25. Epílogo

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- qual é pai? não zoa!
ana apertou os olhos segurando a revista com força. esperou pela bronca a seguir, cruzando as pernas sentada no sofá da sala.
logo a voz de robert explodiu no andar de cima.
- sem balada. sem carro. sem ver a luz do sol, henry.- grunhiu o ator.
- mas pai...
- sem mais, henry. não tem acordo. por um mês...
- um mês?!
- sim, um mês trancado em casa por ter me desobedecido e ido pra casa do filho do holland.
- mas que porra!
- não bate a porta na minha cara, moleque!
e a porta bateu com força. estava na hora de intervir.
- será que eu vou ter que subir?- perguntou em voz alta, folheando a revista.
- não.- pai e filho falaram juntos
segundos depois robert estava se jogando na poltrona ao seu lado.
- seu filho...- ele começou mas logo foi cortado.
- aham, meu filho – ana ironizou.- fiz ele com o dedo mindinho, acredita?
robert levou as mãos no cabelo e puxou com força.
- mas que merda, ana! o garoto fugiu de casa para ir a uma festa.
a mulher olhou para ele.
- você já teve a idade dele.- disse de um jeito simples.- tenho certeza que já fez isso.
- como você pode estar calma, ana?
- eu não estou calma- ela voltou a folhear a revista-, mas se formos dois a gritar amanhã seremos notícia em todo país e no mundo por que o seu fandon é foda. então eu estou medicada. terei tempo para arrancar as orelhas do nosso filho.
robert suspirou olhando para sua mulher.
o tempo tinha passado e ele sequer tinha notado.  antes era ele quem fugia para ir em festas , agora, 13 anos depois daquele almoço de domingo na casa dos seus pais, era ele quem dava as broncas.
ser famoso nunca foi tão difícil quanto era agora que seu filho era um pré adolescente que se achava dono do mundo.
ana, sua esposa médica, linda e estonteante desde sempre, e ele lutavam para manter o garoto com os pés no chão. as vezes a realidade de ser filho do “homem mais bonito do mundo” e do “vampiro de crepúsculo” e da médica sete vezes vencedora do prêmio de inovação medica era um pouco deslumbrante para o menino.
- um mês?- ela perguntou baixo, olhando ele sobre a revista.
robert soltou um longo suspiro.
-. eu sei que exagerei, mas foi no calor da emoção.- ana riu.- ah que bom que eu te divirto.
ela olhou para o rosto do ator e sentiu seu corpo aquecer. o tempo tinha muito generoso com ele. as pequenas rugas que já marcavam seu rosto apenas lhe deram um charme, robert ainda derretia qualquer mulher que o visse e isso deixava o ego de ana muito inflado. já que ela sabia ser a única que o tinha de verdade.
ela jogou a revista no chão e subiu no colo dele, com uma perna de cada lado. as maos dele foram para as pernas dela no mesmo instante, robert apertou a carne de sua coxa desnuda pelo short que ela usava.
- não fique assim, meu amor.- ela disse puxando o cabelo dele devagar, erguendo seu rosto, roçando seu nariz no dele.- é uma fase, vai passar.
ele sorriu de lado .
- vai. por cima de mim.
ana riu.
- tolo.- disse o puxando para um beijo.
ela deslizou sua língua sobre a dele e sugou seu lábio inferior, enquanto puxava seu cabelo com uma pressão que ele adorava.
robert gemeu em seus lábios,enviando ondas de choque até o centro do seu ser.
- vamos subir.- ele se levantou com ela no colo. ainda era fácil para ele subir dois lances de escada com sua esposa nos braços.
o ator a colocou no chão, de costas para si, e a despiu. apreciando cada detalhe do corpo maduro que o tempo tinha lhe dado. linda, ele pensou. a personificação de todo amor que ele sentia.
os dois se amaram. com a mesma intensidade. com a mesma força.
- eu amo você.- ele disse, beijando a ponta do seu nariz.
- eu também te amo. e desculpa ter lhe dado um filho tão rebelde.
o ator riu, assim como ela.
- espero que essa fase colo você diz passe logo, aí nunca mais vou ter que ouvir “ não zoa, pai” vem mil vezes ao dia.
- pode ser que demore um pouco.- disse ana distraída.
- o que? para essa passar?
- bom, quero dizer que você vai viver isso por mais alguns anos.
- ele não vai ser adolescente duas vezes na vida.
- verdade. mas ela ainda vai passar pela adolescência.
robert franziu o cenho e se apoiou no cotovelo.
- meu amor, eu não estou te entendendo. ela quem?
olhando nos olhos azuis dele ana colocou a mão sobre sua barriga, um pouco abaixo do umbigo.
- ela.
robert ficou um minuto inteiro olhando para onde mão da sua esposa estava e quando voltou a olhar seus olhos as lágrimas já tinha banhado o seu rosto.
- está me dizendo que eu vou ter que me preocupar com marmanjos dando em cima da minha garotinha?
de novo, ana riu.
-vai sim.
- mas que merda, eu vou enlouquecer.



Fim.

Toxic  |  Robert PattinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora