19. Simples Assim

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POV Ana Carla Pattinson
Observei meu pai ensinando Robert a jogar a linha com isca na água sentada no meu balanço preferido, em baixo da grande árvore na frente do açude. Ele prestava muita atenção em tudo o que meu pai dizia e assentia na maioria das vezes.
Eu ri sozinha. Quando foi que ele se tornou tão importante para mim? Importante ao ponto dele estar ali comigo, no meu lugar preferido do mundo... usufruindo de momentos com minha família...
- Admirando o seu homem morcego?- perguntou Frederico sentando no balanço ao meu lado.
- Sim.- falei sorrindo para o meu irmão. Não me perguntem como eu sabia quem era quem entre meus gêmeos,  eu apenas sabia.
Fred olhou para mim com o queixo erguido e os olhos especulativos.
- Você está amando.- ele não fez uma pergunta. Dei de ombros.
- Eu não sei o que é o amor, irmão.
- Está descobrindo.- também não foi uma pergunta.- Finalmente você está superando...
- Se você vai falar do...- comecei a levantar do balanço, mas Fred me segurou.
- Desculpa,  irmã.- ele pediu, acariciando meu braço.- me perdoa.
Ficamos em silêncio por uns instantes, vendo Robert finalmente jogar sua isca na água. Meu pai bateu em seu braço, elogiando.
- Ele é bom de cama?
Eu ri alto. Ali estava o meu irmão, curioso como uma menininha. Bom... Ele praticamente era uma menininha...
- Achei que você não fosse me perguntar.- Eu disse erguendo minha sobrancelha para ele. Fred me olhou com expectativa.- Ele é maravilhoso.
Meu irmão olhou para o lago. Esperei pela próxima...
- E o oral?
Eu ri de novo.
- Ele me faz gozar só com a língua.- murmurei.
Fred escancarou a boca.
- Mentira?
- Juro pra você, maninho.
- Vai me dá detalhes... Ele gosta de coisas picantes?
- Ele me comeu no capô do carro na garagem com todos os seguranças vendo pela câmera.
- Que babado!
- O que é um babado?- perguntou Rafael nos assustando. Frederico e eu olhamos para trás. Ele nos olhava divertido.- Vocês estão falando de putaria, né?
- Robert fodeu ela no capô do carro.- Fred soltou de uma vez só.
Rafael olhou para meu marido.
- Aham, até parece. Ele tem a maior cara de quem só faz sexo baunilha.
Mordi meus lábios. Claro, para Rafael somente os machos dele eram bons de cama.
- Não vai falar nada, Ana?- Fred perguntou.
- Não. Vocês vão sair hoje?- mudei de assunto.
- Não, mas a mamãe e o pai vão num jantar dançante e até onde sei vão ficar pelo hotel.
Sorri para mim mesma. Que ótima notícia.
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Sem papai e mamãe acabamos pedindo uma pizza e comendo no chão da sala, enquanto um filme qualquer de terror passava na TV e a lareira crepitava deixando o ambiente quentinho o suficiente para eu vestir apenas uma camiseta comprida e uma calcinha simples.
Robert estava sentado no meio de minhas pernas e eu mexia em seu cabelo olhando a TV. Fingindo não estar consciente da sua mão que subia e descia em minha panturrilha. Eu não conseguia entender como um simples toque estava me deixando molhada. Talvez devia ser pelo fato de eu saber o que aqueles dedos eram capazes de fazer quando estavam em... mim..
- Eu vou dormir.- disse Fred , de repente.- Boa noite casal. Vamos dormir, Rafa?
Meu irmão olhou para ele e depois olhou para mim, depois pra Fred de novo.
- Vamos. Boa noite, homem morcego.
Ok, fui ignorada com sucesso.
- Você quer ir dormir?- Robert me perguntou depois de um tempo.
Coloquei minha boca em sua orelha.
- Eu quero que você me foda aqui no chão na sala.- falei baixo.
Ele imediatamente se afastou de mim e virou para me olhar.
- Ana, estamos na casa dos seus pais, seus irmãos estão...
- Ok!- falei- Vou pegar os meus brinquedos...- Tentei me levantar mas Robert me prendeu.- O que foi?
- Você não vai me trocar por 24cm de plástico.
- 22cm, amor.
Ele estreitou os olhos.
- Você disse que eram do tamanho do meu...
- E você Tem 22 cm.- falei me inclinando para ele. Robert me olhou de cima.- Eu estou com saudade, amor.
- É mesmo?
- Sim.- sussurrei ficando sobre meus joelhos, tirando minha camiseta focando apenas de calcinha. Meus cachos caíram por meus ombros cobrindo meus seios, chegando até meu umbigo. Vi ele salivar enquanto me olhava.- Você não está com saudade de mim?
Ele não respondeu. Só me puxou para ele e juntou nossos lábios num beijo que não parecia ter começo, meio e nem fim. Robert segurou minha nuca e me puxou para cima de sua pernas, logo me deitando de costas no chão.
- Eu amo você, menina.- disse descendo beijos molhados pelo vale entre meus seios.- Você é maravilhosa... linda... perfeita...
- Rob...
- Isso... Geme meu nome vai... Geme...- ele colocou dois dedos em mim, me fazendo arfar.
- Rob... amor... não para...
- Eu não vou, minha linda morena...
Ouvir ele me chamar como me chamou na primeira vez que ficamos juntos foi como ter voltado para aquela noite. Foi como ter voltado para las Vegas... e pela primeira vez eu lembrei de tudo... de todos os detalhes... da forma que ele me amou... da forma que extraiu de mim até a última gota de prazer. Exatamente como estava fazendo naquele momento.
Robert estava em todo lugar. Suas mãos, seus lábios... e quando ele me invadiu eu gritei. Foi intenso... Ali na frente da lareira foi algo mágico... romântico... Eu tive a certeza que o amava. E que seria um caminho sem volta. Eu não podia mais viver sem ele e eu não queria. E não iria.
Robert Pattinson era meu.
Simples assim.

Toxic  |  Robert PattinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora