sorrir abertamente ao encontrar os livros de Harry Potter  e Crepúsculo sobre a estante, ao lado de 50 tons e 365 dias.
- O que foi?- ela perguntou sentando na cama de casal.
- Seu gosto para livros são bem peculiares ne?- perguntou passando a mão por todos.
Ana deu de ombros, indo até ele.
- Bom, eu cresci... – ela olhou para ele sob os cílios longos e colou seu corpo no dele- e meus interesses literários mudaram, assim como meus brinquedos.
Robert estreitou os olhos.
- Brinquedos?
Ainda colada nele Ana ergueu o braço esquerdo e pegou uma caixa em cima da estante. Na parte mais alta. Abriu e mostrou seu interior para o marido.
Robert sorriu torto.
- Ah... esses brinquedos.- dentro da caixa tinham 5 vibradores, todos do mesmo tamanho, mas com funções diferentes.
- Curiosamente são do mesmo tamanho que o seu.- ela disse baixo, fazendo Robert ofegar.- Talvez eu os use aqui, já que você está fugindo de mim... – ela ficou na ponta dos pés, sussurrando na orelha dele- me negando fogo...Mas sabe que ia adotar usar eles com você...
Antes que Robert pudesse reagir, Frederico veio berrando pelo o corredor.
- Coloquem a roupa que eu estou chegando!- logo ele apareceu na porta, Ana já estava sem a caixa nas mãos, mas Robert estava de olhos arregalados, sonhando com a possibilidade de usar tudo aquilo nela.- Vamos tomar café?
- Bora!- disse Ana puxando ele pela mão.

Toxic  |  Robert PattinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora